8.000 homens desfilaram em comemoração da vitória na II guerra
Conforme estava planeado, decorreu nesta Sexta-feira o desfile comemorativo dos 63 anos da vitória sobre a Alemanha. A data tinha sido comemorada anteriormente com desfiles militares noutras áreas da cidade de Moscovo, mas sem a presença de tanques, principalmente por razões que se prendem com os custos relacionados com o recapamento do asfalto das ruas onde desfilam os veículos blindados.
O desfile teve inicio com desfile de forças apeadas a que se seguiu o desfile de veículos militares, carros de combate e outros sistemas o qual começou com a entrada de carros BTR-80 e BMP-3. Posteriormente entraram na praça os veículos BMD-4 recentemente introduzidos e que servem as forças aerotransportadas da Rússia, que mostraram também os seus veículos de artilharia «Sprut».
Depois das forças ligeiras desfilaram os tanques T-90, que foram seguidos pelos sistemas pesados de artilharia auto propulsada MSTA/2S19, com peças de 152mm. Desfilaram posteriormente os sistemas de artilharia auto propulsada de 152mm.
Antes dos mísseis tácticos, desfilaram ainda os sistemas de defesa antiaérea Tunguska, Tor e Buk e os sistemas de longo alcance S-300.
O desfile contou também – conforme esperado – com a presença dos novos sistemas de mísseis balísticos Topol-M, que são neste momento o mais importante dissuasor no arsenal russo, por causa das suas capacidades na fase final do voo.
Embora possam ser detectados pelos sistemas ocidentais, os Topol-M podem mudar a sua rota no final do seu percurso, tornando grande parte dos sistemas norte-americanos, que se baseiam no cálculo antecipado da trajectória dos mísseis para tentar abate-los.
Fizeram parte do desfile militar, além de forças a pé dos vários ramos das forças armadas russas, aeronaves como o bombardeiro estratégico Tupolev Tu-160 e o vetusto, mas ainda utilizado Tupolev Tu-95.
Estas aeronaves começaram em 2007 a efectuar voos sobre o Atlântico e sobre o Pacífico, no que foi considerado como uma volta da Rússia ao mar. Esta volta à utilização deste tipo de sistemas é no entanto vista no ocidente como uma afirmação de política interna e não como uma demonstração tecnológica ou de capacidade militar.
Juntamente com as aeronaves pesadas, participaram no desfile aéreo e como escolta das aeronaves maiores, caças Su-27, MiG-29, Su-42 e caça-bombardeiros Su-34.
O desfile militar foi antecedido por um desfile evocativo das forças de 1945, com estandartes da época e tropas fardadas com os uniformes em utilização no ano da vitória sobre a Alemanha.
Ao desfile militar que teve lugar em Moscovo na Praça Vermelha, esteve presente o novo presidente da Federação Russa, Dimitry Medvedev.
Rússia realiza maior desfile militar desde o fim da URSS.
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Atualmente, o país vive um momento de tensão com os países ocidentais, especialmente com os Estados Unidos, que foram acusados várias vezes pelo ex-presidente Putin de terem uma postura unilateral e intervencionista. O desfile desta sexta-feira, que pela primeira vez nos últimos 18 anos conta com armamentos pesados, pretende "mostrar nosso crescente potencial em termos de defesa", afirmara Putin no início da semana. Moscou não esconde a meta de recuperar seu papel no cenário internacional, apesar da postura resultar em crises com o Ocidente dignas da época da Guerra Fria e de uma crescente ameaça militar na Abkhazia, um território separatista pró-russo da antiga república soviética da Geórgia. Um total de 8.000 homens e 110 equipamentos pesados (tanques, baterias antiaéreas móveis e mísseis de até 100 toneladas) passaram pela Praça Vermelha, assim como 32 aviões e helicópteros. A Rússia celebra a vitória na Segunda Guerra Mundial em 9 de maio. O conflito acabou na Europa oficialmente em 8 de maio, horário alemão. Porém, devido ao fuso horário já era 9 de maio na Rússia.
Medvedev critica política ocidental e conflitos com motivação irresponsável em seu 1º ato público após a posse
Efe & Estadão (Com BBC Brasil)
MOSCOU - A primeira parada militar com mísseis intercontinentais e armamento pesado desde 1990 começou nesta sexta-feira, 9, na Praça Vermelha, no primeiro ato público presidido pelo novo governante russo, Dmitri Medvedev. Comandante Supremo das Forças Armadas, o presidente que recebeu na quarta-feira a maleta com o "botão nuclear", que permite controlar o arsenal atômico da Rússia, fez um breve discurso na tribuna instalada diante das muralhas do Kremlin e criticou os "conflitos armados" motivados por "ambições irresponsáveis".
Medvedev criticou a política ocidental de "revisão de fronteiras" ao presidir o desfile. "Devemos levar muito a sério as tentativas de interferir nos assuntos de outros Estados. Mais ainda, as tentativas de revisar as fronteiras". Ele reiterou as críticas de seu antecessor e novo primeiro-ministro, Vladimir Putin, ao reconhecimento da independência do Kosovo pelos Estados Unidos e parte da União Européia. "Não podemos menosprezar as normas do direito internacional, sem as quais não seriam possíveis a segurança e uma ordem mundial justa", disse o novo presidente russo, jurista de formação.
Além disso, Medvedev criticou veladamente os EUA, ao assegurar que a história ensina que "os conflitos militares não explodem por si próprios, mas são instigados por aqueles cujas ambições irresponsáveis se sobrepõem aos interesses de países e continentes". Ele afirmou ainda que seguirá ao pé da letra a política externa definida por seu antecessor durante os últimos oito anos.
Segundo a BBC, Medvedev disse que o Exército e a Marinha estão se tornando mais fortes. Segundo a imprensa internacional, o desfile em Moscou foi uma clara demonstração de força militar. "Nosso Exército e Marinha estão ganhando força", disse o presidente. "Eles estão mais fortes, como a Rússia, e em seu poder está hoje a glória histórica do armamento russo, as tradições de vitória e o alto espírito de nosso Exército."
Mais cedo, Putin disse que o desfile das armas não é bravata, mas "uma demonstração de nossa crescente capacidade de defesa". O Kremlin insiste que o evento na Praça Vermelha – liderado por Medvedev - não tem o objetivo de ameaçar quem quer que seja.
A Rússia celebra a cada 9 de maio o aniversário da vitória do Exército Vermelho sobre o nazista com uma parada na Praça Vermelha, mas esta foi a primeira com armamento pesado desde 1990. Bandas militares e 8 mil soldados marcharam sobre a Praça Vermelha expondo armamentos pesados, como mísseis balísticos Topol-M e tanques T-90. O pavimento da Praça Vermelha teve que ser reforçado antes do desfile para suportar o peso dos tanques e das armas.
Canais de TV mostraram militares marchando em várias cidades russas, além de veteranos com o peito coberto de medalhas. A Rússia já havia feito demonstrações de seu poderio militar recentemente, incluindo a retomada de vôos de longa distância dos aviões de guerra Tupolev Tu-95, um ícone do antigo arsenal soviético. Mas, segundo analistas, apesar da demonstração de força, há evidências de que o Exército e a Marinha russos sofrem com falta de dinheiro, pouco treinamento e baixa moral.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Grande Guerra Patriótica foi o nome pelo qual ficou conhecida a Segunda Guerra MundialUnião Soviética. Com forte viés ideológico, a definição tinha por objetivo incutir na mente dos povos integrantes da URSS a idéia de que o combate com os alemães significava uma guerra em defesa da pátria, nesse caso, o Estado Soviético. Por outro lado, juntamente com outras ações políticas, a definição tinha por objetivo alçar a figura de Stalin como o supremo líder e guia do país.
Significado
As comemorações e o significado da vitória na guerra, pela qual a URSS pagou um preço alto, tanto em termos humanos como materias, foram sempre profundamente marcadas na consciência dos povos das repúblicas soviéticas. O "Dia da Vitória", ou "День Победы" - "Den' Pobiedy", era, junto com o Primeiro de Maio - Dia do Trabalho, um dos dois principais festejos populares na URSS). O episódio permanece importante para os russos devido às imensas perdas humanas sofridas no conflito, inclusive após a queda do regime soviético. É raro encontrar algum cidadão das ex-repúblicas soviéticas cuja família não tenha sido perdido um ente próximo na guerra.
Embora o significado das batalhas entre Alemanha e URSS tenha sido enormemente relativizado no mundo capitalista pós-guerra, por conta de questões ideológicas próprias da Guerra Fria, a chamada frente oriental foi onde aconteceram as mais ferozes batalhas, com as maiores perdas civis e militares da história. Na resistência contra a Wehrmacht, o Exército Vermelho mostrou excepcional tenacidade e capacidade de reorganização e aprendizagem.
Apesar de imensas perdas, a URSS foi a única nação da guerra a ser invadida territorialmente pela Werhmacht a ser capaz de se reorganizar e, sem rendição ou acordos colaboracionistas (como o do “Governo de Vichy”, na França), resistir, combater, e efetivamente rechaçar as forças alemãs para fora de seu território sem tropas externas atuando conjuntamente (como na recuperação da França, por exemplo) e, mais importante, seguir um curso de vitórias até a capital da Alemanha, terminando, na prática, a guerra. Poucos dias depois do suicídio de HitlerBerlim - já completamente ocupada pelo Exército Vermelho - as forças alemãs assinaram sua rendição incondicional.
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