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Super Hornet F-18
Fabricante Boeing (EUA)
Raio de combate 1.800 km
Velocidade máxima 2.100 km/h
Motores 2 (GE 414)
Peso máximo de armamentos 8 toneladas
Ponto forte: É o mais testado. Foi muito usado no Afeganistão, Bosnia e Iraque e está sendo produzido em larga escala, a fabricante garante abrir mercado americano exatamente no momento em que a USAF re-lança requerimento para comprar 100 aeronaves similares ao Super Tucano.
Ponto fraco: Há poucas chances de o Brasil aperfeiçoar a tecnologia, pois o modelo já está consolidado.

Boeing propõe "seguro" de transferência tecnológica, diz Jobim

Na reta final do processo de escolha dos caças que serão comprados para a Força Aérea Brasileira (FAB), a concorrente norte-americana Boeing ofereceu ao Brasil uma indenização em caso de problemas na transferência de tecnologia, disse nesta sexta-feira o ministro da Defesa, Nelson Jobim.

Na avaliação do ministro, a proposta norte-americana de criar uma espécie de seguro é boa, porém cria uma certa insegurança sobre a possibilidade da Boeing de cumprir com sua promessa de transferir a tecnologia empregada na construção das aeronaves F-18 Super Hornet.

"O seguro seria um responsabilidade, uma penalização na hipótese de não haver transferência de tecnologia. Eles pagariam 5 por cento do valor da tecnologia não transferida", disse Jobim a jornalistas no Rio.

"É interessante, mas por outro lado é um demonstração de que a própria Boeing não tem segurança de que o governo americano possa transferir, porque o governo americano tem várias agências e é o Congresso que decide sobre isso. O Congresso lá é muito forte", acrescentou.

O ministro disse que está analisando a proposta enviada por carta ao Ministério da Defesa pela Boeing.

A transferência da tecnologia usada na fabricação dos aviões é uma das principais condições impostas pelo governo brasileiro para a escolha dos novas aeronaves de combate que serão compradas para a FAB. Além da Boeing, concorrem a francesa Dassalut e a sueca Saab.

Segundo o ministro, as empresas estão aperfeiçoando suas propostas nessa fase final de escolha dos caças.

"Os Rafale (da França) trabalham numa redução de preços, os EUA trabalham na mudança na postura na transferência de tecnologia. A própria Boeing propôs a construção de partes sensíveis do avião no Brasil e parte nos Estados Unidos", disse.

Ao ser questionado se a secretaria de Estado norte-americana, Hillary Clinton, teria feito alguma pressão a favor da Boeing durante visita a Brasília na quarta-feira, Jobim disse que "todos os envolvidos estão pedindo".

O ministro reiterou que pretende levar ainda esse mês ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma análise sobre a melhor proposta dos caças e que caberá ao presidente levar a escolha ao Conselho Nacional de Defesa antes de bater o martelo.

A Dassault fabricante do Rafale é vista como favorita após declarações do presidente Lula e do próprio Jobim indicando a preferência pela França.

Nenhuma das três proponentes divulgou informações financeiras das propostas passadas ao governo brasileiro, em um contrato estimado em bilhões de dólares.

O preço é apontado como grande obstáculo para que o país ainda não tenha anunciado a vitória do Rafale na disputa. O avião francês seria o mais caro, de acordo com especialistas.

Lula já garantiu que a decisão final do governo levará em conta critérios políticos, e a França tem com o Brasil uma aliança estratégica que já resultou na compra de helicópteros militares e submarinos por Brasília.

Reuters/Brasil Online - O Globo - Reportagem de Rodrigo Viga Gaier