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FAB persegue e força pouso de avião com 460 kg de cocaína em Goiás
Suposto piloto do avião com drogas perseguido pela FAB foi preso

TV Centro América - O Globo

Uma equipe da Polícia Federal de Rondonópolis localizou o avião Cessna modelo 206 C, que seria utilizado para o tráfico de drogas. O avião pousou em uma fazenda no Pantanal depois que foi feita a entrega de cerca de 460 quilos de cocaína na zona rural de Caiapônia (GO) na semana passada. A aeronave foi perseguida pela Força Aérea Brasileira e o piloto foi forçado a pousar. Depois de dias de busca, o piloto, um boliviano de 51 anos, foi encontrado e preso em uma fazenda distante 40 quilômetros do local do pouso.

O piloto havia pousado em uma clareira em uma área de difícil acesso entre os municípios de Santo Antônio de Leverger e Itiquira. Logo após o pouso, o piloto e um co-piloto fugiram pela mata, abandonando o avião no local. A aeronave está avaliada em cerca de US$ 130 mil (cerca de R$ 250 mil).

Policiais federais fizeram buscas na área e encontraram o boliviano bastante debilitado pelo tempo que passou perdido. O piloto afirmou que inicialmente seguiu na mata junto com o outro tripulante, mas que após alguns quilômetros, ambos se separaram. Segundo ele, quatro dias após o pouso, ele encontrou uma casa abandonada, aonde pernoitou sendo encontrado depois por um funcionário de uma fazenda. Esse funcionário o levou para a sede da fazenda, onde o boliviano acabou preso. Segundo a PF, o piloto teria recebido US$ 4 mil (pouco menos de R$ 8 mil) para fazer o voo desde o território boliviano até Goiás. Agora ele está preso no município de Rondonópolis com mandado expedido pela Justiça Federal Goiana.

Avião apreendido foi perseguido pela Força Aérea Brasileira


O avião abandonado foi encontrado distante mais de 20 quilômetros de qualquer estrada. A clareira tinha terreno bastante irregular e o avião estava danificado, não sendo possível realizar a decolagem naquelas condições. Uma equipe policial permaneceu acampada na guarda do aparelho e outra equipe, acompanhada de mecânico e um piloto, se deslocou três dias depois ao local. Após fazer os reparos necessários no avião, retiraram quase todo o combustível, deixando apenas o necessário para um voo curto e abriram com facão e machado cerca de 15 a 20 metros a mais de clareira para a decolagem.

Após feitos todos os preparativos, o acampamento foi desmontado e a decolagem, apesar de bastante arriscada, foi executada com sucesso. O avião foi apreendido, periciado e está à disposição da Justiça Federal de Rio Verde (GO).