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Embraer anuncia venda de 22 aviões em feira britânica

Da EFE via G1

Farnborough (Reino Unido), 14 jul (EFE).- A brasileira Embraer, quarta maior fabricante mundial de aviões, anunciou hoje a venda de 22 aeronaves do modelo 190 às companhias aéreas Aeroméxico, NIKI e NAS por um total de US$ 825 milhões.

A Embraer fez o anúncio na Feira Aeronáutica de Farnborough, um salão bienal inaugurado hoje e aberto até o próximo domingo nesse aeroporto situado cerca de 50 quilômetros ao sul de Londres, e que neste ano chega a sua 46ª edição, comemorando seus 60 anos de realização.

A fabricante brasileira, líder no mercado de aeronaves para vôos regionais, anunciou ter assinado um contrato com a Aeroméxico para a venda de 12 Embraer 190 (aviões de curto alcance com capacidade máxima para mais de 100 passageiros).

"A Embraer e a Aeroméxico compartilham uma história de aliança comercial bem-sucedida, e temos certeza que este novo acordo fortalecerá ainda mais nossas boas relações", afirmou Mauro Kern, vice-presidente executivo da empresa brasileira.

As 12 aeronaves, que pretendem modernizar a frota da linha aérea mexicana, estão avaliadas em US$ 450 milhões.

A Embraer também chegou a um acordo com a companhia aérea austríaca NIKI, do ex-tricampeão mundial de Formula 1 Niki Lauda, para a venda de cinco aeronaves 190, por US$ 187,5 milhões, cada uma com 112 poltronas.

O valor poderá dobrar caso a Lauda faça a opção de compra para adquirir outras cinco aeronaves do mesmo modelo, enquanto que as primeiras entregas estão previstas para a primeira metade do próximo ano.

"Operar uma companhia aérea em um contexto tão desafiador como o que temos hoje em dia requer escolher os melhores aviões para cumprir sua missão", comentou Lauda.

Além disso, Mauro Kern disse que a companhia aérea saudita NAS (National Air Service) confirmou sua opção de compra de cinco Embraer 190 em virtude de um contrato divulgado em novembro de 2007 na feira aeronáutica de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Além disso, a NAS, cuja compra tem valor de US$ 187,5 milhões, tem o direito de adquirir futuramente outras 12 aeronaves do mesmo modelo.

A Embraer lembrou que foram entregues mais de 97 aviões no primeiro semestre de 2008, 59% a mais que no mesmo período do ano anterior (61), batendo seu recorde semestral de vendas.

Apesar da hegemonia de Boeing e Airbus no mercado de grandes aviões, a Embraer conseguiu chamar a atenção do evento com seus anúncios de novas vendas, assim como sua principal concorrente, a canadense Bombardier, que neste domingo apresentou um projeto para a construção de um novo avião, o CSeries.

O salão, uma das grandes mostras da indústria da aviação, recebe até o dia 20 de julho cerca de 1.500 expositores representando 35 países. EFE

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Embraer não considera o novo avião da Bombardier uma "ameaça"

Da EFE fonte: G1

Farnborough (R.Unido), 14 jul (EFE) - A Embraer não considera uma "ameaça" comercial o novo avião que o grupo canadense Bombardier deve fabricar, afirmou hoje Mauro Kern, vice-presidente executivo da empresa brasileira.

"Não vemos, hoje, como uma ameaça direta", disse Kern em entrevista coletiva concedida durante o primeiro dia da Feira Aeronáutica de Farnborough, cerca de 50 quilômetros ao sul de Londres.

A Bombardier, terceira maior fabricante mundial de aviões, surpreendeu o setor neste domingo ao anunciar um programa para construir um novo aparelho, o CSeries, de curto percurso e com capacidade para até 130 passageiros.

Segundo os analistas, a Bombardier pretende desafiar os aviões menores da Airbus e da Boeing com a aeronave, que só será lançada em 2013, assim como o modelo Embraer 190, de entre 98 e 114 assentos.

A companhia aérea alemã Lufthansa expressou interesse na aquisição de 30 aviões CSeries.

"O CSeries estará no mercado em 2013 ou 2014 e com a família E-Jets (que inclui o 190) podemos oferecer uma solução muito boa para as companhias aéreas que passam agora por momentos difíceis", disse Kern."Em cinco ou seis anos, a cadeia normal de melhora dos Embraer 190 e 195 (até 122 assentos) nos levará a conseguir um produto tão competitivo ou mais (que o CSeries)", apontou o vice-presidente.Segundo o executivo, a Embraer não terá "qualquer reação imediata ao CSeries"."Não devemos tomar qualquer decisão irracional simplesmente por reagir agora perante nosso concorrente", afirmou."Estamos trabalhando muito estreitamente com três diferentes fabricantes de motores e acompanhamos muito de perto o que está ocorrendo com o preço do petróleo, emissões por despesa de combustível e as vantagens das tecnologias", afirmou."A médio prazo, poderemos tomar uma decisão sobre a próxima geração de aeronaves de forma muito mais bem estruturada", acrescentou Kern.A Feira de Farnborough, uma das maiores da indústria da aviação, junto com o Salão de Aeronáutica e o Espaço Paris Le Bourget (nos arredores de Paris), recebe até 20 de julho cerca de 1.500 expositores de 35 países. EFE