Turquia adquire mísseis S-300 para testes
Fonte: Revista AsasNa sequência do exercício secreto feito por Israel e Grécia, envolvendo os mísseis antiaéreos S-300 gregos, de fabricação russa (mostrado com total exclusividade na nova edição de ASAS, já nas bancas), a Turquia decidiu, sem muito alarde e sem grande “publicidade” adquirir nada menos que três diferentes versões do sistema S-300, através de contratos com a Belorússia e a Ucrânia, com o objetivo de que estes sejam avaliados em seu centro de testes e treinamento em Konya, utilizando o sistema de Treinamento de Campo de Guerra Eletrônica (Electronic Warfare Training Field, EHTS), desenvolvido pela empresa turca Havelsan.
Sem citar a Grécia, uma fonte da indústria de defesa turca disse que os S-300 adquiridos servirão para "testar e treinar ameaças simuladas que podem vir de países com sistemas de origem ex-soviética em seus inventários militares”. As versões adquiridas pela Turquia são os S-300 (SA-10, na nomenclatura da OTAN) e S-300V (SA-12); mas foram também comprados os sistemas de curto/médio alcances TOR (SA-15). Estima-se que o custo total das aquisições tenha sido em torno de US$ 100 milhões – mas os valores e detalhes das compras não foram liberados ao público. Algumas fontes não-oficiais citaram que os testes envolverão sobretudo jatos F-16 utilizando os sistemas EHTS, tendo já havido o deslocamento destas aeronaves de Eskiþehir para Konya (a cerca de 250km da capital turca, Ankara).
Entretanto, fontes ligadas ao governo turco já declararam que "os mísseis não foram comprados para serem ativados contra inimigos reais, e não serão sequer incluídos no inventário das Forças Armadas da Turquia. Eles serão testados no campo de Konya com os sistemas EHTS. Seus radares e sistemas de controle deverão ser comprados separadamente”. O objetivo, segundo a mesma fonte, é permitir que a indústria turca desenvolva sistemas de contra-medidas eficazes para conter as ameaças de tais armas antiaéreas.
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