A Primeira Guerra do Golfo


Guerra ocorrida em 1991, contra o Iraque, para libertação do Kuwait, liderada pelos Estados Unidos, os aliados europeus e a Arábia Saudita.

A crise teve início em 2 de agosto de 1990, quando o Iraque, sob a liderança do presidente Saddam Hussein, anexou o Kuwait com o objetivo de controlar as reservas petrolíferas. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) exigiu a retirada incondicional do Iraque até 15 de janeiro de 1991. Um exército composto por meio milhão de soldados, chefiado pelos Estados Unidos, lançou uma forte ofensiva terrestre, libertando o Kuwait em 27 de fevereiro. Em abril o Iraque aceitou o cessar fogo, porém sofreu duras sanções econômicas por não entregar seu armamento químico e bacteriológico.



Invasão do Kuwait decretou o início da I Guerra do Golfo

Fonte: Unificado

Em 02 de agosto de 1990, o Iraque invadia o Kuwait. A ocupação era o estopim da primeira Guerra do Golfo, liderada pelos Estados Unidos, então governado por George Bush, pai do atual presidente americano. Saddam Hussein justificou a invasão afirmando que o Kuwait praticava uma política de superextração de petróleo, para fazer o preço cair no mercado e prejudicar a economia iraquiana.

A primeira Guerra do Golfo foi um conflito militar ocorrido inicialmente entre o Kuwait e o Iraque de 2 de agosto de 1990 a 27 de fevereiro de 1991, que acabou por envolver outros países. Saddam Hussein exigia que o Kuwait perdoasse a dívida de US$ 10 bilhões contraída pelo Iraque durante a guerra com o Irã (1980) e também cobrava indenização de US$ 2,4 bilhões, alegando que os kuwaitianos extraíram petróleo de campos iraquianos na região fronteiriça de Rumaila. Estavam ainda em jogo antigas questões de limites, como o controle dos portos de Bubiyan e Uarba, que dariam ao Iraque novo acesso ao Golfo Pérsico.

A invasão aconteceu apesar das tentativas de mediação da Arábia Saudita, do Egito e da Liga Árabe. As reações internacionais foram imediatas. O Kuwait é grande produtor de petróleo e país estratégico para as economias industrializadas na região. Em 6 de agosto, a ONU impõe um boicote econômico ao Iraque. No dia 28, Hussein proclama a anexação do Kuwait como sua 19ª província. Aumenta a pressão norte-americana para a ONU autorizar o uso de força. Hussein tenta em vão unir os árabes em torno de sua causa ao vincular a retirada de tropas do Kuwait à criação de um Estado palestino. A Arábia Saudita torna-se base temporária para as forças dos EUA, do Reino Unido, da França, do Egito, da Síria e de países que formam a coalizão anti-Hussein. Fracassam as tentativas de solução diplomática, e, em 29 de novembro, a ONU autoriza o ataque contra o Iraque, caso seu Exército não se retire do Kuwait até 15 de janeiro de 1991. Em 16 de janeiro, as forças coligadas de 28 países liderados pelos EUA dão início ao bombardeio aéreo de Bagdá, que se rende em 27 de fevereiro. Como parte do acordo de cessar-fogo, o Iraque permite a inspeção de suas instalações nucleares.

Tecnologia na guerra – A Guerra do Golfo introduziu recursos tecnológicos sofisticados, tanto no campo bélico como em seu acompanhamento pelo resto do planeta. A TV transmitiu o ataque a Bagdá ao vivo, e informações instantâneas sobre o desenrolar da guerra espalharam-se por todo o mundo. A propaganda norte-americana anunciava o emprego de ataques cirúrgicos, que conseguiriam acertar o alvo militar sem causar danos a civis próximos. Tanques e outros veículos blindados tinham visores que enxergavam no escuro graças a detectores de radiação infravermelha ou a sensores capazes de ampliar a luz das estrelas. Mas o maior destaque era o avião norte-americano F-117, o caça invisível, projetado para minimizar sua detecção pelo radar inimigo.

Conseqüências – O número estimado de mortos durante a guerra foi de 100 mil soldados e 7 mil civis iraquianos, 30 mil kuwaitianos e 510 homens da coalizão. Após a rendição, o Iraque enfrentou problemas internos, como a rebelião dos curdos ao norte, dos xiitas ao sul e de facções rivais do partido oficial na capital. O Kuwait perdeu US$ 8,5 bilhões com a queda da produção petrolífera. Os poços de petróleo incendiados pelas tropas iraquianas em retirada do Kuwait e o óleo jogado no golfo provocaram um grande desastre ambiental.

Esta vista foi fotografada com uma câmara de vídeo de um avião invasor, Stealth F-117, dos Estados Unidos, durante um bombardeio aliado na Guerra do Golfo, e nela está assinalado com uma cruz o principal centro de comunicações de Bagdá.


Em tempo: Segundo analistas, a eleição de George W. Bush para a presidência dos Estados Unidos foi fundamental para a realização da "segunda edição" do conflito, ocorrida esse ano. Bush é filho do presidente que conduziu os americanos na primeira Guerra do Golfo. Segundo eles, o atual líder pretendia reparar o fracasso do pai, que não conseguiu eliminar Saddam Hussein. Além disso, os principais assessores de George W. Bush participaram do conflito anterior e consideram que a missão americana no Iraque está inacabada. Em 1991, Dick Cheney, atual vice-presidente, era secretário de Defesa; Donald Rumsfeld, atual secretário de Defesa, era assessor militar; Condoleezza Rice, assessora de Segurança Nacional, era assessora para assuntos externos; Colin Powell, hoje secretário de Estado, era comandante das tropas no Iraque.