O cálculo renal

Fonte: Site Boa Saúde

"O cálculo renal, também chamado de pedras nos rins, é uma doença conhecida pela sua dor de grande intensidade. É uma doença bastante comum, com uma incidência em torno de 3% da população, e com grande taxa de recorrência. Como ocorre? E como prevenir o aparecimento de novos cálculos? Leia neste artigo essas e outras informações sobre os cálculos renais."

The image “http://vestibulares.passei.com.br/topicos/biologia/Sistema%20Excretor_arquivos/image001.gif” cannot be displayed, because it contains errors.

Introdução

O cálculo renal, ou pedra nos rins, é uma massa dura formada por cristais que se separam da urina e se unem para formar pedras. Sob condições normais, a urina contém substâncias que previnem a formação dos cristais. Entretanto, esses inibidores podem se tornar ineficientes causando a formação dos cálculos.

A doença é duas vezes mais comum em homens e seu pico de incidência ocorre entre os 20 e 40 anos de idade.

Os cálculos renais podem conter variáveis combinações de elementos químicos. O tipo mais comum de cálculo renal contém cálcio em combinação com oxalato ou fosfato (que estão presentes em uma dieta normal e fazem parte dos ossos e músculos). Esses cálculos representam 75% de todos os cálculos renais.

Um tipo menos comum de cálculo é causado pela infecção urinária. Esse tipo de cálculo é chamado estruvita ou cálculo infeccioso. Eles podem ser de grande tamanho e obstruir a via urinária, podendo levar a grandes danos renais.

Ainda menos comuns são os cálculos de ácido úrico, que estão associados com a gota ou quimioterapia, compreendendo cerce de 10% dos cálculos renais, e outros mais raros.

A causa exata da formação dos cálculos nem sempre é conhecida. Embora certos alimentos possam promover a formação de cálculos em pessoas que são susceptíveis, os cientistas não acreditam que algum tipo de alimento cause cálculos em pessoas não susceptíveis.

Uma pessoa que tenha algum familiar que já teve cálculo renal pode ser mais propensa a desenvolver cálculos. Infecções urinárias, distúrbios renais e metabólicos também estão relacionados com a formação de cálculos. A desidratação, muito importante nos lugares de clima quente, também é um importante fator de risco para a formação dos cálculos renais.

Outras causas de cálculo renal são gota, excesso de ingestão de vitamina D, e obstrução do trato urinário. Certos diuréticos, antiácidos e outros medicamentos podem aumentar o risco de formação de cálculos pelo aumento de cálcio na urina.

Usualmente, o primeiro sintoma de um cálculo renal é uma dor intensa. A dor começa subitamente quando a pedra se move no trato urinário, causando irritação e obstrução. Tipicamente, a pessoa sente uma dor aguda no dorso ou abdômen inferior. Pode ocorrer palpitação, náusea e vômito. Mais tarde, a dor pode chegar até a virilha.

Se a pedra for muito grande para ser expelida facilmente, a dor continua devido à contração dos músculos na tentativa de eliminar o cálculo. Quando o cálculo cresce ou se move, pode aparecer sangue na urina. Com a descida da pedra pode ocorrer aumento da freqüência urinária, forte desejo de urinar e sensação de ardor durante a saída da urina.

Se houver febre e calafrios acompanhando esses sintomas, uma infecção pode estar presente.

A presença de sintomas sugestivos de cálculo renal, dor súbita no dorso ou sangue na urina, deve ser avaliada por um médico. Testes diagnósticos específicos podem então ser realizados para confirmar o diagnóstico.

Exames de sangue e de urina podem ajudar a detectar algumas anormalidades que podem promover a formação de cálculos. Em adição, o exame de urina pode detectar sangue na urina assim como a presença de cristais. Mais freqüentemente, os cálculos renais são encontrados em radiografia ou ultra-sonografia. Esses métodos diagnósticos oferecem informações importantes sobre o tamanho e localização das pedras.

Na ocorrência de um episódio de cólica renal, são utilizados analgésicos para alívio da dor e hidratação para corrigir um possível quadro de desidratação, que predispõe a formação dos cálculos.

A maior parte dos cálculos menores que 5mm são eliminados espontaneamente, sem a necessidade de intervenções para sua retirada. Os cálculos maiores de 7mm necessitam, via de regra, de algum tipo de intervenção.

Atualmente o método mais utilizados para eliminação de cálculos maiores que 7mm é a Litotripsia com Ondas de Choque Extracorpórea (LOCE), um aparelho que emite ondas de choque que ao atingir o cálculo fragmenta-o. Esta terapia tem um índice de sucesso em 90 a 100% dos casos para cálculos menores que 2 cm.Existem ainda outras técnicas, a citoureteroscopia, que utiliza a fibra ótica para visualizar o cálculo, a nefrolitotomia percutânea, em que um aparelho é introduzido pela pele e chega até o local do cálculo que pode ser fragmentado, por exemplo, através de lazer, e por fim a cirurgia, última medida terapêutica.

Uma vez tido um cálculo renal, a pessoa sempre estará susceptível à formação de novos cálculos. A taxa de recorrência é de 10% no primeiro ano, 35% nos 5 anos subseqüentes e 50 a 60% em 10 anos. Por isso a grande importância de medidas de prevenção.

Uma simples e importante mudança para prevenir as pedras nos rins é o aumento da ingestão de líquidos, preferencialmente água, no mínimo de 2 a 3 litros por dia.

Para as pessoas com maior propensão para formar cálculos de oxalato de cálcio, a redução da ingestão de certos alimentos pode ser indicada se a urina conter um excesso de oxalato. Esses alimentos incluem: chocolate, café, cola, nozes, beterraba, espinafre, morango e chá.

Para os cálculos de estruvita, também chamados de infecciosos, após a sua remoção é importante manter a urina livre da bactéria que pode causar a infecção. Exames de urina regulares são indicados para monitorar a presença da bactéria da urina.

Em alguns casos, há a necessidade do uso de medicamentos específicos para prevenir a recorrência dos cálculos.

É importante ressaltar que a prevenção de novos cálculos deve ser feita pelo resto da vida.

Copyright © 2005 Bibliomed, Inc.

Dores nas costas

ou pedras nos rins?

Fonte : SAUDESAUDE

O cálculo renal, mais conhecido como pedra nos rins, costuma causar dores fortes em várias partes do corpo. Essas "pedras" podem se formar por causa de diversos fatores, mas o principal deles é quando minerais ou outras substâncias ficam depositadas e agregam-se dentro dos rins.

Os cálculos (ou pedras) constituídos por cálcio são os mais comuns, sendo responsáveis por 75% dos casos. Outros minerais encontrados podem ser o fósforo e o ácido úrico, ou então as pedras podem ser formadas por uma mistura desses elementos. Quando houver um excesso desses minerais no organismo, há uma tendência para que eles se depositem na urina.

O principal sintoma das pedras nos rins é a dor intensa, principalmente na região lombar. Porém, geralmente, ela é irradiada ao abdômen e, eventualmente, para a bexiga ou até mesmo para os órgãos genitais. O paciente também pode ter sangue na urina e, em casos de infecção urinária, o aparecimento de febre é comum.

Quanto ao tratamento, o primeiro objetivo é eliminar a dor do paciente, o que se faz com analgésicos e antiespasmódicos. Muitas pedras pequenas serão eliminadas espontaneamente pelo paciente, através da urina. Outras necessitam de um tratamento específico. Cálculos de ácido úrico podem ser tratados clinicamente com grande ingestão de água, além de substâncias que interfiram na sua formação. Já os cálculos de cálcio não se dissolvem dessa maneira, e aí outros procedimentos são necessários.

Até alguns anos atrás, para eliminar a maioria das pedras, era necessário um procedimento cirúrgico com extenso corte na pele do paciente, o que causava mais dor e um tempo muito maior de recuperação. Atualmente, existem tratamentos bastante avançados e rápidos, como a litotrepsia. A técnica utiliza ondas de choque, as quais quebram o cálculo em milhares de fragmentos bem pequenos, que são naturalmente eliminados com a urina. Normalmente, uma ou duas sessões são suficientes para a quebra e eliminação do cálculo. Mas uma pequena parcela, de 10% a 15% dos pacientes, pode precisar fazer mais sessões, ou outros procedimentos, até mesmo cirúrgicos. Na realidade, os melhores resultados obtidos através da litotrepsia são para pedras de até 1 cm. Acima desse tamanho, essa técnica pode ser eficiente, dependendo também da localização desse cálculo. Quando a pedra está localizada na bexiga, e não no rim, a retirada cirúrgica é a mais indicada.

Os cálculos renais podem trazer conseqüências, como obstrução e dilatação das vias urinárias, infecção, diminuição da função dos rins e até mesmo insuficiência renal, que só pode ser resolvida através de transplante.

Por isso, é importante prevenir o aparecimento dos cálculos, predominantemente através da alimentação. Proteínas, como carnes e derivados, além de sal, se ingeridos em grande quantidade, podem levar à formação de cálculos. Além disso, ingerir líquidos é essencial para reduzir o risco de formação de todos os tipos de cálculos. No entanto, apenas as condutas de correção alimentar não são suficientes em casos de pedras nos rins. O recomendável é que, ao sentir cólicas renais, a pessoa procure um especialista, que fará uma investigação mais completa e indicará os procedimentos mais adequados.

Dr. Ricardo Fazani é nefrologista do Hospital Vita Curitiba

Veja como evitar

o cálculo renal

Fonte: Diário do Nordeste

Cálculo renal ou pedra nos rins, como é popularmente chamado, pode atingir qualquer pessoa; mas segundo os médicos, é duas vezes mais comum em homens. A doença é conhecida por causar uma das dores mais intensas. Veja como evitar e tratar o problema.

TV VERDES MARES: reportagem de Luis Costa