FAB lança programa para modernizar Bandeirante
Valor Economico
A Aeroeletrônica, de Porto Alegre (RS), foi selecionada pela Força aérea Brasileira (FAB) para participar do programa de modernização de 54 aeronaves Bandeirante, em operação desde os anos 70. A empresa, segundo o chefe da Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico (Dirmab) da FAB, brigadeiro Hélio Paes de Barros Júnior, fornecerá uma nova aviônica para os aviões, termo utilizado para os sistemas elétricos e eletrônicos, tais como navegação, comunicação, dados de voo e sistemas de controle.
O investimento previsto, de acordo com Barros Júnior, é da ordem de US$ 35 milhões. Das 54 aeronaves que serão modernizadas, 10 são de patrulha marítima. A frota atual de Bandeirante da FAB é de 80 aviões, mas a modernização só incluiu os modelos mais novos, de acordo com o diretor da Dirmab.
Fabricado na década de 70, o Bandeirante foi produzido durante quase 20 anos pela Embraer. Atualmente o modelo ainda é muito utilizada pela FAB em instrução básica de pilotos de aeronaves de transporte e em missões de busca de salvamento. A FAB opera a aeronave em sete esquadrões de transporte aéreo. "Consideramos o Bandeirante um avião extremamente seguro e com a modernização ele ganhará uma sobrevida de mais 25 anos".
O programa de modernização da aeronave, segundo o brigadeiro Barros Júnior, é considerado estratégico para a Aeronáutica e contemplará não só a parte de aviônica, como também o hardware (bomba, sistema de combustíveis, hidráulica e ferragens), documentação técnica e estrutura. Esta última, de acordo com o diretor da Dirmab, será feita através de licitação e demandará um investimento de US$ 10 milhões.
Controlada pelo grupo israelense Elbit, a empresa Aeroeletrônica, já participa de outros programas de modernização da FAB, atualmente em andamento: 45 caças F-5, que será concluído em breve e consumiu um total de R$ 120 milhões e o AMX, que contempla a revitalização da aviônica de 53 aeronaves, um projeto da ordem de R$ 740,7 milhões. Os 99 Supertucano comprados pela FAB da Embraer, com a designação ALX, também possuem aviônica Elbit/Aeroeletrônica. O desenvolvimento e a produção desses aviões teve um custo total de R$ 449,7 milhões.
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Por outro lado, pode-se criticar por depender demais da ELbit, mas existe um tremendo ganho operacional em padronizar a aviônica de nossas aeronaves. Ao final desses processos, teremos F-5, A-1, C-390, Super Tucanos, Bandeirantes e alguns helicopteros (os Mi35m por exemplo) com aviônicas compatíveis, o que significa melhor trafego de informações em toda a força e manutenção padronizada.
Que eu saiba, a FAB já acertou um lote adicional de 9 F-5 para modernização (os jordanianos), de modo que seriam 54. Mas apenas 43 A-1.