As polêmicas de Flavio Briatore na F-1

Do UOL Esporte


Ele já venceu quatro títulos mundiais e é o responsável por revelar ninguém menos do que Michael Schumacher na Fórmula 1, além do bicampeão Fernando Alonso. Mas a sua carreira pode acabar depois da última de suas polêmicas na categoria. Flavio Briatore está fora da Renault após o escândalo revelado pelo brasileiro Nelsinho Piquet, que afirmou ter recebido ordens para bater de propósito no GP de Cingapura de 2008.

Briatore não causa controvérsia só na Fórmula 1. Suas peripécias fora do paddock incluem transações nebulosas à frente do Queens Park Rangers, da segunda divisão inglesa, além de supostas agressões à modelo e ex-namorada Naomi Campbell. Confira os casos que marcaram a trajetória do dirigente no automobilismo.

1. O caso Nelsinho
Quando Nelsinho Piquet bateu no GP de Cingapura em 2008, Briatore xingou o piloto. Mas comemorou no final, porque Alonso venceu a corrida. Menos de um ano depois, o brasileiro foi demitido, mas revidou com a denúncia de que o acidente foi armado. Antes mesmo da apuração dos fatos, o cartola deixou a Renault. Leia mais



2. Fogo nos boxes
Assim que o reabastecimento durante as provas foi retomado pelo regulamento, em 1994, Briatore mandou retirar os filtros das máquinas da Benetton para ganhar tempo na operação. Mas os riscos aumentaram, e a manobra foi descoberta quando o carro de Jos Verstappen pegou fogo nos boxes do GP da Alemanha.



3. Equipamentos proibidos
Ainda em 1994, ano em que conquistou seu primeiro título com a Benetton, Briatore foi acusado de instalar dispositivos eletrônicos que não eram permitidos pelo regulamento, como o controle de tração e de largada. As investigações da FIA não confirmaram que o B194 tinha esse tipo de equipamento e ninguém foi punido.




4. Título de Schumacher em 94

O alemão chegou à Benetton em 1991 depois que Briatore demitiu o brasileiro Roberto Pupo Moreno sem nem falar com ele. Embora estivesse nascendo um heptacampeão, Schumacher conquistou seu primeiro título na Benetton após bater em Damon Hill e forçar a saída do inglês da prova na última corrida do ano.



5. Manobra comercial
Briatore conseguiu os direitos de uso dos motores Renault ao comprar a equipe Ligier em 1994. Mas ele não podia ser dono de equipe, segundo o regulamento. O parceiro Tom Walkinshaw foi seu "testa de ferro" e assumiu a operação, fazendo com que a Benetton pudesse contar com os melhores motores do grid no ano seguinte.