O armamento discreto e silencioso do nosso instável vizinho marroquino prossegue… As primeiras manobras francesas para levar a sua antiga colónia a comprar 18 Rafales por 2,6 bilões de dólares ou 24 por 3,4 biliões de dólares falharam rotundamente, apesar dos rumores que davam a operação como certa graças a um financiamento saudita. Agora, parece certo que o reino hachemita vai comprar 24 aviões F-16 Block 50/52 aos EUA.
E ao contrário dos que sucedeu com os F-16 portugueses, os F-16 marroquinos serão aparelhos novos, não aviões usados previamente pela USAF! O preço parece ser comparável ao anteriormente reportado como sendo aquele que Marrocos iria pagar pelos Rafale franceses, o que desmente alegações que os EUA teriam tirado a venda aos franceses através de um dramático dumping de última hora…
A proposta francesa foi lançada em duas fases: primeiro propuseram 18 Rafales por 1,8 biliões de euros e depois 24 aparelhos por 3,2 biliões. Ambas as ofertas incluiam os excelentes mísseis MBDA MICA e bombas AASM guiadas por laser, assim vário equipamento de apoio em terra, que nos F-16 teria que ser comprado separadamente. A opção francesa seria assim claramente superior à norte-americana, quer pelo armamento, quer pelo equipamento, quer, sobretudo pela evidente superioridade do Rafale quando comparado com o F-16. E se atualmente, os MiG-29 e SU-30 argelinos - o clássico adversário regional de Marrocos - já são claramente superiores a qualquer avião atual no inventário marroquino, a aquisição dos F-16 não iria suprir esta desvantagem, mas iria reduzi-la e, sobretudo, iria tornar a força aérea deste país muçulmano do norte de África superior à força aérea portuguesa (FAP) onde só seis aparelhos foram modernizados para o padrão F-16AM e os restantes 19 aparelhos permanecem no antigo padrão Block 15.
A opção marroquina pelo F-16 parece ter seguido critérios claros: o país não tem recursos para adquirir um aparelho mais caro como o Typhoon ou o F-35. O Rafale seria mais dispendioso que o F-16, ainda que contando com os mísseis, bombas e equipamento oferecido, a opção russa foi descartada por receio (fundado) de que em caso de conflito com a Argélia, a Rússia escolheria esta para o envio de peças e equipamentos. Restam os EUA, que tentam manter abertas as linhas de produção do Falcon e que mantêm estreitas relações com o governo marroquino no âmbito da “Guerra ao Terrorismo”.
Esta aquisição é grave para Portugal. Como se não bastasse já a aquisição de uma moderníssima fragata FREMM por Marrocos, superior a qualquer uma das cinco fragatas MEKO 200 e Karel Doorman, agora sabemos algo ainda pior. O instável reino hachemita, sempre sujeito a uma tomada de poder pelos islamitas radicais que florescem na sociedade deste pobre país do norte de África, re-equipa a sua força aérea até um ponto em que esta se torna superior à portuguesa.
Ainda que pareça que este assunto esteja longínquo da agenda política e mediática, além da instabilidade latente de Marrocos, a verdade é que certos sectores da sociedade marroquina (e o coronel Khadafi na sua curta fase de namoro Marrocos) alegam que o arquipélago da Madeira é território africano, e logo, território marroquino sob ocupação… Esta quebra no equilíbrio de forças nesta delicada região que engloba a Argélia (ainda envolvida numa dura luta contra a insurgência islamita), o pobre e consequentemente instável Marrocos e o nosso aliado na OTAN, Espanha (com praças no norte de África reclamadas por Marrocos) e Portugal (com fronteiras próximas de Marrocos, pelo Algarve e Madeira), deveria fazer suar os nossos responsáveis políticos e colocar sobre a mesa a instalação - pelo menos - da atualização MLU nos nossos F16A nos 19 aviões onde este ainda não foi instalado e, sobretudo, lançar um concurso de atualização e substituição destes aparelhos.
É este o momento para começar, já que estes projetos levam sempre entre 3 a 5 anos até produzir efeitos concretos. Sobre os aparelhos que poderiam substituir os F-16 muito haveria a dizer… Os aparelhos russos estão obviamente fora de equação… Assim, como os dos EUA, pelo seu preço, e o mesmo se aplica ao Typhoon. Restam assim o Gripen NG e o Rafale… Tendo em conta o grau de desespero francês por exportar o primeiro Rafale, iria pelo segundo… Mas de que serve debater este tema? No governo português, ninguém parece preocupado com a Segurança Nacional e descida dramática de “Divisão” que esta aquisição marroquina vai implicar!
Ainda que pareça que este assunto esteja longínquo da agenda política e mediática, além da instabilidade latente de Marrocos, a verdade é que certos sectores da sociedade marroquina (e o coronel Khadafi na sua curta fase de namoro Marrocos) alegam que o arquipélago da Madeira é território africano, e logo, território marroquino sob ocupação… Esta quebra no equilíbrio de forças nesta delicada região que engloba a Argélia (ainda envolvida numa dura luta contra a insurgência islamita), o pobre e consequentemente instável Marrocos e o nosso aliado na OTAN, Espanha (com praças no norte de África reclamadas por Marrocos) e Portugal (com fronteiras próximas de Marrocos, pelo Algarve e Madeira), deveria fazer suar os nossos responsáveis políticos e colocar sobre a mesa a instalação - pelo menos - da atualização MLU nos nossos F16A nos 19 aviões onde este ainda não foi instalado e, sobretudo, lançar um concurso de atualização e substituição destes aparelhos.
É este o momento para começar, já que estes projetos levam sempre entre 3 a 5 anos até produzir efeitos concretos. Sobre os aparelhos que poderiam substituir os F-16 muito haveria a dizer… Os aparelhos russos estão obviamente fora de equação… Assim, como os dos EUA, pelo seu preço, e o mesmo se aplica ao Typhoon. Restam assim o Gripen NG e o Rafale… Tendo em conta o grau de desespero francês por exportar o primeiro Rafale, iria pelo segundo… Mas de que serve debater este tema? No governo português, ninguém parece preocupado com a Segurança Nacional e descida dramática de “Divisão” que esta aquisição marroquina vai implicar!
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