INDÚSTRIA NAVAL - Inace projeta novo estaleiro na Barra do Ceará
Fonte: Diário do Nordeste
A empresa anuncia também a ampliação da atual estrutura industrial em operação no Poço da Draga
Enquanto autoridades governamentais e portuárias discutem a possibilidade de instalação de um grande estaleiro na costa cearense, a Indústria Naval do Ceará (Inace) sinaliza com a construção de uma nova unidade na Barra do Ceará e ampliação da atual estrutura industrial no Poço da Draga, para construção de navios de médio e grande porte, com entre quatro mil e 20 mil toneladas. O projeto do novo estaleiro, que pode absorver recursos da ordem de US$ 500 milhões, foi revelado ontem ao Diário do Nordeste, pelo empresário, sócio-proprietário da Inace, Antônio Gil Fernandes Bezerra, durante solenidade de comemoração dos 40 anos de fundação da empresa, na Assembléia Legislativa do Ceará.
Atualmente, a Inace está construindo dois navios de 500 toneladas, cinco lanchas, dez barcos off-shore, dois rebocadores e oito iates de luxo (Foto: Cid Barbosa)
´A Inace está criando um novo estaleiro para ampliar o canteiro de obras para construção de navios de médio e grande porte´, informou Bezerra, ao expor sobre os novos projetos da empresa para os próximos anos. Impulsionado pelo resurgimento da indústria naval brasileira, o empresário confirma que ´estamos nos preparando para a ampliação do estaleiro do Poço da Draga e criação do da Barra do Ceará´.
´Estamos aguardando apenas consolidar as encomendas de grande porte, para começarmos as obras´, antecipou, ressaltando que, na indústria naval, ´sem obras (contratos de novos navios) assinadas, ninguém vai ampliar ou construir estaleiros. Bezerra informou também que, até o momento, a Inace trabalha os projetos com recursos próprios, mas que já vem sendo procurada por outras empresas para parcerias.
´Até o momento são recursos próprios, que serão aplicados de acordo com as necessidades de ampliação do estaleiro, e que podem chegar até a US$ 500 milhões, ou mais´ prevê o industrial. ´Nunca fomos abordados sobre isso pelo Governo do Estado, são outros grupos que estão nos procurando´, acrescentou o empresário.
Infra-estrutura
Gil Bezerra explica que para o estaleiro da Barra do Ceará deslanchar, reformas de engenharia e infra-estrutura portuárias precisarão ser feitas na área. Cita como exemplos a ampliação do canal e o aprofundamento do calado, para viabilizar o tráfego de médias e grandes embarcações.
´O canal da Barra do Ceará precisará ser ampliado e o calado aprofundado, dentre outras necessidades, para que o projeto possa seguir em frente´, sugeriu o empresário. Nesse sentido, ele adiantou que a Inace já iniciou entendimentos com a Marinha brasileira, para que o novo projeto possa prosseguir. Além de alterações estruturais na área, onde, segundo ele, já existe disponível espaço reservado para o novo empreendimento, Bezerra acrescenta que ainda aguarda definições do mercado, a exemplo dos investimentos da Petrobras no Pré-Sal, e na infra-estrutura do País, para deflagrar o projeto. A prudência tem uma explicação: o Porto do Mucuripe aguarda a vários anos, para ter o calado aprofundado para 14 metros.
História
Durante a solenidade em homenagem aos 40 anos da Inace, proposta pelo deputado estadual, presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Assembléia Legislativa, Artur Bruno, Gil Bezerra fez um breve relato da história da empresa, fundada em 1969, durante o ´boom´ da lagosta no Ceará. ´A Inace nasceu da necessidade de construirmos barcos de pesca da lagosta, do camarão e de outras espécies da Amazônia´, relembra.
Entre marés financeiras altas e baixas, Bezerra conta que a Inace evoluiu muito tecnologicamente e hoje está construindo dois navios de 500 toneladas e cinco lanchas patrulha à Marinha, 10 barcos de alumínio off-shore, dois rebocadores e oito iates de luxo.
´Estamos aguardando apenas consolidar as encomendas de grande porte, para começarmos as obras´, antecipou, ressaltando que, na indústria naval, ´sem obras (contratos de novos navios) assinadas, ninguém vai ampliar ou construir estaleiros. Bezerra informou também que, até o momento, a Inace trabalha os projetos com recursos próprios, mas que já vem sendo procurada por outras empresas para parcerias.
´Até o momento são recursos próprios, que serão aplicados de acordo com as necessidades de ampliação do estaleiro, e que podem chegar até a US$ 500 milhões, ou mais´ prevê o industrial. ´Nunca fomos abordados sobre isso pelo Governo do Estado, são outros grupos que estão nos procurando´, acrescentou o empresário.
Infra-estrutura
Gil Bezerra explica que para o estaleiro da Barra do Ceará deslanchar, reformas de engenharia e infra-estrutura portuárias precisarão ser feitas na área. Cita como exemplos a ampliação do canal e o aprofundamento do calado, para viabilizar o tráfego de médias e grandes embarcações.
´O canal da Barra do Ceará precisará ser ampliado e o calado aprofundado, dentre outras necessidades, para que o projeto possa seguir em frente´, sugeriu o empresário. Nesse sentido, ele adiantou que a Inace já iniciou entendimentos com a Marinha brasileira, para que o novo projeto possa prosseguir. Além de alterações estruturais na área, onde, segundo ele, já existe disponível espaço reservado para o novo empreendimento, Bezerra acrescenta que ainda aguarda definições do mercado, a exemplo dos investimentos da Petrobras no Pré-Sal, e na infra-estrutura do País, para deflagrar o projeto. A prudência tem uma explicação: o Porto do Mucuripe aguarda a vários anos, para ter o calado aprofundado para 14 metros.
História
Durante a solenidade em homenagem aos 40 anos da Inace, proposta pelo deputado estadual, presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Assembléia Legislativa, Artur Bruno, Gil Bezerra fez um breve relato da história da empresa, fundada em 1969, durante o ´boom´ da lagosta no Ceará. ´A Inace nasceu da necessidade de construirmos barcos de pesca da lagosta, do camarão e de outras espécies da Amazônia´, relembra.
Entre marés financeiras altas e baixas, Bezerra conta que a Inace evoluiu muito tecnologicamente e hoje está construindo dois navios de 500 toneladas e cinco lanchas patrulha à Marinha, 10 barcos de alumínio off-shore, dois rebocadores e oito iates de luxo.
0 Comentários