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Governo do Equador expulsa empreiteira brasileira

Fonte: G1

O presidente equatoriano, Rafael Correa, expulsa a constutora Odebrecht do país e ocupa os canteiros de obras com tropas. Em Nova York, o ministro Celso Amorim diz que não houve confisco.

Embaraço diplomático entre Brasil e Equador – o governo equatoriano expulsou do país a empreiteira brasileira Odebrecth e usou o Exército para ocupar as instalações da empresa. Funcionários estão proibidos de deixar o país. Dois deles se refugiaram na embaixada do Brasil em Quito.

O governo do Equador alega que a Odebrecth se recusou a pagar uma indenização por danos na Usina de São Francisco, construída pela empresa. A central hidrelétrica, primeira no mundo totalmente subterrânea, custou quase R$ 500 milhões. A usina está localizada no sopé do vulcão Tungurahua, a 220 quilômetros ao sul de Quito, e fornece 12% da energia elétrica de todo o Equador.

Os primeiros problemas apareceram em junho do ano passado. Logo depois da inauguração, a usina teve que parar devido a problemas com o excesso de chuva na região. Recentemente, foram encontrados vazamentos no túnel de condução das águas para as turbinas, que teriam sido provocados por uma falha estrutural.

Há duas semanas, o presidente do Equador, Rafael Correa, tinha dado um ultimato à Odebrecht para reparar imediatamente a falha na usina ou então deixar o país. Na terça-feira (23), Rafael Correa baixou um decreto embargando todos os bens da construtora e determinando a ocupação militar em outros projetos da Odebrecht no país: uma estrada, um aeroporto e outra hidrelétrica.

O decreto suspendeu também os direitos constitucionais de quatro brasileiros funcionários da Odebrecht: três engenheiros e um advogado. Eles ficaram proibidos de deixar o país, só que dois deles já tinham regressado ao Brasil. Fabio Gandolfo e Luiz Antonio Mameri viajaram no domingo (21). Fernando Bessa e Eduardo Gedeon continuam no Equador e se refugiaram na embaixada brasileira em Quito.

Em nota, a Odebrecht informou que vai trabalhar para que a situação volte à normalidade o mais rápido possível. Em Nova York, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, falou sobre a decisão do governo equatoriano.

“Houve, digamos, ações preventivas da parte do governo do Equador, mas não houve um confisco. Acho que é uma questão que ainda vai ser discutida nos próximos dias e nós esperamos que se possa resolver”, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

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