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Lula liga para Bush para tentar salvar Doha

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou neste sábado (2) para o presidente dos Estados Unidos, George Bush, para tentar reabrir as negociações da Rodada de Doha, que foram encerradas na semana passada depois que os principais negociadores mundiais não conseguiram chegar a um acordo para liberalização do comércio mundial.

A conversa demorou pouco mais de dez minutos e serviu para que os dois estabelecessem uma estratégia de negociação com outras liderenças, em especial dos países que se opuseram em reduzir o protecionismo.

Lula disse a Bush que vai conversar novamente com o primeiro-ministro da Índia, Manmoham Singh, e que abordará o tema com o presidente da China, Hu Jintao, em Pequim, após a abertura dos Jogos Olímpicos. O presidente norte-americano disse a Lula que também estará em Pequim e que tentará falar com Singh e com Jintao sobre as negociações.

Para o presidente, as negociações podem ser retomadas pelos líderes políticos. Lula tentou convencer o presidente norte-americano de que as negociações entre Índia e Estados Unidos para um acordo nuclear podem contribuir para essa aproximação. Na avaliação de Lula, não é possível que os dois países consigam manter conversas sobre um tema tão delicado e na questão do comércio não cheguem a um acordo.

O G1 apurou ainda que durante o telefonema, Bush comparou as negociações da rodada de Doha com “um paciente muito doente”, mas que ainda poderia se livrar da morte com um tratamento.

Os dois presidentes também combinaram de conversar com seus negociadores, o ministro Celso Amorim, pelo lado brasileiro, e Susan Schwab, pelo lado dos Estados Unidos, para que eles façam contatos diplomáticos para retomar as negociações.

Lula disse a Bush que ainda é possível chegar a um acordo porque os países estiveram muito próximos dele. O presidente tentou convencer o norte-americano de que é possível que esse grupo de governantes entre para a história se conseguirem um acordo comercial que permita uma maior troca comercial entre países pobres e ricos.

Durante a conversa, Bush elogiou a postura de liderança do Brasil nas negociações e o trabalho de Amorim.