Brasil vai construir aviões não-tripulados para monitorar fronteiras
Fonte: Pravda.ru
O Brasil vai usar tecnologia a favor do monitoramento do País. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou que o país vai desenvolver e produzir Veículos Aéreos Não-Tripulados (Vants) para fiscalizar as fronteiras do Brasil. O primeiro alvo será a divisa com o Paraguai, local em que o país se empenha em diminuir o contrabando.
As Vants não precisam de piloto embarcados pois são controlados à distância, por computador, mas é necessária a supervisão humana. Esses tipos de aviões foram idealizados para fim militar e são inspirados nas bombas voadoras alemãs, do tipo V-1, e nos inofensivos aeromodelos rádio-controlados.
Os aviões não-tripulados possuem tecnologia de última geração e geralmente são usados para missões consideradas perigosas. Alguns exemplos de uso, além de monitoramento em fronteiras: em áreas de inteligência militar; atividades de patrulhamento urbano, costeiro, ambiental; atividades de busca e resgate; etc.
O ministro informou sobre as Vants durante a Operação Fronteira Sull 2, em que estão envolvidos aproximadamente 10 mil homens das Forças Armadas e da Polícia Federal, no Paraná. Eles estão monitorando as regiões fronteiriças com o Paraguai, Uruguai e Argentina desde o dia 13 de outubro. A ação termina no final do mês, no dia 24.
Jobim descartou a permanência do exército na fronteira com o Paraguai após o fim da Operação, pois disse que essa é “função da PF (Polícia Federal) e da Receita (Federal)”. Mas confirmou que em alguns momentos o exército prestará apoio para as operações realizadas na área.
Enquanto o Brasil monitora a fronteira com o Paraguai, este também fica alerta, afirma a imprensa internacional. As forças militares paraguaias continuam "atentas" à movimentação de tropas que o Brasil realiza na região fronteiriça para combater o contrabando e outros crimes.
Em comunicado por escrito, o Ministério das Relações Exteriores informou que o órgão e a Defesa foram notificados "em tempo e forma" da operação militar do país vizinho na região fronteiriça.
"Em conseqüência, se dispôs que as Unidades Militares do Paraguai, sem detrimento de suas práticas freqüentes e cotidianas, se mantenham atentas ao desenvolvimento destes exercícios fronteiriços", diz o comunicado, assinado pelo ministro da Defesa Luis Bareiro Spaini.
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