Foto: Dani Cardona/Reuters
Dani Cardona/Reuters
Rei Juan Carlos, à direita, aperta mão do presidente venezuelano, Hugo Chávez (Foto: Dani Cardona/Reuters)

Rei Juan Carlos e Hugo Chávez se reencontram com aperto de mãos
A recepção durou cerca de quatro minutos, na residência de verão
dos reis da Espanha. O presidente venezuelano perguntou ao rei:
'por que não vamos à praia?'.
Da EFE Via G1

O rei Juan Carlos I da Espanha e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, se cumprimentaram nesta sexta-feira (25) com um aperto de mãos no primeiro encontro após o incidente envolvendo os dois na cúpula Ibero-americana em Santiago do Chile, em novembro passado.
Chávez foi ao Palácio Marivent, residência de verão dos reis da Espanha em Palma de Mallorca, pouco antes das 11h30 (6h30 no horário de Brasília), uma hora depois do previsto, para se reunir com o monarca.

A recepção durou quatro minutos, em um ambiente relaxado no qual o rei Juan Carlos agradeceu a Chávez por ir a Mallorca.

O presidente venezuelano perguntou ao rei: "por que não vamos à praia?", após comentar o calor na ilha mediterrânea, que comparou ao Caribe.

Juan Carlos I recebeu Chávez do lado de fora da residência, onde os dois se cumprimentaram com um aperto de mão e trocaram tapinhas nas costas, e depois posaram para os fotógrafos.

Após a troca de saudações, os dois mantêm uma reunião acompanhados pelos ministros de Assuntos Exteriores da Espanha, Miguel Ángel Moratinos, e da Venezuela, Nicolás Maduro, além do ministro da Energia e Petróleo venezuelano, Rafael Ramírez Carreño.


'Por que não se cala?'

A reunião desta sexta é a primeira entre o rei da Espanha e Chávez depois dos momentos de tensão nas relações que vieram depois da frase "por que no te callas?" (por que não se cala?), dirigida pelo monarca ao presidente venezuelano em novembro do ano passado na Cúpula Ibero-americana realizada em Santiago do Chile.

O rei Juan Carlos pronunciou a frase após várias interrupções de Chávez ao presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, que tinha tomado a palavra para reivindicar respeito a seu antecessor José María Aznar, a quem o líder da Venezuela tinha chamado de "fascista".

A tensão surgida após esse incidente ficou liquidada em maio deste ano, quando Zapatero se reuniu com o presidente da Venezuela durante a Cúpula América Latina-Caribe-União Européia.

O governo espanhol quer dar agora o "respaldo definitivo" à normalização das relações, um objetivo retificado publicamente pela embaixada da Venezuela em Madri em comunicado à imprensa.

Após a reunião com o rei em Mallorca, Chávez irá a Madri para uma reunião e um almoço de trabalho com Zapatero.