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Cientistas descobrem como o corpo comanda o crescimento dos cabelos
Feito pode resultar em novos tratamentos para calvícia.
Perda de fios pode ter várias causas e só médico pode ajudar.

Luis Fernando Correia Especial para o G1

Como crescem os cabelos? Os cientistas já sabiam que o organismo utiliza uma série de sinais químicos para comandar a produção de novos fios de cabelo. O que não se sabia era como interferir diretamente nesse processo.
Os cientistas descobriram uma molécula, chamada de laminin-511, que envia o sinal para os folículos começarem a trabalhar. Pelo menos em ratos de laboratório. Foi através de uma linhagem desses animais que foi modificada geneticamente para não produzir a substância que sua ação sobre os cabelos foi evidenciada.

A nova molécula trabalha interligando duas áreas da pele, disparando uma cascata de sinais químicos que têm como objetivo final produzir mais cabelos.

O crescimento de um fio de cabelo dura de dois a seis anos, crescendo um centímetro por mês. Após essa fase entra em repouso, em dois a três meses o fio cai naturalmente. De todo nosso cabelo 90% está em fase de crescimento e 10 % em fase de repouso, ou seja, prestes a cair. Depois que um fio cai, outro começa a crescer em seu lugar. Portanto é natural que se perca um pouco de cabelo a cada dia. Mas,e se essa perda parece excessiva?

A perda de cabelo excessiva pode ter diversas causas. Alterações dos hormônios sexuais, estrogênios e androgênios, além dos hormonios da glândula tireóide podem ser responsavéis por essa perda.

O estresse orgânico causado por uma doença ou cirurgia também pode fazer o cabelo cair de maneira mais acentuada, comumente dois a três meses após o problema acontecer. Certas infecções do couro cabeludo como as micoses podem levar a perda de fios de cabelo.

De qualquer forma, o mais importante é que a causa seja pesquisada para que o tratamento adequado seja iniciado o mais cedo possível.

A pesquisa da universidade californiana identificando um potencial mecanismo envolvido nesse processo pode estar abrindo uma porta para que uma nova abordagem terapêutica seja criada. O trabalho está publicado na edição de 1 de agosto da revista Gene and Development. Por enquanto, devemos cuidar bem do couro cabeludo e em último caso lembrar da antiga marchinha de carnaval.