Fonte: José Sergio Osse (IstoÉ Dinheiro) - Foto: André Coelho (Ag. O Globo) - via Aviation News
Moreira (de branco): ex-coronel usou experiência como consultor para criar a Team
Moreira vive e respira aviação desde os 15 anos de idade, quando entrou na Academia da Força Aérea (AFA), da qual saiu formado piloto de jatos F-5. Com algum tempo de serviço militar, foi transferido para o Primeiro Grupamento de Aviação de Caça, na cidade gaúcha de Santa Maria. Permaneceu ali até atingir o posto de coronel aviador e de líder de esquadrão. Ao mesmo tempo, começou a cursar economia na faculdade da cidade e, após se formar, decidiu abandonar a carreira militar, em 1995. Sua primeira missão fora da Aeronáutica foi comandar uma consultoria de negócios em aviação civil, área na qual se especializou. "Ajudei a desenvolver o plano de negócios da maioria das mais novas companhias aéreas regionais do País, como a Trip e a Passaredo", diz. O trabalho despertou em Moreira o interesse em criar sua própria empresa aérea. Faltava apenas um avião ideal para colocar em prática o que ele tinha em mente.
A Team sobreviveu. No início de 2009, Moreira decidiu que era hora de criar uma nova ponte aérea entre São Paulo e Rio ao saber da decisão da Anac de liberar as operações em qualquer aeroporto do Rio. "Isso abriu caminho para essa rota que vamos abrir", diz o coronel. Hoje, para abrir uma rota aérea, basta que haja disponibilidade nos aeroportos de destino e origem e que a operação seja comunidada à Anac. Para ele, toda a polêmica em torno do projeto se deve a interpretações equivocadas de suas proposta. "Não se trata de mudar a ponte aérea do Santos Dumont para Jacarepaguá, mas dar uma alternativa para quem mora na Barra da Tijuca." Para especialistas, o problema é o precedente que a nova rota pode criar. "Se uma empresa oferecer o serviço, outras também vão querer oferecer", afirma Respício do Espírito Santo, pesquisador do Instituto Brasileiro de Estudos Estratégicos e de Políticas Públicas em Transporte Aéreo (Cepta), da UFRJ. "A questão é que esses dois aeroportos não têm capacidade para receber voos regulares frequentes." Moreira também pode enfrentar outra dificuldade.
Uma das opções sugeridas no projeto do trem-bala, que liga São Paulo ao Rio, é usar o Campo de Marte como estação. Se isso ocorrer, o aeroporto pode ser desativado
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