Com morte de Artur da Távola, música erudita perde aliado
da Folha Online
O jornalista e ex-senador Artur da Távola morreu nesta sexta-feira aos 72 anos no Rio de Janeiro. Ele ficou conhecido por apresentar programas sobre música erudita. O jornalista era presidente da rádio Roquette Pinto, emissora pública do Estado do Rio de Janeiro.
Artur da Távola era o pseudônimo de Paulo Alberto Monteiro de Barros.
le também apresentou na emissora, cuja freqüência é 94,1 FM RJ, o programa dominical "Esta Bossa Sempre Nova" e "Mestres da Música". Ele também apresentou e produziu "Vida e Obra de Rachmaninoff" às quintas-feiras.
Na rádio Senado, Távola veiculou o "Música do Brasil" e "Crônica Musical". Na rádio Cultura FM ele apresentou o "Música Clássica com Artur da Távola" aos domingos.
Távola também foi responsável pelo elogiado programa "Quem Tem Medo da Música Clássica?", na TV Senado, onde ele comentava a obra, o contexto histórico e a vida de uma série de compositores eruditos.
Além de seu trabalho com a música, Távola também era escritor. Em seu site, é possível encontrar alguns de seus poemas e de suas crônicas.
Em seu blog, o jornalista chegou a comunicar que estava doente e não iria continuar escrevendo.
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Morreu nesta sexta-feira, aos 72 anos, o ex-senador, jornalista e escritor Artur da Távola, pseudônimo de Paulo Alberto Moretzsohn Monteiro de Barros. (No Ancelmo.com: Saudades de Artur da Távola) O ex-senador, um dos fundadores do PSDB, sofria há alguns anos de problemas cardíacos e morreu por volta das 14h desta sexta-feira, em Copacabana, zona sul do Rio.
Deixa três filhos. Escreveu colunas em vários jornais, entre eles, o Globo, O Dia, Jornal do Commercio, e publicou 13 livros. Também dirigiu publicações da editora Bloch. Artur da Távola apresentou ainda crônicas diárias no programa Plantão da Madrugada, da rádio CBN. Apresentru programas de música clássica e brasileira no rádio, sempre contando histórias de compositores, intérpretes, ou simplesmente as sensações que tinha ao ouvir as notas e harmonias. Nascido no Rio de Janeiro, em 3 de janeiro de 1936, filho de Paulo de Deus Moretzsohn Monteiro de Barros e de Magdalena Koff Monteiro de Barros, formou-se em 1959 em direito pela PUC do Rio.
Durante o curso universitário, participou do movimento estudantil. Em 1965, especializou-se em educação, pelo Centro Latino-americano de Formación de Especialistas en Educación (CLAFEE). Entre 1957 e 1960, trabalhou como produtor de programas educativos da Rádio MEC. Em 1960, ainda usando seu nome de batismo, Paulo Alberto Monteiro de Barros foi eleito deputado constituinte no recém-criado estado da Guanabara, pelo PTN. Em 1962, obteve, fio eleito novamente deputado estadual, ingressando no PTB. A atuação parlamentar foi marcada pela oposição ao então governador Carlos Lacerda, da UDN. Cronista regular, a partir de 1968, sucessivamente nos jornais Última Hora, O Globo, O Dia e também na revista Fatos e Fotos. Senador eleito pelo PSDB em 1994, em agosto de 1999, Artur da Távola anunciou o desligamento do partido.
Na ocasião, dissera que o partido e o governo de Fernando Henrique tinham abandonado os princípios da social-democracia para assumir uma feição conservadora. Foi deputado constituinte, sendo em 1986 o mais votado pelo PMDB do Rio. Ele gostava de acompanhar campeonatos de boxe, que serviam, segundo ele, para compensar sua falta de agressividade no cotidiano. Dizia ser um homem dócil, no perfil sonoro, autobiográfico ,concluiu que 'estava permanentemente em obras e que se ajustava a cada desafio da vida'.
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