Um bote suicida?
Destróier americano é atingido por ataque terrorista no Iêmen
Fonte: Isto é
O navio americano USS Cole, um destróier da classe Arleigh Burke, equipado com sofisticados mísseis de cruzeiro, rumava em direção ao Golfo Pérsico quando fez uma parada, na quinta-feira 12, no porto de Áden (Iêmen), o outrora estratégico entreposto comercial britânico entre a África e a Índia. O capitão previa algumas horas para que o Cole pudesse ser reabastecido. Passavam quinze minutos do meio-dia quando um dos inúmeros botes infláveis que auxiliavam o destróier nos trabalhos de docagem chocou-se com o casco do navio e explodiu violentamente, abrindo um gigantesco buraco no moderno vaso de guerra. Pelo menos cinco marinheiros americanos morreram, 36 ficaram feridos e outros 12 desapareceram. Em consequência do rombo, o Cole teve compartimentos inundados e chegou a adernar levemente.
Embora ainda não admita oficialmente, o Pentágono (Departamento de Defesa dos EUA) trabalha com a hipótese de que a explosão tenha sido um ataque terrorista suicida cuidadosamente planejado. “Não estamos falando de acidente. Não há nada que faça um pequeno bote explodir com força suficiente para fazer um buraco de 6,6 metros por 13 metros”, disse a tenente Kate Müller, porta-voz da Marinha americana. O Pentágono também informou que o bote inflável, com dois tripulantes a bordo, tinha uma carga muito potente de explosivos.
Sem dar nome aos bois, o governo americano acredita que o atentado contra o Cole possa ser obra de uma das várias organizações terroristas islâmicas que atuam no Iêmen. Entre os grupos que poderiam ter realizado o ataque está a organização vinculada ao milionário saudita Osama bin Laden, hoje um dos terroristas mais procurados do mundo, acusado pelos EUA pelos ataques a bomba às embaixadas americanas no Quênia e Tanzânia, em agosto de 1998. Na época, em represália, Washington bombardeou alvos no Afeganistão e no Sudão, países onde estariam “santuários” do terrorista saudita.
O USS Cole é um dos mais sofisticados navios de guerra do mundo, equipado com um avançado sistema de radares, com mísseis e canhões projetados para suportar ataques aéreos e de mísseis. Mas apesar de toda a sofisticação tecnológica, o Cole não tem nenhuma proteção contra um ataque rudimentar como o que ocorreu. De acordo com altas fontes do Pentágono, o ataque foi uma operação altamente sofisticada, feito por gente que teve acesso a informações sobre a chegada do destróier a Áden. A fonte, segundo o jornal The New York Times, diz que as evidências sugerem que a operação levou meses para ser preparada, o que descartaria a hipótese de estar ligada ao aumento de temperatura no Oriente Médio. “Foi um evento claramente pré-planejado e premeditado”, informou a fonte.
USS Cole, oito anos depois...
Fonte: Kafe KulturaA 30 de Junho de 2008, os Procuradores Militares dos EUA apresentam a acusação, contra os alegados autores do atentado, ocorrido em 12.10.2000, que visou, o vaso de guerra norte-americano USS Cole, atracado no porto de Aden, Yemen.
Nesse fatídico dia, um pequeno barco, que transportava alegadamente lixo (ia carregado de explosivos), chocou com o navio americano, provocando baixas na tripulação do navio, que aguardava a hora do almoço – 17 marinheiros mortos, 39 feridos e um buraco no casco.
Segundo, os activistas dos direitos humanos, a confissão foi obtida sob tortura, na base norte-americana de Guantánamo Bay, em Cuba, onde se encontram ilegalmente detidos inúmeros prisioneiros, sem acesso a um advogado, a um Tribunal Civil ou aos mais elementares cuidados básicos de saúde e de dignidade humana, violando claramente, a Convenção de Genebra, sobre os Prisioneiros de Guerra e os mais elementares Direitos Humanos.
Oito anos depois, o saudita Abd al-Rahim al-Nashiri, enfrenta acusações de assassinato e terrorismo.
Nashiri foi detido nos Emirados Árabes Unidos (EAU), em Outubro de 2002 e encontra-se detido, em Guantánamo, desde 2006.
O ano passado ele confessou o ataque, porque havia sido torturado.
A CIA tinha submetido a interrogatório outros três prisioneiros suspeitos do ataque, igualmente detidos nesta base americana.
Para os activistas dos direitos humanos, o julgamento vai colocar em causa os tribunais militares americanos criados para o efeito
O Supremo Tribunal dos EUA deliberou recentemente que os reclusos detidos
0 Comentários