Argentina não participará da CRUZEX 2008

Fonte: Estado de São Paulo - Coluna Painel - RENATA LO PRETE

Causou surpresa na Aeronáutica a decisão, tomada ontem de última hora pelo Congresso da Argentina, de proibir que caças do país participem hoje, em Natal, da 4ª edição da Cruzex, maior exercício de combate aéreo da América do Sul. A Argentina forneceria cinco dos cem aviões da operação, além de ser dela a tecnologia de gerenciamento do exercício. Participam, além do Brasil, França, Venezuela, Chile e Uruguai.

O 1º Grupo de Aviação de Caça do Brasil chega à CRUZEX
com a novidade do F-5 modernizado

Fonte: FAB

Em 1944, a Itália recebia o Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAvCa) da Força Aérea Brasileira, durante a Segunda Guerra Mundial. Orgulho da nação, o grupo realizou 445 missões, 5% do total efetuado pelos grupos subordinados ao comando americano e, ao final, foi condecorado com a Presidental Unit Citation (uma honraria concedida pela presidência dos Estados Unidos aos aliados de guerra, por extraordinário heroísmo). Hoje, 64 anos mais tarde, recebemos o mesmo grupo, com os pilotos atuais, na pista da Base Aérea de Natal. Neste caso, o conflito é fictício, mas a responsabilidade de mostrar um bom desempenho é grande.
O “Senta a Pua!”, como são conhecidos devido ao seu grito de guerra, veio de Santa Cruz, Rio de Janeiro, num trajeto que somou duas horas e meia de vôo. Tenente -
Coronel Lorenzo foi do Grupo por Sete anos. Durante esse tempo, participou de operações conjuntas com a França e Estados Unidos. Afastou-se para trabalhar junto ao Centro de Comunicação Social da Força Aérea Brasileira, mas teve a grande oportunidade de ser designado de volta, desta vez como Comando do mais tradicional grupo de aviação de caça do país. Esta é sua primeira CRUZEX como piloto: “A expectatia é a melhor possível, nós vamos colocar em prática todo o treinamento que fizemos ao longo do ano, além do intercambio com outros países, que é muito importante” afirmou.
Os F-5EM, aviões utilizados pelo “Senta a Pua”, vieram para a CRUZEX não apenas pelo treinamento aéreo em si, mas com o propósito de adaptação dos pilotos às novas alterações. A nomenclatura agora ganha um M de modernizado. O F-5EM possui alta tecnologia, originada de Israel e desenvolvida pela Embraer.
Equipada com telas digitais, a cabine foi projetada para todas as condições de tempo. A configuração permite o controle total dos sistemas através de comandos instalados no manche e na manete de potência. Três telas multifuncionais e um visor que projeta informações ao nível dos olhos, evita que o piloto desvie o olhar para o painel. Todos os sistemas de visualização e iluminação foram projetados para o uso com óculos de visão noturna. Essas e outras adaptações fazem dessa aeronave uma máquina tecnológica que coloca o Brasil no contexto mundial da aviação de caça. “É uma sensação de orgulho muito grande ter a oportunidade de comandar o esquadrão num momento como este”, finaliza Lorenzo.


Esquadrão Adelphi aterrissa na CRUZEX IV

As cinco aeronaves AMX irão integrar a coalizão no exercício de guerra

Fonte: FAB

O Esquadrão Adelphi, Primeiro Esquadrão do Décimo Sexto Grupo de Aviação (1º/16º GAV), sediado na Base Aérea de Santa Cruz, Rio de Janeiro, aproveitou a grande autonomia de suas aeronaves para vir sem escalas para a Operação Cruzeiro do Sul (CRUZEX IV). Os aviões aterrissaram em terras natalenses na manhã desta quinta-feira, 30 de outubro, com suas cinco aeronaves tipo A1 Falcão, popularmente conhecidas como AMX.
O vôo direto para Natal foi tranquilo e a rota seguida foi de duas horas e quarenta minutos, sem precisar de nenhum reabastecimento. Segundo o Major Marcos Marschall, um dos pilotos do esquadrão, esta grande autonomia de vôo é um dos diferenciais desta aeronave e permite que o Esquadrão consiga voar mais longe e com maior segurança.
O A1 é um avião de ataque e reconhecimento por suas características tecnológicas, que o permite voar em baixas autitudes. Além de ter boa autonomia, pode ser reabastecido em pleno vôo. Tudo isso permite ao Adelphi alcançar pontos distantes, desviar dos sistemas de radar inimigos e alcançar seus alvos em um menor espaço de tempo. Para se ter uma idéia, a velocidade média desse avião é de 950 km/h, isso significa quase 12 vezes mais rápido do que um carro de passeio convencional e mais que o dobro da velocidade máxima de um carro de Fórmula 1.
Neste ano, o Esquadrão Adelphi comemora 20 anos. Em homenagem a esta data, um adesivo comemorativo foi aplicado nas laterais das aeronaves. Seus aviões vão atuar na CRUZEX ao lado da coalizão, ajudando o País Azul a lutar na guerra simulada. “É muito bom estar em Natal novamente. A gente aprende muita coisa com uma manobra internacional e as expectativas são as melhores possíveis. Vamos ganhar essa guerra!”, afirmou Major Marschall.