Antonio Domingo Bussi
Luciano Benjamín Menéndez
Argentina condena dois generais por crimes na Ditadura
ARIEL PALACIOS - Agencia Estado
BUENOS AIRES - A Justiça Federal da cidade argentina de Tucumán anunciou hoje o veredicto de prisão perpétua para os generais Antonio Domingo Bussi e Luciano Benjamín Menéndez pelo seqüestro, tortura e assassinato do senador Guillermo Vargas Ainasse, do Partido Peronista, em abril de 1976, durante a última Ditadura Militar (1976-83). Menéndez foi o comandante do Terceiro Exército, que controlava o centro e norte da Argentina. Bussi, seu subordinado, encarregava-se na área da província de Tucumán.
Porém, por causa de seus problemas de saúde, Bussi não irá à uma prisão comum, tal como pediam a promotoria e os organismos de defesa dos Direitos Humanos, mas poderá cumprir a pena em detenção domiciliária. Desta forma, Bussi ficará no luxuoso condomínio fechado de Yerba Buena, em Tucumán, onde reside. Menéndez ficará detido em um arsenal que durante a Ditadura foi um centro de torturas.
O anúncio de que ambos militares não seriam colocados em uma prisão comum desatou violentos protestos por parte de grupos de esquerda e filhos dos desaparecidos políticos, que tentaram furar o cerco policial e invadir os tribunais. A polícia dissolveu a manifestação, mas, minutos depois, também teve que reprimir centenas de manifestantes pró-Bussi, que protestavam contra a condenação do general.
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