Trip comprará jatos da Embraer para vôos regionais
SÃO PAULO - A Trip Linhas Aéreas fechou a compra de cinco aeronaves Embraer 175, com opção de compra de mais cinco, do mesmo modelo. O jato, produzido em São José dos Campos (SP), tem capacidade para até 90 assentos e preço de tabela de US$ 31 milhões.
Serão os primeiros aviões com motores a jato da Trip, que hoje utiliza os modelos turboélice. Além da Trip, apenas a recém-criada Azul, do empresário David Neeleman, operará no Brasil com o jato brasileiro do modelo 195.
Renan Chieppe, presidente do conselho da Trip, não quis comentar o tamanho do pedido feito à Embraer. O anúncio oficial acontecerá na quinta-feira, quando a Trip divulgará o calendário de entregas. Atualmente, a frota da Trip é composta por 18 aeronaves da fabricante européia ATR, nos modelos 42 e 72, com capacidade entre 46 e 74 poltronas. A Trip chegou a negociar a compra de aeronaves modelo CRJ 900, da Bombardier, mas desistiu.
Há três meses, em entrevista ao Valor, José Mário Caprioli, presidente e fundador da Trip, disse que o uso dos jatos no transporte regional era um questão de tempo, mas que isso ocorreria paulatinamente, pois o Brasil não tem tantas cidades de médio e pequeno portes com infra-estrutura para recebê-los. " Ainda não existe mercado para uma encomenda grande desses equipamentos " , afirmou.
A compra dos jatos faz parte dos esforços da Trip para se tornar uma companhia aérea de vôos regionais com porte de grande empresa. O plano de expansão ganhou força em novembro de 2006, quando vendeu 50% de seu capital para o grupo Águia Branca, por R$ 44 milhões. Em janeiro de 2007, a Trip encomendou 14 aeronaves da fabricante ATR e, em novembro, assumiu toda a operação de transporte aéreo de passageiros do grupo mineiro Total. A companhia vislumbra a abertura de capital para os próximos anos.
A Trip tinha 0,88% do mercado de vôos domésticos no mês de maio, pouco mais do que o dobro do que havia registrado no mesmo mês de 2007. A taxa de aproveitamento dos seus aviões também subiu nesse período, de 56% para 65%. Apesar de ter crescido, a companhia aérea ainda não conseguiu ter operações lucrativas no ano passado. Entre 2006 e 2007, o prejuízo líquido subiu 29%, de R$ 6,9 milhões para R$ 8,9 milhões. A receita líquida aumentou 15,6%, de R$ 96,9 milhões para R$ 112,1 milhões.
(Patrícia Nakamura e Roberta Campassi | Valor Econômico)
Serão os primeiros aviões com motores a jato da Trip, que hoje utiliza os modelos turboélice. Além da Trip, apenas a recém-criada Azul, do empresário David Neeleman, operará no Brasil com o jato brasileiro do modelo 195.
Renan Chieppe, presidente do conselho da Trip, não quis comentar o tamanho do pedido feito à Embraer. O anúncio oficial acontecerá na quinta-feira, quando a Trip divulgará o calendário de entregas. Atualmente, a frota da Trip é composta por 18 aeronaves da fabricante européia ATR, nos modelos 42 e 72, com capacidade entre 46 e 74 poltronas. A Trip chegou a negociar a compra de aeronaves modelo CRJ 900, da Bombardier, mas desistiu.
Há três meses, em entrevista ao Valor, José Mário Caprioli, presidente e fundador da Trip, disse que o uso dos jatos no transporte regional era um questão de tempo, mas que isso ocorreria paulatinamente, pois o Brasil não tem tantas cidades de médio e pequeno portes com infra-estrutura para recebê-los. " Ainda não existe mercado para uma encomenda grande desses equipamentos " , afirmou.
A compra dos jatos faz parte dos esforços da Trip para se tornar uma companhia aérea de vôos regionais com porte de grande empresa. O plano de expansão ganhou força em novembro de 2006, quando vendeu 50% de seu capital para o grupo Águia Branca, por R$ 44 milhões. Em janeiro de 2007, a Trip encomendou 14 aeronaves da fabricante ATR e, em novembro, assumiu toda a operação de transporte aéreo de passageiros do grupo mineiro Total. A companhia vislumbra a abertura de capital para os próximos anos.
A Trip tinha 0,88% do mercado de vôos domésticos no mês de maio, pouco mais do que o dobro do que havia registrado no mesmo mês de 2007. A taxa de aproveitamento dos seus aviões também subiu nesse período, de 56% para 65%. Apesar de ter crescido, a companhia aérea ainda não conseguiu ter operações lucrativas no ano passado. Entre 2006 e 2007, o prejuízo líquido subiu 29%, de R$ 6,9 milhões para R$ 8,9 milhões. A receita líquida aumentou 15,6%, de R$ 96,9 milhões para R$ 112,1 milhões.
(Patrícia Nakamura e Roberta Campassi | Valor Econômico)
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