Moisés de Freitas
Fonte: Inovação Tecnológica

Um grupo de alunos da Univap, uma universidade privada localizada no interior de São Paulo, está desenvolvendo tecnologia nacional para a construção de foguetes híbridos. Um motor-foguete híbrido funciona com uma mistura de propelentes líquidos e sólidos. O foguete construído pelo alunos da Univap, batizado de Oberon, utiliza a parafina sólida como combustível e o óxido nitroso líquido como oxidante.

Campanhas de lançamento

Os primeiros testes em bancada dos motores híbridos começaram em 2006. O primeiro vôo do foguete Oberon aconteceu em 19/11/2007 nos céus da região da cidade de Amparo (SP). A segunda campanha de lançamentos ocorreu em 16/02/2008 na mesma região.

"Até julho deste ano estaremos efetuando a terceira campanha de lançamentos quando será finalizado este projeto e publicado o trabalho científico," conta Silas Camargo de Matos, que é coordenador da equipe de pesquisas.

Trajetória livre

O objetivo dos pesquisadores é o desenvolvimento do motor. Por isso o foguete Oberon não dispõe de controle de vôo. Sem equipamento telemétrico, ele pesa apenas nove quilogramas, sendo capaz de levar até dois quilogramas de carga útil.

Quando o combustível se esgota, o foguete prossegue em uma trajetória balística até seu apogeu, quando o sistema de recuperação entra em ação, trazendo o foguete de volta ao solo em segurança, com o auxíliio de um pára- quedas.

Know-how privado

"Com os conhecimentos gerados com estes foguetes poderemos desenvolver motores bem maiores, para serem utilizados em foguetes de sondagem, veículos lançadores ou semelhantes," conta Silas.

São pesquisas como esta que têm dado origem aos programas espaciais privados de vários países, o que parece ser uma tendência mundial (veja NASA sinaliza privatização dos vôos espaciais).

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