USNS Impeccable


Disputa entre China e EUA é considerada pior em 8 anos

Fonte: Reuters (Reportagem de Randall Mikkelsen) - Via G1


A disputa entre China e Estados Unidos após acusações de que navios chineses teriam perseguido uma embarcação naval norte-americana é a pior entre os dois países desde a detenção em 2001 de um avião de espionagem dos EUA, com seus tripulantes, disse na terça-feira o diretor de inteligência dos EUA.

Dennis Blair, Diretor Nacional de Inteligência dos EUA, disse que a China parece estar adotando uma postura "mais militarista e agressiva. É essa a tendência que estamos vendo", disse ele ao comitê do Senado para as Forças Armadas.

Ainda não está claro, disse Blair, se a China está usando seu poderio militar crescente "para o bem ou para pressionar".

Seus comentários foram feitos um dia depois de os Estados Unidos acusarem a China de incomodar um navio norte-americano de vistoria naval, o USNS Impeccable, em águas internacionais ao largo da ilha de Hainan, uma base estratégica crucial a partir da qual a China projeta poder militar no Mar do Sul da China.

A China rejeitou a acusação e declarou que os EUA de violaram as leis chinesas relativas a suas disputadas zonas econômicas exclusivas.

Dennis Blair descreveu o incidente como "o mais sério" desde que um avião militar chinês colidiu com um avião de vigilância eletrônica dos EUA, também ao largo de Hainan, em abril de 2001, nos primeiros meses da presidência de George W. Bush.

Um piloto chinês morreu, e o avião norte-americano fez um pouso de emergência na ilha. A tripulação foi libertada dez dias depois, e o avião também foi devolvido mais tarde.

O diretor da Agência de Inteligência de Defesa, general Michael Maples, disse ao comitê do Senado que a China vem fortalecendo sua capacidade de conduzir operações militares em áreas periféricas "em seus próprios termos" e adquirindo da Rússia equipamentos de defesa aérea sofisticados que vão ampliar suas capacidades em muito.

"Ela está construindo e usando sistemas de armas sofisticados e testando novas doutrinas que acredita que lhe permitirão prevalecer em conflitos regionais e também combater as vantagens militares tradicionais dos EUA", afirmou Maples.



EUA não acatam pedido da China envolvendo operações navais


Fonte: AFP

Os Estados Unidos continuarão com suas operações navais em águas internacionais, apesar das reclamações da China de cessar suas atividades no Mar da China Meridional, informou o Departamento de Estado nesta terça-feira, através de seu porta-voz Bryan Whitman.

Mais cedo, Pequim havia pedido a Washington o fim das atividades navais ilegais no mar da China meridional, rebatendo as acusações dos Estados Unidos sobre o cerco de embarcações chinesas a um navio não armado da marinha americana.

"O navio americano 'Impeccable' violou as leis e as regras internacionais e chinesas", afirmou o porta-voz do ministro chinês das Relações Exteriores, Ma Zhaoxu.

O porta-voz afirmou ainda que Pequim apresentou um "protesto formal" aos Estados Unidos, no qual pede a Washington o "fim imediato das atividades".

"As afirmações americanas são totalmente falsas", acrescentou.

O Pentágono afirmou na segunda-feria que barcos chineses efetuaram no domingo manobras perigosas perto de um navio não armado da marinha americana em águas internacionais, no mar da China meridional.

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Petróleo sobe com incidente naval e à espera de decisão da Opep

Fonte: Reuters (Reportagem de Gene Ramos e Robert Gibbons)

Os futuros do petróleo nos Estados Unidos subiram pela segunda sessão consecutiva nesta segunda-feira, em meio ao nervosismo causado pelo incidente naval entre a China e os EUA e expectativas de que a Opep poderá cortar novamente sua produção.

"Os preços do petróleo estão em alta, eu acho, por uma reação à notícia de que navios chineses incomodaram um navio da marinha norte-americana no Mar do Sul da China", disse Phil Flynn, analista da Alaron Trading em Chicago.

Os ganhos foram reduzidos após um jornal saudita informar que a Arábia Saudita deseja que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) discuta obediência mais rigorosa aos limites já existentes. O jornal também citou fontes que disseram que a Opep não deve discutir outro corte.

Na Nymex, o petróleo para entrega em abril subiu 3,41 por cento, ou 1,55 dólar, a 47,07 dólares o barril.

Em Londres, o petróleo Brent para entrega em abril fechou praticamente estável, com ligeira queda de 0,2 por cento, ou 0,09 dólar, a 44,76 dólares o barril.


EUA acusam navios chineses de 'provocação'

Fonte: BBC - Ultimo Segundo

Cinco navios chineses realizaram manobras "perigosamente próximas" a um navio desarmado americano no sul da China, informou nesta segunda-feira o governo dos Estados Unidos. O incidente teria acontecido domingo, em águas internacionais, quando o navio americano Impeccable realizava manobras de rotina.

AP

Navios chineses forçam embarcação americana a fazer parada de emergência

Os navios "manobraram agressivamente" ao redor do navio americano "aparentemente em um esforço coordenado para provocar a embarcação americana", disse o Pentágono.

O Impeccable foi projetado para deter ameaças submarinas à Marinha americana.

A China não respondeu oficialmente às acusações. Analistas dizem que provocações em águas internacionais são comuns, mas o ocorrido teria preocupado tanto os EUA a ponto de Washington tornar o incidente público.

Os navios chineses, identificados como do serviço secreto, chegaram a oito metros de distância, forçando o navio americano a fazer uma parada de emergência.

"As manobras chinesas violaram as regras internacionais sobre respeitar os outros usuários legítimos do oceano", disse o porta-voz do Pentágono Stewart Upton.

Esperamos que os navios chineses se comportem responsavelmente e evitem atitudes provocativas que podem levar a uma colisão no mar", disse ele.

O Pentágono afirmou que, de quarta-feira a sábado, ocorreram outros três incidentes envolvendo barcos chineses em águas internacionais.