2020, o ano do submarino nuclear
Marco Aurélio Reis - O Dia
Rio - A expectativa da Marinha é dispor do submarino nuclear a partir de 2020. Em suma, são necessários, pelo menos, doze anos para o desenvolvimento do projeto e a construção do submarino, peça indispensável para melhorar o patrulhamento dos 8.500 quilômetros de litoral brasileiro. O equipamento é vital porque tem autonomia para ficar mais tempo submerso e em áreas não alcançadas por radares.
Hoje, o submarino é visto como solar na defesa e desenvolvimento dos projetos nacionais de exploração de petróleo da camada abaixo do sal (pré-sal), em região localizada a até 300 quilômetros da costa. O que o comando tenta, agora, é garantir o orçamento de R$ 2,7 bilhões para 2009. Esse dinheiro representa mais que a perspectivas de reaparelhamento. É fundamental para fazer andar, com data de término, projeto ambicioso que a Marinha toca com muito sacrifício há duas décadas em São Paulo. Não andou mais rápido porque durante todo o governo Fernando Henrique Cardoso o orçamento da Força cobria apenas o custeio e deixava míseras migalhas para os investimentos.
“O programa, com o domínio completo do ciclo do combustível nuclear e o projeto de reatores”, explicou à coluna o comando da Marinha, “visa implementar protótipo em terra da instalação propulsora de um submarino nuclear, com vistas a validar os conceitos principais, testar os equipamentos já nacionalizados e futuramente treinar as tripulações dos submarinos”. Caso se confirme o acordo com a França, país com experiência no assunto, será possível abreviar as etapas da parte não nuclear, com a transferência de tecnologias de projeto e construção.
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