O FMA IA 58 Pucará
By Vinna

O FMA IA 58 Pucará (do termo quechua: “Fortaleza”) é um avião, de ataque ao solo e anti-guerrilha. Mono e biplace de construção inteiramente metálica, com assentos ejetáveis tipo zero/zero e trem de pouso retrátil, fabricado pela antiga Fabrica Militar de Aviões da Argentina em Córdoba.
Desenvolvido na Argentina a partir de agosto de 1966, o Pucará, voou pela primeira vez em 1969. A aeronave foi projetada para operar em pequenas pistas de terra e sua missão primordial é de apoio a forças terrestres, combate anti-helicopteros e e missões de contra-insurgência - COIN.

As primeiras unidades foram entregues em 1975 à força aérea de Argentina chegando a 100 aeronaves entregues até 1982 quando participou no conflito das Malvinas. Por isso foi utilizado pelos argentinos para atacar navios e tropas britânicas nas ilhas, no entanto a sua utilzação não foi um sucesso já que era mostrou-se vulnerável a ataques de mísseis terra-ar portáteis e ao fogo de armas leves. Entretanto há de se observar que em mais de uma vez os Harrier da Real Navy precisaram de mais de uma corrida de disparos de canhão para derrubar o Pucara. Outro problema que limitou a utilização do avião em combate sobre as ilhas foi a ausência de equipamentos de visão noturna e radar para operação em condições adversas. Seu pequeno tamanho permitia a operação da aeronave nas instalações das ilhas. A pista de decolagem pavimentada no aeroporto portuário de Stanley não era suficientemente longa para os A-4 Skyhawk e Mirage III e por isso o avião foi “eleito” o avião de defesa das ilhas.


Pelo menos seis Pucarás foram destruídos em terra por ação de Forças Especiais Britânicas – SAS que sabiam da capacidade de ataque do aparelho. Estas aeronaves não estavam baseadas no aeroporto de Port Stanley e sim na pista de Grama do Aeródromo de Goose Green. Em geral os aviões que participaram dos combates eram armados com as bombas não-guiadas, foguetes de 70mm, ou metralhadoras de 7.62mm. Pelo menos um helicóptero dos fuzileiros navais Britânico foi derrubado pelo Pucará em 28 de maio, a única vitória confirmada. No conflito a Argentina perdeu um total de 24 aeronaves deste tipo sendo que 15 foram perdidas em situações de combate e 8 em acidentes e pelo menos uma unidade foi capturada pelos britânicos e levada como butim a Inglaterra.
O Púcara também foi usado em combate na Colômbia e no Sri Lanka onde pelo menos três foram abatidos. Em 1998, foram analisadas possibilidades de modernização dos Pucará ainda em serviço. A atualização pretendia a troca dos motor frances Turbomeca Astazou XVIG por outros mais modernos e econômicos, além da inclusão de contramedidas e equipamentos eletrônicos. Entretanto não foi tomada nenhuma decisão nesse sentido.

Cabine do IA-58 Pucará A disposição da instrumentação típica dos anos 50/60.
Deixa clara a idade do projeto


Em 2007, um IA-58 do Força Aérea Argentina - FAA foi convertido para usar um motor a jato com biocombustivel. O projeto financiado e dirigido pelo governo de Argentino, sendo a segunda nação no mundo a usar bio-combustível em um avião a jato. O projeto pretende fazer a FAA menos dependente de combustíveis fósseis.

Foram desenvolvidas ainda outras versões do Pucará:

Foram construídas 3 aeronaves denominadas IA-58B. A aeronave era dotada de Dois Canhões Defa 553 30 mm, em vez de 20 milímetros HS-804. Com isso a fuselagem inferior apresentou um inchaço para abrigar a câmara do canhão.

Outra importante versão estudada foi a IA-58C. Muito melhorada a versão eliminava o cockpit dianteiro. possuia um incremento na blindagem do piloto e nos tanques de combustível. No nariz havia a previsão para a instalação de um único canhão Defa de 30 milímetros.Também seria equipado com um HUD mais moderno, capacidade de transportar misseis Matra Magic ou sidewinder, além de missis ar terra Martin Pescador.


FMA IA 58 Pucará
Tipo: Anti-guerrilha e Ataque ao solo
Fabricante: FMA
Primeiro vôo: 20 Agosto de 1969
Inicio do serviço: 1975
Status: Ainda em uso
Usuários: Argentina, Colômbia (estocados e parte da frota doada ao Uruguai), Sri Lanka e Uruguai
Produção: 1976-1986
Total produzidos: 160
Tripulação: 2
Comprimento: 14.25 m
Envergadura: 14.5 m
Altura: 5.36 m
Aréa das asas: 30.3 m²
Peso vazio: 4020 kg
Peso máximo: 6800 kg
Motores: 2 × Turbomeca Astazou XVIG turboprops 729 kW cada
Velocidade máxima: 500 km/h
Velocidade de cruzeiro: 430 km/h
Alcance: 3710 km
Altitude de serviço: 10000 m
Armamentos: 2 canhões de 20 mm Hispano-Suiza HS.804 4 metralhadoras 7.62 mm FM M2-20 3 pontos em cada asa para 1,500 kg armamento entre canhões, bombas, foguetes, minas e torpedos.