Tunku Abdul Raman | |
Navios constituintes da classe | ||||||||||||||||||
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Dados principais | Motores |
Deslocamento standard: 1564 Ton Deslocamento máx. : 1711 Ton. | Tipo de propulsão: Motor a Diesel |
Comprimento: 67.5 M - Largura: 0M Calado: 0 M. Profundidade: 300 M Numero de tubos: 6 | 4 x Motor a Diesel MTU 16V 396 SE84 (2990cv/hp) 1 x Motor eléctrico Jeumont Schneider (2.8MW) |
Tripulação / Guarnição: 31 | Autonomia: 11700Km a 8 nós - Nr. Eixos: 1 - Velocidade Máxima: 20 nós |
A Malásia foi um dos países que optou pelo projecto Scorpene para a sua arma submarina e estes foram os primeiros submarinos que o país adquiriu.
Por esta razão a sua incorporação na marinha da Malásia foi mais complexa pois o contrato de fornecimento de valopr superior a 1,000 milhões de Euros, implicava também a criação de estruturas, treinamento de técnicos e pessoal especializado para apoiar a operação dos dois submarinos, numa força que não tinha qualquer experiência na utilização deste tipo de armamento.
O lançamento à água ocorreu em Outubro de 2007, numa cerimónia no minimo curiosa, onde em vez do tradicional champagne foi utilizada uma garrafa com água vinda da cidade santa de Meca.
Esta classe é a segunda do tipo Scorpene a entrar ao serviço. Os navios malaios são ligeiramente maiores que os seus congéneres da marinha do Chile e têm um deslocamento maior.
Os navis, que estão equipados com torpedos «Black Shark» terão também capacidade para lançamento de mísseis anti-navio. Embora não tenha sido confirmada a venda, os submarinos poderão utilizar o SM-39 Exocet, uma versão do míssil anti-navio frances que pode ser lançada a partir de submarinos.
Estes navios têm autonomia para operar no mar durante até 45 dias.
No entanto, e conforme também aconteceu com os navios do mesmo tipo da marinha do Chile, eles não utilizam o sistema de propulsão AIP, embora os submarinos do tipo Scorpene tenham sido desenhados de forma a poderem receber um «anel» adicional com esse sistema auxiliar de propulsão independente do ar.
A decisão de adquirir submarinos para a marinha da Malásia foi tomada em 1989 e a divisão do país em dois grandes blocos, um no continente asiátrico e o outro na ilha do Borneu, onde chegaram a ocorrer recontros com a Indonésia nos anos 60.
Existe uma corrida aos armamentos navais não declarada entre a Malásia, Singapura, a Tailandia e a Indonésia
Informação genérica:
Os navios do tipo Scorpene foram desenvolvidos pela empresa francesa DCNi - Direction de Construccion Navale - Internacional.
A empresa francesa, detentora do know-how estabeleceu uma parceria com os estaleiros navais Izar da Espanha para a construção dos navios nos estaleiros dos dois países.
A França pretendia assim garantir a aquisição futura por parte da Espanha deste modelo de submarino.
Os primeiros submarinos deste tipo que foram construidos foram os dois clase O'Higgins que foram entregues ao Chile. O segundo lote foi para a Malásia, mas mais uma vez na versão normal, sem o sistema MESMA de propulsão independente do ar
Desde o inicio que o Scorpene foi projectado para ter duas versões principais.
1 - Versão base:
A que foi fornecida ao Chile e à Malásia e que contaria com um sistema convencional de propulsão constituido por motores a Diesel
2 - Versão AIP
Que contaria com um sistema de propulsão independente do ar de origem francesa conhecido como MESMA.
Este sistema de propulsão não encontrou muitos interessados e presentemente apenas o Paquistão o considerou como opção.
Os Scorpene podem mergulhar a profundidades de até 300 metros, no entanto várias fontes apontam o valor de 350 metros como tendo sido garantido pelos fabricantes do navio.
S-80 - O Scorpene espanhol
Uma vez que a DCN entrou numa parceria estratégica com a empresa espanhola Izar (posteriormente falida e substituida pela Navantia) tornou-se normal a opção pelo Scorpéne como modelo para o novo submarino espanhol que deverá entrar ao serviço não só para substituir os já desactivados Daphné como também os submarinos Agosta.
A industria espanhola, optou por embora partindo do projecto do Scorpene com versão AIP, desenhar um sistema de propulsão autónomo, que não era o sistema MESMA que inicialmente tinha sido previsto para a versão maior do Scorpéne.
Este facto levou ao esfriar de relações entre as duas empresas DCNi e Navantia, ainda mais quando se tornou conhecido que a Espanha optou por equipar os seus submarinos com sistemas concebidos nos Estados Unidos em vez de sistemas franceses.
Embora as suas dimensões exteriores e configuração geral sejam claramente derivadas do Scorpéne, o futuro S-80 espanhol optou por uma solução que até ao momento não foi testada operacionalmente em nenhum outro submarino.
O S-80 terá um sistema AIP com células de combustível, mas deverá produzir o seu próprio combustível a bordo a partir de Etanol.
O programa segue em desenvolvimento e dificuldades técnicas levaram a Navantia a pedir o auxilio de empresas norte-americanas nomeadamente para desenvolver as células de combustível. Este submarino deverá igualmente ter capacidade para o lançamento de mísseis Tomawak.
MARLIN - O Scorpene francês
Com o piorar das relações entre a industria francesa e espanhola, os franceses optaram por iniciar um processo que culminou com a apresentação de uma versão do Scorpene, sem a participação dos estaleiros espanhóis da Navantia.
A principal e mais evidente diferênça entre o Marlin e o agora seu concorrente S-80, é a continuação da utilização do sistema de propulsão independente do ar do tipo MESMA, que no caso do novo modelo francês, deverá ser o MESMA-2, com menos ruido e menor emissão de calor.
Fora esta característica, o Marlin não é muito diferente das versões iniciais do Scorpene e a alteração do seu nome é acima de tudo resultado da separação entre as industrias dos dois países. O «novo» submarino foi entretanto apresentado como opção ao Paquistão. O Brasil é também um potêncial cliente.
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