Estaleiro do porto de Suape começa a produzir 1º navio
DA AGÊNCIA FOLHA, EM IPOJUCA
Com a visita do presidente Lula ontem, o estaleiro Atlântico Sul, anunciado como o maior da América Latina e segundo maior do mundo, instalado na área do porto de Suape, em Ipojuca (a 57 km de Recife), começou a produzir o primeiro navio encomendado pela Transpetro, subsidiária da Petrobras, com recursos do Promef (Programa de Modernização e Expansão da Frota).
Na primeira fase, serão investidos US$ 2,5 bilhões para a compra de 26 navios, não só da Atlântico Sul, mas também de outros estaleiros nacionais, para o transporte de petróleo e gás. Numa segunda fase, serão mais 23 navios.
Só o estaleiro pernambucano -investimento de R$ 1,4 bilhão- ficou responsável por dez dos 26 navios contratados na primeira fase, além do casco da plataforma P-55 da Petrobras. Foram feitas encomendas ainda a três estaleiros do Rio e a um de Santa Catarina.
Por Kelly Lima - Agência Estado - Via Revista Exame
Conhecido até um ano atrás como um estaleiro "virtual", o Atlântico Sul, das construtoras Camargo Correa e Queiroz Galvão, dá início amanhã às obras de construção dos primeiros navios encomendados pela Transpetro, dentro do seu Programa de Renovação e Expansão da Frota (Promef). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará às 9 horas, no EAS, localizado no Porto de Suape, em Pernambuco, para fazer o primeiro corte do aço, que marca o início da construção dos 10 navios contratados pela Transpetro junto ao estaleiro.
Na cerimônia também está previsto o primeiro corte do aço para a construção da Plataforma P-55, da Petrobras, que vai atuar em Roncador, na Bacia de Campos. Os dez navios fazem parte da primeira fase do Promef, que tiveram encomendas de 26 unidades ao custo total de US$ 2,5 bilhões. Deste total, US$ 1,2 bilhão vão para o Estaleiro Atlântico Sul, que ficou com a maior encomenda, de 10 navios Suzmax.
Para a segunda fase está prevista a construção de mais 23 navios, totalizando 49 embarcações. No total, serão consumidos 2 milhões e 700 mil toneladas de porte bruto, sendo que na primeira etapa estão previstas 440 mil toneladas de chapas grossas de aço para a construção dos 10 navios Suezmax, cinco Aframax, quatro Panamax, quatro navios de produtos e três navios para transporte de gás liquefeito de petróleo (GLP).Em entrevista concedida em Recife, o Diretor de Transporte Marítimo da Transpetro, Agenor Junqueira, o impacto que o programa terá na Balança de Pagamentos da Transpetro será de US$ 600 milhões, sendo US$ 330 milhões na primeira fase e US$ 270 milhões na segunda.
"Assim o Promef vai ajudar a restituir a nossa soberania no setor do transporte marítimo, que representa um gasto anual de USS 10 bilhões para o País" destaca Junqueira. Deste total, menos de 4% são pagos a armadores brasileiros.O diretor destacou também que, "diante deste quadro é conveniente ressaltar que o País esta retomando uma posição destacada no mercado mundial de construção de navios de grande porte, como ocorreu nas décadas de 60 e 70, quando chegou a ser o segundo maior fabricante", disse.
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