http://www.mercadoemalagueta.com/wp-content/uploads/2007/04/windowslivewriteroscusbrasileirosohcus-12cd616a184.jpg

Do Valor OnLine - Via
G1 - (José Sergio Osse | Valor Online)

SÃO PAULO - O petróleo não tem peso muito grande nas expectativas da indústria de aeronaves executivas. Na verdade, é o dólar que recentemente tem dado o tom nas projeções desse mercado, avalia a brasileira Embraer.

O preço de um avião executivo hoje no Brasil é, em reais, cerca da metade do que era em 2005, dada a variação do câmbio, disse o vice-presidente de aviação executiva da Embraer, Luis Carlos Affonso. Isso ocorre também em outros países, assim como na zona do euro, acrescentou.Ele afirma que a demanda no setor tem sido mais forte em mercados emergentes, devido ao enfraquecimento do dólar e também por conta da expansão dessas economias. O executivo avalia, porém, que a China e o Sudeste Asiático são mercados desse grupo que devem gerar menos negócios no curto prazo apesar de seu enorme potencial.A China e o Sudeste Asiático têm 3% da frota mundial de aviões executivos, apesar de representarem cerca de 30% da economia mundial. O potencial, portanto, é enorme, afirma. Os desafios, porém, ainda são grandes, como a falta de infra-estrutura adequada e mesmo de pilotos, acrescentou.Com relação ao petróleo, Affonso afirma que ele só terá impacto sobre a aviação executiva quando afetar o potencial de crescimento da economia mundial como um todo. Ele, inclusive, acredita que o mercado deverá registrar crescimento nos próximos 10 anos apesar da crise. São projeções de longo prazo, menos afetadas por problemas de curto prazo, disse.Atualmente a Embraer espera que o mercado absorva 13 mil jatos executivos, no valor de US$ 201 bilhões, nos próximos 10 anos. Desse total, 710 aviões (US$ 7,1 bilhões) devem ser vendidos na América latina. A avaliação positiva do mercado é tal que a Embraer recentemente elevou suas metas para o segmento. Em 2005 projetava ter 20% de sua receita vinda da aviação executiva num prazo de até 10 anos. Neste ano reviu esses números e tem agora a meta de alcançar 25% do faturamento com essa divisão até 2010. Atualmente 30% de sua carteira total, cerca de US$ 6 bilhões, já vem da venda de jatos executivos.