General chileno nega ter recebido dinheiro por compra de caças
Fonte: O Globo
O ex-comandante-em-chefe da Força Aérea chilena, o general Ramón Vega, declarou sua inocência e descartou ter recebido quantias em dinheiro pela compra de 25 aviões Mirage recondicionados da Bélgica, no ano de 1994. "Nunca falei com uma autoridade belga. Nós fazemos informes técnicos, avaliamos os aspectos técnicos de um sistema de armas, não discutimos sobre as negociações, porque não nos corresponde legalmente, não fazemos acordos internacionais, tudo isso corresponde a autoridades do governo", disse Vega ao jornal "El Mercurio". As declarações do ex-chefe da aviação chilena surgem logo após o jornal local "La Nación" e a rádio Bío Bío terem antecipado sua prisão, parte do processo no qual é acusado de ter recebido comissões ilegais pela compra desses aviões.
GENERAL DA FORÇA AÉREA CHILENA ACUSADO DE CORRUPÇÃO É PRESO EM SANTIAGO
Fonte: ANSA
O general Ramón Vega, ex-comandante da Força Aérea do Chile, foi detido nesta segunda-feira, após ser processado por desvio de verbas públicas. A prisão preventiva foi decretada pelo juiz Omar Astudillo, que apura o caso.
A investigação procura esclarecer o pagamento de US$ 4 milhões em comissões ilegais durante a compra de 25 aviões Mirage da Bélgica, em 1994, o que significou para a Aeronáutica chilena um custo de US$ 109 milhões.
Vega, responsável pela instituição entre 1992 e 1996, foi preso no batalhão de logística da base de El Bosque, próxima a Santiago, acusado de receber comissões de US$ 2,8 milhões pela compra dos aviões, há 15 anos.
O ex-chefe da Aeronáutica também foi acusado de esconder sua relação de parentesco com Bernard von Meer, britânico de origem holandesa e marido de sua filha, que mediou a negociação entre os dois países e confessou ter recebido cerca de US$ 2,7 milhões.
Foram detidos também os generais Jaime Estay e Florêncio Dublé e o coronel Luis Bolton, todos retirados, considerados coautores do crime. Estay teria recebido, na ocasião, US$ 65 mil, enquanto os outros acusados receberam, cada um, US$ 60 mil em comissões ilegais.
O advogado de Vega, Luis Cienfuentes, afirmou que solicitará sua liberdade provisória, já que o militar colaborou nas investigações e é inocente. (ANSA)
0 Comentários