Cientistas tentam determinar ameaça ligada a colisão de satélites


Concepção artística mostra como era o satélite americano antes da pancada (Foto: AP/Nasa)

Os cientistas estão acompanhando com grande atenção os destroços orbitais que surgiram quando dois satélites de comunicação, um americano e um russo, colidiram centenas de quilômetros acima da Terra. De acordo com a Nasa, deve levar semanas até que a magnitude da pancada seja conhecida e as possíveis ameaças contra outros satélites, ou mesmo contra o Telescópio Espacial Hubble, sejam determinadas.

Segundo a agência espacial americana, trata-se do primeiro impacto de alta velocidade entre dois satélites intactos. De acordo com a Nasa, os riscos para a Estação Espacial Internacional e seus astronautas é baixo, porque ela orbita a Terra mais de 400 km abaixo do local da colisão. A Roscosmos, agência espacial russa, concorda. Também não deve haver perigo para o lançamento do ônibus espacial no próximo dia 22, mas isso terá de ser reavaliado nos próximos dias.

De acordo com Nicholas Johnson, especialista em lixo espacial do Centro Espacial Houston, o risco de danos é maior para o Telescópio Espacial Hubble e para os satélites de observação da Terra, que estão numa órbita mais alta e mais próxima do campo de destroços.

A colisão envolveu um satélite comercial americano Iridium, lançado em 1997, e um satélite russo colocado em órbita em 1993, que aparentemente não estava mais funcionando e tinha ficado fora de controle. Ninguém tem idéia de quantos pedaços sobraram da batida -- podem ficar na casa das dezenas ou das centenas.

A estimativa dos pesquisadores é de que existem cerca de 17 mil pedaços de destroços de origem tecnológica girando em torno da Terra hoje. A situação é tão séria que esses cacos são considerados hoje a pior ameaça aos vôos dos ônibus espaciais, e a Nasa diz esperar que o problema se torne cada vez mais sério nas próximas décadas.

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Seguem em órbita os satélites de Rússia e EUA que se chocaram
"Tudo indica que a colisão não foi frontal", diz analista

Fonte: ClicRBS

Os satélites russo e americano que se chocaram na terça-feira da semana passada sobre a Sibéria não sofreram danos graves e continuam na órbita da Terra, informou hoje o analista militar russo Igor Lisov à agência Interfax.

— Tudo indica que a colisão não foi frontal e que os satélites bateram de raspão, pois praticamente não sofreram danos e, após o choque, mantiveram-se em uma órbita estável, embora distinta à inicial — afirmou.

Ele não descartou que as baterias solares ou que outros elementos de ambos os satélites tenham se enganchado, mas ressaltou que, em qualquer caso, o número de fragmentos como resultado da colisão deve ser "consideravelmente inferior" ao estimado anteriormente. Segundo fontes oficiais, meios de observação do espaço cósmico detectaram e seguem o movimento de 38 grandes fragmentos resultantes da colisão, apesar de a Nasa, agência espacial americana, afirmar que houve cerca de 600 fragmentos.

Segundo Lisov, o comando estratégico dos Estados Unidos ainda não incluiu esses fragmentos em seu catálogo de objetos cósmicos. A colisão aconteceu no último dia 10, entre um aparelho espacial americano Iridium-33 e um satélite militar russo Cosmos-2251, este último fora de funcionamento, a uma altura de aproximadamente 800 quilômetros sobre a Sibéria.

Em consequência do choque, os fragmentos dos aparelhos se dispersaram, a uma altura entre 500 e 1.300 quilômetros, segundo fontes russas. Diversos meios de comunicação americanos informaram hoje sobre estranhas "bolas de fogo" cuja queda foi detectada no Texas (EUA), o que motivou a suspeita de que fossem fragmentos dos satélites. No entanto, especialistas russos consultados pela Interfax consideraram improvável esta hipótese e afirmaram que foi um meteorito o que caiu nos EUA.

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Após colisão, EUA alertam para "jogo de queimada" em órbita


Reuters/Brasil Online - Por Jim Wolf (Reportagem adicional de Andrew Gray) Via: O Globo


Países com satélites no espaço terão de "jogar queimada" durante décadas para evitar os destroços resultantes da colisão desta semana sobre a Sibéria, envolvendo um satélite russo e um norte-americano, disse um general norte-americano na quinta-feira.

"Minha preocupação é que o campo de destroços fique lá por um tempo", disse James Cartwright, vice-presidente do Estado-Maior Conjunto e ex-chefe das operações militares espaciais.

"Então vamos jogar um pouquinho de queimada durante muitas dezenas de anos pela frente. A boa notícia é que, quando isso se estabilizar, fica relativamente previsível. A má notícia é que é uma área grande", afirmou ele a um fórum sobre as implicações das operações espaciais sobre a segurança nacional.

Um satélite de telecomunicações da empresa Iridium e um satélite russo desativado se chocaram na terça-feira cerca de 780 quilômetros acima da região ártica russa.

A Iridium tem uma rede que usa 66 satélites para transmitir voz e dados para cerca de 300 mil clientes espalhados pelo mundo, especialmente em áreas que não são atendidas pelas redes terrestres de comunicações.

Cartwright disse que dentro de um mês poderá ser possível estabelecer a localização segura para novos objetos espaciais, a salvo do lixo orbital. Já há mais de 18 mil destroços catalogados pelo Centro de Operações Espaciais Conjuntas do Estado-Maior.

Como acontece com todos os objetos grandes o bastante para serem localizados, dados sobre os novos destroços serão divulgados pelo site Space-Track.org, "para que todas as nações e companhias com patrimônio no espaço tenham acesso à informação", segundo o tenente da Marinha Charles Drey, porta-voz do Comando Estratégico.

Outro porta-voz do Comando, coronel-aviador Les Kodlick, disse à Reuters na quarta-feira que mas de 500 pedaços de destroços estavam sendo monitorados desde a colisão. Ele afirmou na ocasião que aquela teria sido a primeira colisão entre satélites na história, mas um porta-voz do Pentágono contradisse isso na quinta-feira.

"Houve três ou quatro outros casos", disse o porta-voz Bryan Whitman a jornalistas, sem entrar em detalhes. O Comando Estratégico não respondeu imediatamente a um pedido para explicar a discrepância.

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ESA cria programa para evitar colisões espaciais


Fonte: Diário Digital

Atenta ao aumento do número de satélites na órbita da Terra, a ESA (Agência Espacial Europeia) começou a monitorizar os detritos espaciais e criou normas para evitar colisões.

O programa de 64 milhões de dólares (50,1 milhões de euros), chamado «Consciencialização da Situação Espacial», visa ampliar os dados sobre os estimados 13 mil satélites e outros organismos feitos pelo homem que orbitam o planeta, de acordo com Jean-François Kaufeler, especialista em detritos espaciais da ESA.

A 10 de Fevereiro, a colisão de dois satélites espaciais gerou lixo que pode ameaçar outros satélites durante os próximos 10 mil anos.

«O que o último acidente mostrou é que precisamos de fazer muito mais. Temos de receber mais dados precisos a fim de evitar novas colisões», disse Kaufeler.

O acidente ocorreu a 800 km da Terra, sobre a Sibéria, e envolveu um satélite espacial russo abandonado, concebido para fins militares, e outro, usado em telecomunicações, pertencente à empresa norte-americana Iridium, que servia tanto a clientes comerciais quanto ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

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Rússia nega que colisão de satélites represente perigo para ISS

A colisão envolveu um satélite privado e outro russo fora de operação.
Nasa informou que o choque produziu nuvem de escombros.

Da EFE Via G1

A Roscosmos, Agência Espacial Russa, declarou nesta quinta-feira (12) que os restos dos dois satélites de comunicação, um russo e outro americano, que se chocaram na terça-feira (10)a uma altura de quase 800 km, não representam perigo real à Estação Espacial Internacional (ISS).

"A Roscosmos não registrou a perda de nenhum de seus aparatos cósmicos" operacionais, disse o porta-voz da agência, Aleksandr Vorobiov, ao assinalar que ainda não há dados concretos sobre a colisão.

A Nasa, Agência Espacial Americana, havia informado que o choque produziu uma nuvem de escombros que ameaça a ISS, em órbita a cerca de 400 km de altura.

Segundo a Nasa, é a primeira vez que se registra um incidente assim entre dois satélites.

A colisão envolveu um satélite da empresa privada Iridium Satellite e um satélite russo de comunicações que estava fora de operação, disse o tenente-coronel da Força Aérea Les Kodlick, do Comando Estratégico dos EUA.

O comando do Centro de Operações Espaciais Conjuntas está rastreando entre 500 e 600 pedaços de destroços dos satélites, alguns de cerca de 10 centímetros, segundo Kodlick.

Estação Espacial Internacional voa em uma altitude baixa e a principal prioridade do comando é evitar colisões.

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Colisão de satélites revela crises espaciais

José Monserrat Filho - Jornal da Ciência

Já se conseguiu evitar grande número de choques entre objetos espaciais e peças do imenso lixo hoje existente nas principais órbitas usadas em serviços de utilidade pública. Por que o satélite americano de comunicação Iridium não logrou se desviar do satélite militar russo Cosmos, já em desuso, no dia 10 de fevereiro passado? E por que o Cosmos continuava em órbita, se já não funcionava? São questões à espera de respostas.

Mas a inusitada colisão tem implicações bem maiores. Envolve sérias dificuldades políticas, que vêm causando grave paralisia jurídico-internacional. É um quadro perturbador praticamente desconhecido, que, no entanto, deveria merecer especial atenção da opinião pública global.

Três são os problemas em jogo, que julgo mais críticos:

1) O aumento vertiginoso do lixão espacial, para ser enfrentado com o devido vigor, exige medidas de bem mais eficazes que os paliativos propostos até hoje. O Comitê das Nações Unidas para o Uso Pacífico do Espaço Cósmico (Copuos), criado em 1959 para avaliar e regulamentar as atividades espaciais, aprovou, no início de 2007, uma série de diretrizes para orientar os países no tratamento voluntário do lixão espacial, adotada pelo Subcomitê Técnico-Científico, após anos de debates.

Tais normas, logicamente, deveriam ter passado pelo crivo do Subcomitê Jurídico, para ganharem o necessário peso legal, dada a gravidade da situação nas órbitas mais utilizadas. Mas a área jurídica foi mantida à margem e não teve chance de apreciar a matéria.

O fato ilustra uma das crises do Copuos: certas potências espaciais preferem normas técnicas, de cumprimento voluntário, a normas jurídicas, que sempre têm maior autoridade política, mesmo quando não obrigatórias. Troca-se o político-jurídico pelo apenas técnico, o que muda a competência básica do Copuos.

Algo similar ocorre no âmbito do Direito Internacional Público: a produção de tratados multilaterais perdeu o ímpeto dos anos 60 e 70, por exemplo. O Brasil, unido aos países da América Latina, da Europa e de outros continentes, poderia defender a inclusão do tema dos dejetos espaciais na agenda do Subcomitê Jurídico do Copuos, que se reunirá de 23 de março a 3 de abril, em Viena, Áustria.

A colisão Iridium x Cosmos, que gerou tanto lixo e pode gerar muito mais ainda através do “efeito cascata”, trombando com o monturo já existente, justamente nas órbitas de maior frequencia, não pode prescindir de uma análise mais consistente e eficaz.

2) Torna-se mais e mais necessária a criação de um Sistema Global de Controle das Atividades Espaciais, que permita saber a cada instante, como ocorre hoje no tráfego aéreo, onde e como está cada satélite lançado ao espaço, suas coordenadas exatas, seu estado de funcionamento, a situação real de seus principais equipamentos, a quantidade disponível de combustível, o nível de controle exercido sobre ele pela respectiva estação terrestre e outros dados essenciais.

A ideia vem sendo discutida há vários anos pela Academia Internacional de Astronáutica, Instituto Internacional de Direito Espacial e outras organizações nacionais e internacionais de pesquisas em C&T espacial, mas ainda não logrou sensibilizar os governos e empresas que lideram as atividades espaciais. Ante tal crise, a França propôs no Subcomitê Jurídico do Copuos o exame da “sustentabilidade das atividades espaciais”, que poderá abarcar os temas do lixão espacial, da segurança das atividades espaciais e da não instalação de armas no espaço, pois isso levaria à sua conversão em virtual teatro de guerra e possível fonte de lixões incontroláveis, bem como de consequentes apagões espaciais. Cabe ao Brasil apoiar e, se necessário, ampliar a iniciativa francesa.

3) É preciso acionar a Convenção sobre Responsabilidade Internacional dos Estados pelos Danos Causados por Objetos Espaciais, em vigor desde 1972, que, em seu Artigo 3º, responsabiliza o país cujo objeto espacial causou dano a um objeto espacial de outro país “em local fora da superfície da Terra”, ou seja, no espaço, “se o dano decorrer de culpa sua ou de pessoas pelas quais for responsável”.

Cabe perguntar: a colisão teve um culpado? A conduta concreta e objetiva de quem dirige os objetos espaciais a partir de sua estação na Terra deve ser reconstituída para se ter clareza sobre o encadeamento causa-efeito no acidente. Voltamos, assim, à pergunta inicial. Mas agora destacando um primeiro indício relevante: o satélite Cosmos, deixado ao léu após seu ciclo de vida útil, parece que voava sem controle, ao contrário do Iridium, que permanecia controlado.

A Rússia, então, poderia ser considerada culpada por não retirar de circulação o falecido Cosmos, lançado nos idos de 1993, hoje objeto em desuso e já sem controle, em órbita tão povoada.

Já os Estados Unidos poderiam ter certa culpa, na medida em que as pessoas incumbidas de dirigir o Iridium não foram capazes de desviá-lo da rota de colisão. Um choque entre dois culpados? Sim e não. Creio que, no caso, a culpa da Rússia é bem maior que a dos Estados Unidos.

Mas como condenar a Rússia por abandonar no espaço um satélite inútil, que, por si mesmo, já é um enorme dejeto espacial de 950 kg, se o Direito Espacial ainda não obriga legalmente os países a conduzirem tais objetos, em derradeira manobra, às chamadas “órbitas cemitério” ou à reentrada na atmosfera para ali se diluírem?

E como convencer as potências espaciais, que sistematicamente recusam qualquer projeto de atualização dos tratados espaciais firmados há mais de 30 anos, e de criação de novos acordos para regulamentar os mais recentes rumos das atividades espaciais? Esta é outra crise com que nos defrontamos numa área que se tornou mais estratégica do que durante toda a Guerra Fria. O desafio, portanto, é mover-se num espaço de contínuas crises imobilizantes.

José Monserrat Filho é professor de Direito Espacial, Vice-Presidente da Associação Brasileira de Direito Aeronáutico e Espacial (SBDA), membro da Diretoria do Instituto Internacional de Direito Espacial, membro efetivo da Academia Internacional de Astronáutica, membro do Comitê Espacial da International Law Association (ILA), e, atualmente, chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais do Ministério da Ciência e Tecnologia.

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Satélites Colidem no Espaço
O satélite da companhia Iridium foi atingido por um satélite russo fora de uso

Fonte: Defesanet

A companhia Iridium Satellite LLC confirmou hoje que um dos seus satélites foi destruído na terça-feira em uma colisão sem precedentes com um satélite russo fora de serviço e que poderia gerar dificuldades no serviço.

Conforme um alerta emitido pela NASA hoje (quarta-feira), o satélite russo Cosmos 2251 atingiu o satélite Iridium às 04:55 GMT, sobre a Sibéria, a uma altitude de 490 milhas (790 km). O incidente foi observado pelo U.S. Defense Department's Space Surveillance Network, o qual após confirmou que havia duas grandes áreas de destroços.

É a primeira vez que isso acontece, um satélite atingir outro no espaço," afirmou Nicholas Johnson, cientista chefe da NASA, junto ao Orbital Debris Program Office, no Johnson Space Center, em Houston (Texas). "Foi um mau dia para os dois."

A colisão aparenta ser a pior na geração de destroços desde a destruição intencional pela China de um velho satélite em 2007. O evento de 2007 gerou cerca de 2.500 peças de destroços na órbita terrestre, mas é necessário mais tempo para conseguir definir exatamente o resultado da colisão de terça-feira.

"Estamos rastreando mais de 500 peças de destroços que colocam um risco adicional aos demais satélites," afirmou o Tenente Charlie Drey, da US Navy , porta-voz do U.S. Strategic Command que supervisiona o U.S. Space Surveillance Network.

Em uma declaração preparada a empresa Iridium caracterizou o acidente como um “evento de baixa probabilidade" e afirmou que estava trabalhando para minimizar possíveis danos aos serviços. A Iridium, que opera uma constelação de 66 satélites que operam em Órbita Baixa (low Earth orbiting – LEO), que provêem serviços de telefonia e comunicação de dados de forma global. A empresa espera ter uma solução da rede para sexta-feira.

"Em um prazo de 30 dias, a Iridium espera reposicionar um dos satélites da constelação que esteje disponível para substituir o satélite perdido," detalha a declaração.

O satélite Iridium 33 (560kg) envolvido na colisão foi lançado em 1997; o satélite russo foi lançado em 1993 (900 kg) e estava presumidamente fora de serviço. Ele não tinha um sistema que lhe permitisse manobras no espaço, afirmou a NASA.

Cada satélite Iridium faz uma órbita polar a cada 100 minuto e voam a uma velocidade de 27.088 km/h.


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Restos de colisão espacial serão ameaça por 10 mil anos

Fonte: Associated Press - Folha de SP, 14/2 - Via Jornal da Ciência

Até mesmo um fragmento minúsculo, de 1 cm, pode danificar ou mesmo destruir uma nave, porque ambos viajam a velocidades altíssimas

A colisão de dois satélites na última terça-feira gerou dezenas de milhares de fragmentos de lixo espacial que podem ameaçar outros satélites ao redor da Terra pelos próximos 10 mil anos, segundo especialistas afirmaram ontem, em Moscou.

O chefe de Controle de Missões da Rússia, Vladimir Solovyov, disse que a trombada entre um satélite militar russo defunto e um satélite comercial americano Iridium ocorreu na parte mais movimentada do espaço próximo, a altitude de cerca de 800 km acima da Terra.

"Essa é uma órbita muito popular, usada por satélites de comunicações e de observação da Terra", disse Solovyov. Um deles é o satélite sino-brasileiro Cbers-2B, que monitora o desmatamento na Amazônia e está a 778 km de altitude. "As nuvens de destroços representam uma ameaça séria."

Solovyov disse que os fragmentos da colisão poderiam permanecer em órbita por até 10 mil anos, e até mesmo um fragmento minúsculo, de 1 cm, pode danificar ou mesmo destruir uma nave, porque ambos viajam a velocidades altíssimas.

"No contato físico a velocidades orbitais, uma onda de choque hipersônica explode as estruturas", disse o consultor aeroespacial americano James Oberg. "Ela transforma o material em confete e detona os combustíveis", disse.

A maioria dos fragmentos se concentra perto do curso de colisão, mas alguns fragmentos foram atirados em outras órbitas, variando de 500 km a 1.300 km de altura.