Índia estuda F-18 em porta-aviões russo
Vikramaditya pode utilizar aviões americanos
Fonte: Area Militar

A imprensa da Índia noticiou nesta Segunda-feira, que a marinha da União Indiana solicitou ao fabricante norte-americanos Boeing, que adquiriu a antiga McDonnel Douglas, que estudasse a possibilidade de uma aeronave de combate do tipo F/A-18 poder ser utilizada a partir do antigo porta-aviões da União Soviética Admiral Gorshkov, e que está em processo de modernização para eventual fornecimento à marinha da Índia.

Segundo as mesmas fontes, as análises virtuais e simulações em computador começaram ainda em 2004 e a marinha da Índia já está de posse do estudo final realizado pelos norte-americanos.

A possibilidade da aquisição dos F/A-18E/F está relacionada com o concurso internacional para a aquisição por parte da força aérea da Índia de 126 caças que é presentemente o mais importante concurso internacional para o fornecimento de aeronaves de combate.

A marinha indiana pretendeu ser informada sobre se as aeronaves da força aérea poderiam ser utilizadas a bordo do futuro porta-aviões, no caso de o F/A-18 vir a ser escolhido.


O F/A-18 é uma aeronave concebida desde o inicio para operar a partir de porta-aviões e tem um trem de aterragem suficientemente resistente para efectuar a operação de pouso, já para o seu lançamento, o avião nunca efectuou essa operação sem o recursos a uma catapulta, recursos esse que existe nos porta-aviões norte-americanos mas não no Admiral Gorsjkov, nem foi acrescentada na modernização para a Índia.

Os estudos que foram apresentados pela Boeing, mostram no entanto que efectivamente, a operação do F/A-18 a bordo do futuro porta-aviões é efectivamente viável utilizando uma rampa Ski-jump em vez de uma catapulta.

As análises de computador efectuadas pelos norte-americanos e cujas conclusões foram devidamente apresentadas aos indianos, demonstraram que não só o F/A-18 pode operar a partir do Vikramaditya, como além disso o pode fazer com uma carga bastante elevada.

Vantagem táctica.

Esta possibilidade dos F/A-18 representa uma vantagem sobre todos os outros concorrentes. Nos outros casos, nomeadamente no caso da versão naval do MiG-29, conhecida como MiG-29K, o avião precisa ser especialmente reforçado para poder aterrar na reduzida pista de um porta-aviões, naquilo que é na prática uma queda controlada e que obriga a um grande esforço e tensão para o trem de aterragem.

Ao adquirir o F/A-18 para a Força Aérea, a Índia passaria a possuir uma frota de 126 aeronaves com capacidade para efectuar missões utilizando se necessário o porta-aviões Vikramaditya como base.

Com este tipo de recurso, a força aérea da Índia pode efectuar operações de ataque a longa distância com aeronaves que depois de efectuarem o ataque podem reabastecer no porta-aviões e voltar à base. Isto também pode ser feito com recurso a aeronaves de reabastecimento em voo, mas a complexidade de tal operação ainda por cima a grande distância das bases é muito maior que a manutenção de um navio do porte do porte do Admiral Gorshkov.