A Hawker Beechcraft Corp entrou com uma ação nesta manhã no Tribunal Federal de Reivindicações dos EUA questionando a decisão da Força Aérea de excluir seus aviões AT-6 da competição LAS (Light Air Support). A ação veio depois que a empresa foi notificada de que o General Accountability Office indeferira o seu protesto, conforme divulgado aqui no Cavok.

“Nós achamos que fomos indevidamente excluídos da competição”, disse o CEO da Hawker Beechcraft Bill Boisture. “Nós não entendemos a base para a exclusão e, francamente, nós pensamos que temos o melhor avião”.

“Então, vamos tomar todas as vias disponíveis para nós termos certeza de que nosso produto é totalmente avaliado e reconhecido pelo que ele é. Há várias questões que aqui, francamente, não fazem sentido,” adiciona Boisture.

No último ano, a Hawker Beechcraft competiu com a brasileira Embraer para o fornecimento de 20 aviões em duas bases aéreas no Afeganistão e outras 15 para a “capacidade parceira de construção”, disse a Força Aérea. Esse número poderá crescer para 55 e chegar a US$ 950 milhões. As entregas deviam começar em 2013.

O contrato preservaria 1.400 empregos nos EUA, em 181 empresas de 39 estados, disse a empresa. Que inclui as 800 pessoas da Hawker Beechcraft, incluindo 300 empregos ligados ao sindicato mecânico, disse Boisture.

Em novembro, a Força Aérea informou a Hawker Beechcraft que ela havia sido excluído da concorrência no que é chamado de “exclusão pré-prêmio.” A empresa vem tentando descobrir a razão para a ação.

“Nós não sabemos por que fomos excluídos”, disse Boisture. A empresa entrou com um inquérito junto ao GAO para uma revisão da exclusão e um protesto.

Na sua rejeição do protesto da Hawker Beechcraft, a Força Aérea disse que a empresa perdeu o prazo de três dias para apresentar um pedido de esclarecimento e um prazo de 10 dias para apresentar um protesto, disse o relatório do GAO.

“Isso é o que a Força Aérea está alegando”, disse Boisture. “Chega um ponto, porém, onde a verdade dos fatos parece ser mais importante do que a correção dos procedimentos.”

O Departamento de Defesa, disse ele, “tem um interesse muito grande, forte e longo no T-6, o predecessor do AT-6. Todos os pilotos militares de asa fixa nos Estados Unidos atualmente são treinados neste avião. ”

A exclusão da Hawker na competição deixa o Super Tucano da Embraer como o único candidato.

O GAO afirmou no seu relatório que a Força Aérea encontrou a oferta da empresa “tecnicamente inaceitável”, que resultaria em um “risco inaceitável para capacidade de missão.” Ele não deu mais detalhes. Esta formulação foi escrita na carta da Força Aérea para notificar a empresa Hawker Beechcraft que havia sido excluída da competição, disse Boisture.

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Boisture deu estas razões para que a decisão deve ter sido baseada em um problema menor. Primeiro, o AT-6 foi avaliado e teve a capacidade comprovada através de um programa de vários anos liderado pela Guarda Aérea Nacional.

A Hawker Beechcraft e seus parceiros têm trabalhado com a Força Aérea por dois anos para desenvolver parâmetros para a competição LAS e investiu mais de 100 milhões dólares se preparando para atender às necessidades da Força Aérea, disse ele.

Fonte: CAVOK