Raio de combate 1.800 km
Velocidade máxima 2.100 km/h
Motores 2 (sNeCMa M882)
Peso máximo de armamentos 8 toneladas
Ponto forte: Foi muito usado no Afeganistão, além disso o Brasil já tem aliança na área com a França: está comprando helicópteros e submarinos e o avião possui versão naval capaz de ser usada pela marinha no porta aviões São Paulo. Ponto fraco: É apontado por especialistas como o mais caro e só a França usa o equipamento.
Governo brasileiro anuncia negociação para compra de caças franceses
Presidentes da França e do Brasil emitiram comunicado nesta segunda (7).
Sarkozy manifestou intenção de compra de aeronaves de transporte militar.
Jeferson Ribeiro Do G1, em Brasília
Os presidentes da França, Nicolas Sarkozy, e Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, emitiram comunicado conjunto nesta segunda-feira (7), em que anunciam a intenção da parte do governo brasileiro de entrar em negociação para aquisição de 36 caças GIE Rafale. Os dois também assinaram acordos para o desenvolvimento compartilhado de submarinos e helicópteros.
O comunicado diz ainda que o presidente francês manifestou a intenção de seu país de adquirir 10 unidades da futura aeronave de transporte militar KC-390, que será produzida pela Embraer. Os franceses também pretendem contribuir com o desenvolvimento do programa desta aeronave. Os presidentes estão em reunião privada e devem conceder uma coletiva após o encontro.
O avião Rafale, da empresa francesa Dassault, compete em uma acirrada licitação com o Gripen da sueca Saab e o F/A18 Super Hornet da norte-americana Boeing. O contrato é de US$ 4 bilhões. A expectativa é que até o fim de outubro o governo tome uma posição sobre a compra dos caças.
Para convencer o Brasil, a França aceitou em sua oferta uma transferência tecnológica considerada sem precedentes por Paris e conta ainda que a relação especial entre os dois chefes de Estado leve o Brasil a optar pelo modelo francês. Até hoje, a fabricante Dassault não conseguiu vender para estrangeiros o caça Rafale, projeto iniciado em 1988, em operação na força aérea francesa desde 2006.
Submarinos e helicópteros
Parceiro estratégico do presidente Lula no projeto de reaparelhamento militar das Forças Armadas Brasileiras, o presidente francês também assinou acordos que permitem o desenvolvimento do primeiro submarino nuclear produzido no país e a fabricação de 50 helicópteros de transporte.
Estes acordos preveem a finalização de contratos comerciais e de financiamento para desenvolvimento e produção compartilhados de "helicópteros de transporte do tipo EC-725", segundo nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores.
Além de reativar a indústria bélica nacional e colocar o Brasil na corrida armamentista da América do Sul – já deflagrada por Venezuela e Colômbia –, a aliança com os franceses, prevista na Estratégia Nacional de Defesa (END), tem o objetivo de redirecionar as prioridades das Forças Armadas para os próximos 30 anos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou a assinatura dos acordos na área de defesa. "No lançamento do pré-sal eu disse que estávamos celebrando nossa segunda independência, que também tem que ser tecnológica. Por isso, o acordo na área de defesa. Queremos criar consórcios regionais na área da indústria de defesa, criando sinergia com nossos vizinhos. O Brasil aposta num projeto regional de defesa para a América do Sul", disse Lula.
Sarkozy disse que a França não teme compartilhar sua tecnologia com o Brasil. "Se existe um país no mundo em que há perspectiva para a tecnologia francesa é o Brasil. Nós não tememos repartir nossa tecnologia com o Brasil, porque acabou o tempo da colonização e todos os países precisam de tecnologia", argumentou.
Outros consórcios
Durante a entrevista coletiva, os jornalistas questionaram sobre o tema o presidente Lula, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, mas nenhum deles esclareceu se a abertura de negociações com a França impede a continuação da concorrência que conta com participação da Suécia e dos Estados Unidos.
“O que há é uma decisão de começar a negociação com um fornecedor e não há negociação com outros concorrentes. Não quero entrar em aspectos legais. Não sei se a licitação acabou, porque isso envolve questões legais e eu não tenho como responder”, disse Amorim.
Jobim e Lula foram questionados especificamente sobre qual a implicação da decisão sobre o processo de concorrência aberto pelo governo brasileiro, mas não comentaram.
Segundo Amorim, o que pesou na decisão do governo brasileiro foi o compromisso da França em transferir a tecnologia de construção dos caças Rafale. “Foi uma decisão político-tecnológica”, disse o ministro.
O assessor especial da presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, disse também que a decisão sobre a abertura de negociação com os franceses sobre os jatos Rafale foi tomada na noite de domingo (6), após o jantar entre o presidente Lula e Sarkozy.
Reuters/Brasil Online - O Globo - Por Yann Le Guernigou
A França, que está buscando o primeiro comprador dos jatos Rafale no exterior, disputou com Estados Unidos e Suécia a venda de 36 aviões para renovação da força aérea brasileira.
O Rafale, fabricado pela Dassault Aviation, estava concorrendo com o F/A-18E/F Super Hornet da Boeing e com o Gripen da sueca Saab.
O contrato do Rafale entre França e Brasil estaria avaliado entre 4,5 e 5 bilhões de euros, e a primeira aeronave seria entregue aos brasileiros em 2013, segundo uma fonte próxima ao presidente francês.
Em troca, a França concordou em comprar aproximadamente uma dúzia de aviões de transporte militar KC-390, que serão fabricados no Brasil pela Embraer, em um contrato avaliado em 500 milhões de euros, segundo a fonte francesa, que pediu anonimato.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse no domingo que as conversas com a França estavam bastante avançadas. Os dois países haviam sinalizado uma aliança estratégica na área de defesa no ano passado.
As ações da Dassault Aviation subiram 1 por cento, enquanto os papéis da Saab caíram na Suécia. Os mercados dos Estados Unidos estão fechados nesta segunda-feira pelo feriado do Dia do Trabalho.
Qualquer acordo deve marcar uma grande conquista para Sarkozy, após anos de esforços de seu antecessor para vendas dos aviões de combate Rafale.
Críticos dizem que o preço estabelecido para o Rafale o torna muito caro, mas executivos franceses rebatem a crítica e dizem que o caça tem baixo custo de operação e boa performance.
ACORDO PRÓXIMO
O Rafale resultou de uma decisão do governo francês de construir seu próprio avião de guerra, tomada nos anos 80.
A França acredita que, garantindo uma vitória para o Rafale, vai ampliar suas chances enquanto o mercado global de aviões de combate mostra aquecimento.
A Dassault Aviation avalia que há "todas as razões" para o Brasil comprar seus caças de combate Rafale, de acordo com o que um porta-voz da empresa informou nesta segunda-feira.
Segundo o representante da companhia, o acordo deve ser concluído em 2010.
Aeronave KC 390, que deve ser negociada França
Brasil negocia com França compra de 36 jatos Rafale
Reuters/Brasil Online - O Globo - Reportagem de Yann Le Guernigou
Em troca, a França concordou em comprar cerca de 12 aviões de carga militares KC-390, fabricados pela brasileira Embraer.
Rafale B/C |
Caça de superioridade aérea (Dassault-Aviation) |
Dimensões: | Motores/ Potência |
Comprimento: 15.27 M Envergadura: 10.8 M Altura: 5.34 | 2 x motores SNECMA M88-2 turbofan Potência total: 15300 Kgf |
Peso / Cap. carga | Velocidade / Autonomia |
Peso vazio: 9060 Kg Peso máximo/descolagem: 23800 Kg Numero de suportes p/ armas: 14 Capacidade de carga/armamento: 9500 Kg Tripulação / passageiros: 1-2 | Velocidade Maxima: 2400 Km/h Máxima(nível do mar): 1390 Km/h De cruzeiro: 950 Km/h Autonomia standard /carregado : 2200 Km Autonomia máxima / leve 3700 Km. Altitude máxima: 18000 Metros |
Rafale M - Versão Naval |
Caça de superioridade aérea (Dassault-Aviation) |
Dimensões: | Motores/ Potência |
Comprimento: 10.3 M Envergadura: 10.8 M Altura: 5.3 | 2 x motores SNECMA M88-2 turbofan Potência total: 15300 Kgf |
Peso / Cap. carga | Velocidade / Autonomia |
Peso vazio: 9670 Kg Peso máximo/descolagem: 24500 Kg Numero de suportes p/ armas: 14 Capacidade de carga/armamento: 9000 Kg Tripulação / passageiros: 1 | Velocidade Maxima: 2200 Km/h Máxima(nível do mar): 1390 Km/h De cruzeiro: 950 Km/h Autonomia standard /carregado : 2000 Km Autonomia máxima / leve 3500 Km. Altitude máxima: 18000 Metros |
ARMAMENTO |
Ar Ar: míssil Mica com alcance de 50km, Magic 2 com alcance 5 km. Ar terra: Bombas guiadas a laser, mísseis apache, AS30. Interno: Um canhão GIAT M-791 de 30 mm Nota: A versão naval do Rafale, não tem canhão de 30mm, para permitir poupar peso durante a operação de catapultagem |
Radares |
- Thomson-CSF / Thales RBE-2 - Multi-modo (Alcance médio: 151Km) |
O Rafale B/C (B representa a versão bilugar e C quer dizer Caça) é a versão que deverá equipar a Força Aérea da França.
Ele destina-se a substituir os Mirage-2000 ou os Mirage-III em operação quer na França quer em países que são tradicionais utilizadores de armamentos franceses.
O Rafale é um avião polivalente, que tanto pode efectuar missões ar-ar como missões de ataque utilizando armamentos de precisão.
Entre as principais características do Rafale está a sua autonomia, quesito em que ultrapassa os seus mais directos competidores europeus omo o Typhoon ou o Gripen.
O Rafale pode utilizar um pista com um minimo de 400 metros para descolagem
VERSÂO NAVAL
Originalmente conhecido como «Avion de Combat Marine» ou ACM, o protótipo do Rafale Naval voou pela primeira vez em Dezembro de 1991. O Rafale N difere da versão operada a partir de terra por causa do aumento de peso (mais 750Kg) que correspondem a um reforço dos componentes que são submetidos a maior esforço mecânico durante a aterragem, especialmente o trêm de pouso.
Os amortecedores do avião, têm que ter capacidade para absorver impactos provocados por um Rafale a embater na pista a velocidades de descida de 23Km/h ou seja mais do dobro do Rafale comum.
O Rafale naval dispõe ainda de outros artificios destinados a melhorar o comportamento do avião durante operações de descolagem como por exemplo o amortecedor especial da roda da frente, que se comprime baixando o avião durante a corrida, e que no último instante volta à sua extensão máxima, impulsionando o aviãoo para cima.
As provas do Rafale Naval a bordo de porta-avbiões foram realizadas a bordo do então porta-aviões Foch (actual A12 - São Paulo) no qual foi instalada uma rampa ski jump amovível, para permitir que se efectuassem testes com este tipo de sistema.
O Rafale Naval, tanto pode ser utilizado em porta-aviões com recurso a catapulta como pode ser utilizado em aeronaves com rampa. A França estudou a possibilidade de utilizar uma rampa basculante, para permitir a utilização do Rafale, mesmo que houvesse problemas com as catapultas.
Artigo CAMPO DE BATALHA AÉREA
DESCRIÇÃO
O Rafale é o caça multifuncional que substituirá todos os aviões de combate franceses atuais, desde o Sepecat Jaguar de ataque até os Mirage 2000-5 de defesa aérea e ataque. Esse caça é uma amostra de como o desempenho dos caças pode evoluir de forma imprevisível. Digo isso porque a uns 10 ou 12 anos atrás era impossível imaginar uma aeronave que pudesse superar as marcas de desempenho manobrado de um F-16 de forma tão absoluta como o Rafale foi capaz.
Acima: Um Rafale armado com 2 misseis Apache no cabide externo se prepara para um vôo de testes.
O Rafale possui um radar de varredura sintética passiva Thales RBE-2 similar ao que é transportado pelo F-22 Raptor, e que tem um alcance de 130km, um pouco menor que seu antecessor RDY do Mirage 2000, mas que é capaz de uma varredura aérea e terrestre simultaneamente, caracteristica que é uma vantagem sobre os demais radares dos atuais caças que possuem a necessidade de mudar de modos e ou ainda mesmo, ter que mudar de módulos em terra para poderem atuar em missões específicas. Esse radar, no modo ar ar, rastreia 40 alvos e pode atacar 4 alvos simultaneamente, sendo que no futuro essa capacidade será expandida para 8 alvos simultaneamente como programa de desenvolvimento anglofrances de desenvolvimento da antena de varredura ativa (AESA) AMSAR, garantindo uma agilidade de ataque BVR espetacular. Além do radar, o Rafale é equipado com um poderoso sensor IRST PIRATE que detecta de forma passiva, pela radiação infravermelha, um avião inimigo à até 70km, que permite manter o radar desligado, dificultando para o inimigo sua identificação e ainda podendo monitorar a posição do seu adversário. De fato o Rafale foi projetado para ser difícil de se detectar, mas sem a capacidade furtiva do F-22, mas com maior poder de invisibilidade do que os outros aviões convencionais.
Existe uma capacidade de receber e mandar dados via data link que permite ao piloto do Rafale saber o que seus colegas em outros Rafales ou mesmo de um AWACS, vêem em seus monitores, tornando muito mais flexível a tática de interceptação e combate. Eletronicamente esse avião é espetacular e somando seu desempenho de voo em combate, pode-se concluir de que se trata de um dos melhores aviões de combate atualmente.
Acima: O Rafale traz um importante incremento na capacidade de combate das forças armadas francesas. No cenário atual, as novas aéronaves incorporadas as forças aéreas tornaram os caças Mirage 2000 vulneraveis fazendo a sua substituição imprescindivel.
O armamento do Rafale é formado pelo moderno e manobrável míssil Mica que tem alcance de 60 km e com total capacidade de combate de curta distancia. Logo, o Rafale, será homologado para disparar o novo míssil Meteor que terá alcance maior que a do míssil Mica (cerca de 100 Km.) O míssil R-550 Magic 2 também pode ser transportado, mas esse míssil está sendo substituído pelo Mica IR. Para missões Ar Terra, o Apache é a arma que representa a “estrela” desse caça, porque é capaz de atingir o alvo a 140 km, com uma diversidade de ogivas para poder ter mais flexibilidade tatica. Um canhão GIAT M-791 de 30mm é o armamento organico do Rafale sendo especialmente eficaz contra veiculos terrestres. Sua cadencia de tiro é de 2500 disparos por minuto.
Acima: Fotografia tirada no recente deslocamento de uma esquadrilha de rafales para seu batismo de fogo na missão de combate no Afeganistão em apoio as forças da OTAN contra o Talebam. Notem as bombas guiadas a laser em cabides duplos.
O Rafale é propulsado por dois motores Snecma M-88-2, que rendem 7439 kg de empuxo com pós combustão. Trata-se de um motor confiavel e de 3º geração, entre os motores franceses. Seu sistema de controle aberto, ele se mostra uma grande adaptabilidade em diversas situações. Este motor, está disponivel para programas de remotorização de aéronaves antigas como caças A-4 Skyhawk, que podem obter uma significativo ganho de desempenho e eficiência, usando uste motor com tecnologia no estado da arte
Acima: Um Rafale decola para uma missão de patrulha com o pos combustor ligado. O tempo de reação do Rafale é um dos mais rapidos permitindo uma interceptação com tempo muito curto.
Informação genérica: O projecto Rafale teve o seu inicio nos anos 80, com o objectivo de dar à França uma aeronave para substituir o Mirage-2000. O projecto do Rafale, aparece uns anos antes de a França desistir definitivamente de participar no projecto europeu Eurofighter, partindo para um projecto autónomo.
Embora tivesse começado depois, o Rafale teve um desenvolvimento mais rápido que o seu congénere europeu.
O avião deveria substituir não só as várias versões do Mirage em operação na França e teria também que ter uma versão naval para poder substituir os caças Crusader e Super-Etendard em operação nos porta-aviões franceses.
O Rafale é considerado um dos caças mais modernos e sofisticados presentemente em operação.
RAFALE EM VIDEO:
1 Comentários
Fiquei feliz com a escolha do Rafalle.
Pois o caça que gostaria de ver como padrão na FAB era o SU-35.
Mas como os atuais clientes de Sukhoi como China e India estão tendo problemas com com a entrega de aparelhos e de peças do Su-30.
Acho que o nosso tumultuado país com sua frota de caças totalmente defasada "AMX,F-5 e Mirage 2000-5 e quase 200 ALX e T-27, não é páreo
para as Forças aéreas da Colômbia, Chile, Peru e Venezuela.
O nosso pais tem que comprar além dos 36 Rafalle; no mínimo umas 100 unidades para que todos pensem duas vezes antes de invadir aqui.
Mas não podemos nos esquecer que 5 submarinos é pouco, que nossa frota de navios de combate também é velha e pequena.
E nossos paleozoicos tanques nem se falam.
Tem que investir pesado em material bélico para as três forças, além de um salário digno aos soldados.