Dirigente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes pode driblar lei seca.
Ação pretende incentivar outras pessoas a comprarem briga na Justiça.
Um dirigente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes conseguiu na Justiça de São Paulo o direito de não se submeter a testes do bafômetro. Ele quer atrair a atenção para o que chama de “excessos da lei seca no trânsito” e incentivar outras pessoas a comprarem essa briga na Justiça.
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Percival Maricato conseguiu um habeas corpus preventivo do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que dá a ele o direito de transitar livremente sem ser incomodado pela fiscalização.
Na liminar, o desembargador Márcio Franklin Nogueira garante ao autor da ação o direito de não se submeter ao bafômetro tampouco ser penalizado por isso. Ele lembra que “ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo”. E argumenta ainda que a lei pune da mesma forma o motorista embriagado e aquele que bebeu apenas uma pequena dose, com o perfeito domínio de seus reflexos.
Nas fiscalizações da polícia, motoristas não são obrigados a fazer o teste do bafômetro, mas quem se recusa pode ser penalizado, caso o policial considere que há sinais de embriaguez. Trata-se de um procedimento previsto na nova lei de tolerância zero ao álcool para quem dirige.
Marcar posição
A ação movida por Maricato quer marcar uma posição política e incentivar outras pessoas a comprarem briga na Justiça. “Eu quero provocar uma discussão na sociedade porque eu tenho certeza que, aos poucos, a opinião pública, a mídia, as pessoas vão perceber que está havendo um excesso e que os excessos, os desequilíbrios não são bons para uma democracia”, diz Percival Maricato.
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