Dezenas de aviões israelitas participaram no ataque de Janeiro contra o Sudão
Fonte: PÚBLICO.pt
Fontes militares israelitas revelaram à revista “Time” que “dezenas de aviões” participaram, em Janeiro, no ataque contra uma coluna de caminhões no Sudão, suspeita de transportar mísseis iranianos para a Faixa de Gaza. Além da destruição das armas, o raide serviu como aviso ao Irão, a fim de mostrar que Israel tem capacidade para conduzir operações longe das suas fronteiras.
A revista, que cita “duas fontes dos serviços de segurança bem colocadas”, diz que o ataque foi montado “em menos de uma semana” depois de a Mossad (serviços secretos) ter recebido a informação de que o regime iraniano se preparava para enviar ao Hamas 120 toneladas de armas – o maior carregamento alguma vez enviado ao Hamas. A dica surgiu no pico da ofensiva contra a Faixa de Gaza, lançada por Israel para destruir as capacidades militares do movimento islamista.
Segundo estas fontes, o bombardeamento foi feito por caças F-16, numa missão que envolveu também F-15 (preparados para responder a eventual fogo inimigo) e aviões não tripulados. A coluna foi destruída em duas vagas de ataque ao solo, depois de fotografias captadas pelos aviões espiões terem mostrado que só parte dos 23 caminhões tinha sido destruída num primeiro bombardeamento.
Os Estados Unidos foram avisados que Israel iria lançar a operação, diz a "Time", “mas não estiveram envolvidos”. Os responsáveis adiantam ainda que, ao contrário do que noticiou na semana passada a imprensa americana, a aviação israelita não atacou outros alvos no Sudão. “Foi apenas um raide e foi uma grande operação” que envolveu “dezenas de aviões”.
A revista adianta ainda que, durante os 2800 quilómetros da viagem (ida e volta entre Israel e o Sudão), os caças israelitas foram reabastecidos em voo, quando sobrevoavam o mar Vermelho.
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