https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8wtL4mLt7aFvyFNpktVYredbZJcHraVfFQ9jaQnZtSW6DHRf50EIuPRVejJFAoDue7beA5tYwUQllulh02BVdc7l17wBGtiIy5eMgkYzunucw0MTBD0BK7bATYMMri9dYHFhT1Kj5xgw/s640/syria+war8.jpgAs autoridades russas entregaram nesta quarta-feira aos Estados Unidos o plano para colocar o arsenal de armas químicas sírias sob controle internacional, informou a agência russa ITAR-Tass.
"Entregamos aos americanos um plano para colocar as armas químicas sírias sob controle internacional, esperamos poder debater isto em Genebra, onde estão reunidos diplomatas dos dois países", disse uma fonte da delegação russa.
O ministro russo das Relações Exteriores, SergueÏ Lavrov, e o secretário de Estado americano, John Kerry, vão se encontrar na tarde de quinta-feira em Genebra.
Kerry será acompanhado por uma equipe de especialistas em armas, segundo um alto funcionário americano.
Uma fonte russa em Genebra, citada pela agência Itar-Tass, indicou que esta reunião poderia durar vários dias.
"O encontro deverá ter início na quinta-feira e ser concluído na sexta-feira, mas poderá se estender até sábado", declarou a fonte.
Segundo o porta-voz da Casa Branca Jay Carney, o plano "mostra que a Rússia põe seu prestígio em jogo".
"Depois de ter bloqueado durante dois anos as tentativas das Nações Unidas de fazer Assad prestar contas (...) a Rússia desempenha, ou parece mostrar que quer desempenhar um papel construtivo", afirmou Carney.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVfTAQxmTteY8dbCGODjOb0qWXwz9poMjKh0bblvwY3msDzBvoQtFnHryMXSTS_Sb1m4bTK11zU_Ymze_dWclDakgjcJN7euUVqnegIEILV7SWTIEK8BpNbI_2Tqz0PPvptujzY41HJqY/s320/syria+war+map2.jpg A Rússia anunciou ter proposto aos seus aliados sírios colocar sob controle internacional seus estoques de armas químicas, uma proposta aceita por Damasco.
Lavrov "tem ideias interessantes sobre os meios que podem nos levar a essa proposta", afirmou mais cedo John Kerry, que se expressou durante um fórum online organizado pelo Google +: "Se nós pudermos realmente securizar todas as armas químicas da Síria por este meio, seria claramente o meio mais adequado, e de longe, uma verdadeira conquista", afirmou.
Os Estados Unidos, no entanto, permanecem reticentes sobre o sucesso desta empreitada, e reafirmaram, junto à França, seu compromisso militar de intervir contra o regime sírio se os esforços diplomáticos fracassarem.
Os presidentes americano, Barack Obama, e francês, François Hollande, temem que esta guinada na situação síria se trate de uma manobra dilatória, mas não podem rejeitar a mão que Damasco e seu aliado russo estão estendendo.

A França seguirá "mobilizada para punir a utilização de armas químicas por parte do regime sírio e dissuadir o país de reincidir", anunciou o presidente francês ao fim de um Conselho de Defesa.
Durante esta reunião, Hollande "ressaltou a determinação da França de explorar todas as vias no Conselho de Segurança das Nações Unidas, para permitir o quanto antes um controle efetivo e verificável das armas químicas presentes na Síria", afirma um comunicado.
Estas declarações foram feitas um dia após o discurso de Barack Obama, que considerou a proposta russa de colocar as armas químicas sob controle internacional como um sinal de esperança.
"Esta iniciativa tem o potencial de remover a ameaça das armas químicas sem o uso da força, particularmente porque a Rússia é um dos mais fortes aliados de Assad", declarou o presidente, que também reconheceu que é muito cedo para saber se a proposta terá êxito.
Obama pediu ao Congresso que adie a votação de autorização de uma ação militar contra a Síria.
Já o guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, um fiel aliado do regime sírio, anunciou que espera que a decisão de Washington de esperar os resultados da proposta russa seja séria.
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Em seu discurso, Obama lembrou que a opção militar segue sobre a mesa e que está decidido a manter a pressão sobre o regime sírio.
Nas últimas semanas, potentes barcos de guerra americanos com mísseis de cruzeiro foram mobilizados no Mediterrâneo oriental.
"Mesmo um ataque limitado enviaria uma mensagem a Assad que nenhuma outra nação pode enviar", afirmou o líder americano, acrescentando que não mobilizará tropas em terra.
E o presidente israelense, Shimon Peres, disse estar convencido de que os Estados Unidos só irão intervir militarmente na Síria se suas autoridades não forem sinceras sobre o arsenal de armas químicas.
"Sempre é melhor obter resultados pela diplomacia do que pela guerra, mas a questão central atualmente é a sinceridade do regime sírio", disse Peres.
Em declarações feitas nesta quarta-feira, Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, afirmou que as "atrocidades" cometidas na Síria representam um "fracasso coletivo" da comunidade internacional.
"Nosso fracasso coletivo em prevenir as atrocidades cometidas na Síria há dois anos e meio pesará duramente sobre a reputação da ONU e dos Estados membros", disse Ban durante um debate na Assembleia Geral da ONU sobre a "responsabilidade de proteger", estimulando mais uma vez o Conselho de Segurança a tomar ações.
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"A utilização de armas químicas é um ato horrendo que merece uma clara condenação e uma resposta forte", disse Barroso em seu discurso anual sobre a União Europeia ante o Parlamento Europeu em Estrasburgo.
"A comunidade internacional, com as Nações Unidas no centro, deve assumir uma responsabilidade coletiva para punir estes atos e colocar fim a este conflito", acrescentou Barroso.
Pouco depois, em um debate sobre a Síria na Eurocâmara, a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, pediu que os membros do Conselho de Segurança da ONU "assumam suas responsabilidades" na resolução do conflito sírio.
O papel do Conselho de Segurança é inevitável, afirmou Ashton, mas seus membros "têm que assumir suas responsabilidades e é verdadeiramente lamentável que até agora não tenham feito isso no âmbito do conflito na Síria".
Em terra, combatentes da Frente al-Nusra, um grupo extremista sunita, mataram doze civis alauitas perto de Homs, no centro da Síria, informou nesta quarta-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), uma ONG com sede no Reino Unido que se informa graças a uma rede de ativistas e de fontes médicas no país.
 
Da Exame