Fonte: O Dia - POR MARCO AURÉLIO REIS, RIO DE JANEIRO - Com Ananda Rope (Brasília)
O principal entrave da Estratégia Nacional de Defesa já está definido: a concentração das compras das Forças Armadas numa supersecretaria diretamente subordinada ao ministro civil da Defesa. Alvo de descontentamento entre oficiais das três forças, especialmente do Exército, a concentração é apontada como sinal que os comandos militares aos poucos estão sendo afastados dos círculos decisórios, tendo que “engolir” o que o ministério priorizar como aquisição, bem como seus fornecedores e parceiros. O ministro Nelson Jobim, com a experiência parlamentar e jurídica que carrega no currículo, manda, de Brasília, um recado para os insatisfeitos dirigindo sua reação para população e para os cofres do governo, evitando, assim, polêmica. “A medida que os armamentos pessoais sejam da mesma origem, se tem um ganho na economia de escala e preço”, disse Jobim, ao ser questionado sobre a concentração das compras das Forças Armadas, cuja proposta está perto de ser concluída.
COMPRAS 2
A defesa de Jobim pela concentração das compras mirou ainda em um outro alvo: a Latin America Aero & Defence, feira internacional de equipamentos que acontece semana que vem aqui no Rio.
SÓ NO ANO QUE VEM
A defesa veio em meio ao corte orçamentário dos quartéis, que deve adiar para 2010 a conclusão do FX-2 . A intenção dos russos de voltarem a ser avaliados já é vista como bom álibe para o adiamento.
NOS ARES
Não por acaso a defesa ocorreu no momento decisivo do projeto FX-2, para compra de caças, logo quando se definiram os finalistas: Rafale (França), F/A-18 Super Hornet (EUA) e Gripen NG (Suécia).
PLENO VAPOR
Indiferente à polêmica, a FAB divulgou mais um dos itens do seu plano de reaparelhamento: anunciou que vai pedir informações a nove fabricantes para compra de veículos aéreos não-tripulados.
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