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O APG-79 tem 1.100 TRM. Foi chamado de AN/APG-73 RUG III inicialmente.
A antena é inclinada para cima para diminuir o RCS. O APG-79 tem capacidade multifuncional.

O radar AESA APG-79: uma das grandes vantagens do Super Hornet

Fonte: Quintus por Clavis Prophetarum

O APG-79 é um radar verdadeiramente revolucionário e oferece todo um grupo de vantagens frente ao seu antecessor, incluindo maior fiabilidade, uma resolução maior e um alcance mais alargado. Ao contrário do APG-73, não utiliza técnicas de varrimento mecânico, mas células AESA fixas, o que só por si elimina a causa mais comum de avarias neste tipo de radares. Inclui também um receptor mais avançado, um processador COTS (”commercial-off-the-shef“) e novos sistemas de alimentação de energia. A sua arquitetura aberta, evidenciada pelo COTS implica que estamos perante um sistema mais pequeno, mais ligeiro e mais económico.

O facto de o radar ter um varrimento de feixe ativo eletrónico explica porque é que este tipo de radares podem analisar o espaço em torno dos aviões que os utilizam virtualmente à velocidade da luz, entregando assim ao piloto um conhecimento da situação e das ameaças que o circulam que era antes impossível obter, quer em missões ar-ar, quer em missões ar-terra, sendo possível alternar entre os dois modos de uma forma praticamente imediata, algo impensável nos antigos radares mecânicos.

Estas caraterísticas do APG-79 explicam porque é que é um dos sistemas centrais da proposta Boeing para o F/A-18F Block II Super Hornet. Um avião apresentado formalmente em Abril de 2005 e que em Outubro de 2006 equiparia a primeira esquadrilha, já com o radar AESA.



Jobim se reúne hoje com secretário de Defesa dos EUA

Fonte: AE - Agencia Estado

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, reúne-se hoje com o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, para discutir cooperação militar. Deve entrar na pauta também a compra de caças para a Força Aérea Brasileira (FAB). Gates será mantido no cargo pelo presidente eleito Barack Obama. Jobim irá à Agência de Segurança de Tecnologia de Defesa, que cuida das garantias na transferência de tecnologia militar para outros países.

O governo do Brasil pretende gastar até US$ 2,5 bilhões na compra de 36 caças, um negócio que pode chegar a 150 aviões no longo prazo. Entre os finalistas analisados pelo Ministério da Defesa estão caças americanos (F-18), franceses (Rafale) e suecos (Gripen). Os suecos e franceses não impõem restrições à transferência de tecnologia, uma exigência brasileira, mas os americanos resistem a isso, por força de lei.


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Jobim vai aos EUA negociar nova frota de caças da FAB

Eliane Cantanhêde - colunista da Folha de SP

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, marcou viagem ontem à noite para Washington, onde deve se reunir ainda hoje com Robert Gates, que ocupa o cargo de secretário de Defesa no governo George W. Bush e será mantido pelo futuro presidente, Barack Obama. Em pauta, a compra de jatos de caça F-18 E/F Super Hornet, produzidos pela Boeing norte-americana.

Os dois lados, Jobim e Gates, têm pressa, porque o presidente da França, Nicolas Sarkozy, virá ao Brasil nos dias 22 e 23 deste mês, e os franceses são os principais concorrentes dos EUA para a venda dos caças.

Os três finalistas para a renovação da frota da FAB (Força Aérea Brasileira) são o F-18 norte-americano, o Rafale, da francesa Dassault, e o Grippen NG, da sueca Saab, que chegou à reta final contrariando as expectativas de que o competidor dos americanos e dos franceses seria o Sukkoi, da Rússia.

Apesar da inclusão do Grippen NG, a disputa ferrenha para vender os caça ao Brasil praticamente afunilou entre a Boeing e a Dassault. Seria uma surpresa se a sueca Saab acabasse abocanhando o negócio.

Jobim manteve a ida a Washington sob discrição, enquanto o embaixador norte-americano em Brasília, Clifford Sobel, fazia a intermediação com a Secretaria de Defesa.

A exigência número um do Brasil para fechar qualquer negócio na área militar é a transferência de tecnologia, que não é a praxe nesse setor. A Defesa, porém, considera os americanos muito mais fechados do que os franceses e os suecos nesse quesito.

A pretensão brasileira é que a indústria nacional, capitaneada pela Embraer, tenha condições de, a longo prazo, participar da produção de componentes e dos próprios aviões de caça de quinta geração.

Sobel retornou dos EUA anteontem e bateu o martelo com Jobim, avisando que Gates havia flexibilizado as condicionantes do lado norte-americano e estava pronto a conversar. A intenção de Jobim é ficar em Washington apenas dois a três dias, retornando ainda nesta semana. Ele também participará das rodadas de negociações com Sarkozy.

Além dos caças, a agenda do presidente francês inclui negociações bilaterais para a venda de um submarino tradicional ao Brasil, como base para o futuro submarino de propulsão nuclear brasileiro.