Sobre o estado atual da força aérea indonésia e da sua aquisição de aparelhos Sukhoi

Fonte: Quintus por Clavis Prophetarum

A Indonésia assinou em 2007 um contrato com a Rosoboronexport russa de 355 milhões de dólares por 3 SU-27SKM e 3 SU-30MK2. A vontade indonésia de adquirir aparelhos russos surgiu depois do bloqueio norte-americano por causa das repetidas violações aos Direitos Humanos verificados neste país, e especialmente em Timor-Leste. A força aérea deste país muçulmano tem operado até hoje com uma espinha dorsal assente em 10 F-16 A/B, 2 F-5 E/F, a este reduzido inventário foram somados 2 SU-27SK e 2 SU-30MKK. russos em 2003. Em Agosto de 2007, a Indonésia assinou um contrato para a compra de mais aparelhos russos e em Setembro, um contrato adicional que incluia também submarinos russos, veículos blindados e até helicópteros.

O SU-27SK é uma variante do SU-27, um interceptor dedicado, mas mais versátil no tipo de missões que pode desempenhar e os 3 primeiros aparelhos desde segundo grupo esperam apenas a aprovação do parlamento indonésio para serem entregues.

Recebimento dos primeiros SU-27SK da Indonésia

Acredita-se que todos os Sukhoi indonésios estão inativos. Quer porque foram comprados sem armamento em 2003, quer porque estarão a receber uma atualização dos seus sistemas de comunicações, os quais eram incompativeis com os dos aparelhos de origem norte-americana que ainda compõem o esencial da força aérea indonésia, juntamente com 16 EMB-314 Super Tucano brasileiros adquiridos em Março de 2008 para missões de contra-insurreição.

Há planos para adquirir mais 5 F-16 C/D usados e rumores que a Indonésia poderia comprar dois esquadrões de Mirage 2000-5 franceses, com mísseis Matra Magic II e até MBDA MICA, assim como outros rumores que estariam também em curso negociações para a aquisição de caças chineses J-10 e até de Gripen suecos.


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F-5 Tiger da Indonésia

No total, e embora esteja em curso um importante e ambicioso plano de modernização, a força aérea indonésia encontra-se num estado miserável. OS F-16 que opera continuam com problemas de manutenção, desde o problema do embargo norte-americano devido aos problemas de Timor-Leste. Os Sukhoi russos, estão imobilizados e são incompatíveis com o resto da frota (um problema que deve também afectar outros operadores do aparelho, como a Venezuela), e o resto da sua frota, composta de F-5 em duvidoso estado operacional é incapaz de fazer frente à dos seus vizinhos malaios e australianos. Entre todos estes problemas, restam apenas os Super Tucano, muito competentes no tipo de missões que lhes foram atribuídas.