Rafale F-3 Dassault (França)
Raio de combate 1.800 km
Velocidade máxima 2.100 km/h
Motores 2 (sNeCMa M882)
Peso máximo de armamentos 8 toneladas
Ponto forte: Foi muito usado no Afeganistão, além disso o Brasil já tem aliança na área com a França: está comprando helicópteros e submarinos e o avião possui versão naval capaz de ser usada pela marinha no porta aviões São Paulo. Ponto fraco: É apontado por especialistas como o mais caro e só a França usa o equipamento.

Rafale expande aviação de combate no Brasil

AE - Agencia Estado

O Comando da Força Aérea vai criar ao menos dois novos grupos de aviação de caça, no Norte e no Nordeste, deslocando para essas áreas parte da frota atual, formada por F-5EM, bombardeiros leves AMX e, talvez, o Mirage 2000C/B. O novo desenho da aviação de combate está diretamente ligado ao advento do Rafale-3, a versão mais avançada do supersônico francês, cuja escolha pelo governo para compor a frota de aeronaves de combate de alta tecnologia e múltiplo uso foi anunciada ontem, em Brasília.

O contrato, envolvendo 36 unidades, deve chegar a R$ 4 bilhões. É apenas o início. O programa contempla encomendas suplementares ao longo da próxima década, tendo como referência um lote de até 120 aviões. Segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, o modelo previsto é o da padronização da plataforma, em que um mesmo tipo de caça serve às diversas especificações - eventualmente, também da aviação naval. No arranjo das novas unidades de ataque e interdição, está sendo considerada a necessidade de intervenção na região da Amazônia, fronteiras norte-noroeste e a projeção sobre o oceano Atlântico a partir de pontos no litoral do nordeste.

Em vermelho o Alcance estimado do caça Rafale operando de bases no Brasil apartir Manaus, Goiânia e Porto Alegre.

A princípio seriam levados a essas instalações os modernizados F-5EM, jatos supersônicos revitalizados pela Embraer. Há 59 deles no inventário da FAB. O mesmo movimento pode atingir os 53 AMX, caças bombardeiros de precisão e provavelmente os 12 Mirage 2000 atualmente no 1º Grupo de Defesa Aérea da base de Anápolis, próximo a Brasília, em Goiás, responsável pela proteção do Distrito Federal e de determinados alvos estratégicos.

O Rafale Mark 3 escolhido pelo Brasil está chegando agora a Armée de L´Air, a aviação militar da França. O primeiro protótipo foi apresentado em 1985. O desenvolvimento foi lento até a assinatura do primeiro contrato, em 1993. De acordo com o informe anual da presidência da república, o governo francês investiu, ao longo de 23 anos, completados em dezembro de 2008, aproximadamente 39 bilhões no programa. O horizonte de encomendas, entre pedidos firmes e opções futuras, era de 282 unidades para a Força Aérea e a Marinha. De acordo com especialistas brasileiros, o destaque do modelo é o novo radar RBE2, da companhia Thales. O equipamento é capaz de detectar alvos, vários deles simultaneamente - priorizando o engajamento na medida do grau de ameaça - a distância superior a 180 quilômetros.

A integração com os outros recursos eletrônicos de combate é tida como "irrepreensível" pelo chefe de operações da fabricante Thales, Pierre Chaltiel. No batismo de fogo, nas operações do Afeganistão, o Rafale cumpriu missões de ataque ao solo e de interdição com os sistemas em escala progressiva "e em nenhum momento foi necessário recorrer ao nível máximo dos equipamentos de bordo".


Com o acordo fechado para 36 caças para a FAB ja se fala que podem ser fornecidos pelo menos 10 variantes navais para a marinha

Por dentro do Dassault Rafale

Em operação há algum tempo no seu país de origem, o caça francês é a nova escolha da Força Aérea Brasileira

Fonte: Avião Reuve - Por: Tiago Dupim / Santiago Oliver

A Dassault começou a trabalhar no demonstrador de tecnologia Rafale A em março de 1984 e seu roll-out aconteceu em 14 de dezembro 1985. Era um monoposto muito elegante, com canards e asas em delta, equipado com dois turbofan. O demonstrador realizou seu primeiro vôo em 4 de julho de 1986 e seu potencial foi tão impressionante que o Ministério da Defesa da França fez um pedido em abril 1988.

A primeira encomenda de série previa três versões do Rafale: o monoposto Rafale C (por Chasseur, Caça) para o AdA (Força Aérea); o biposto Rafale B (por Biposto) para o AdA; e o monoposto Rafale M (por Marine Naval) para a Aeronavale. Embora não fosse especificado no início, a Aeronavale também decidiu, mais tarde, obter um biposto Rafale BM.


O protótipo C01 do Rafale C realizou seu primeiro vôo em maio de 1991. Embora dois protótipos do Rafale C tenham sido planejados, o segundo foi considerado redundante, mas dois protótipos, os M01 e M02, foram construídos para o Rafale M. O M01 voou pela primeira vez em dezembro de 1991 e o M02 o seguiu em novembro de 1993.

A aeronave

O Rafale C caracteriza-se por ter mudanças destinadas a reduzir sua assinatura de radar (RCS), tais como contornos melhorados da fuselagem, uso de material absorvente de ondas de radar (RAM) e um canopy dourado. De fato, durante um tempo, no início dos anos 1990, a Dassault anunciou o modelo como Rafale D, com o “D” significando “Discreet”.

Na aeronave também se destaca o uso mais amplo de materiais compostos que no Rafale A, o que reduziu tanto a RCS quanto o peso da aeronave. Ele é relativamente pequeno para um caça biposto, com um peso vazio que ultrapassa em cerca de 1 360 kg o do monomotor Lockheed Martin F-16C e um peso máximo de decolagem aproximadamente 4 535 kg maior.

O Rafale é impulsionado por dois turbofan Snecma M88-2, com empuxo unitário de 50 kN (11 240 lbf) sem pós-combustão e 75 kN (16 860 lbf) com pós-combustão, equipados com sistema de gerenciamento total dos controles do motor (Fadec). As entradas de ar dos motores são fixas.


O Rafale se caracteriza por suas asas baixas de enflechamento composto e os canards totalmente móveis montados logo atrás do cockpit. As asas têm elevons em toda a envergadura e slats nos bordos de ataque. Há também um freio aerodinâmico em cada lado da fuselagem, antes da cauda. É aerodinamicamente instável e está equipado com comandos fly-by-wire (comandos elétricos) para poder manter um vôo estável. Tem um ótimo desempenho em pistas curtas, porém, um pára-quedas de frenagem está alojado abaixo da deriva.

O avião possui trem de pouso triciclo. A perna dianteira tem duas rodas e se recolhe para atrás, enquanto as pernas principais estão equipadas com uma roda cada fechando sob as asas. O Rafale foi projetado para ser confiável e de fácil manutenção sob as austeras condições do campo. Está equipado com um canhão de 30 mm GIAT 791B, montado no duto do motor direito. Com uma cadência de disparo de 2 500 tiros por minuto, pode transportar 125 projéteis.


Os mísseis
Para o armamento externo, o Rafale possui 14 pontos duros, incluindo os dois trilhos de ponta de asa para os mísseis ar-ar (AAM) destinados ao combate aéreo a curta distância ou para os geradores de fumaça usados nos shows aéreos; três suportes sob cada asa; pontos dianteiros e traseiros para AAM em cada lado da fuselagem e suportes dianteiro e traseiro sob a linha central. A capacidade de carga externa total é de 9 500 kg.

Dentre os AAM que o Rafale pode transportar, destacam-se o míssil buscador de calor Matra/BAE Dynamics Magic e o Matra/BAE Dynamics Missile d’Interception, de Combat d’Autodefense (MICA/míssil para a interceptação, combate e autodefesa). É um míssil extremamente ágil, de relativamente longo alcance, e vem em duas versões, incluindo o MICA IR, um buscador de calor e o MICA EM (Eletromagnética), que tem um buscador ativo de radar.


O MICA IR tem capacidade “launch before lock”, ou seja, que pode ser lançado antes de “travar” no alvo, permitindo seguir alvos distantes sem dar aviso de sua aproximação por meio de um sinal de radar. O MICA EM tem capacidade “disparar e esquecer”. Em missões de defesa aérea, o avião pode carregar até 10 MICA.

O Rafale também poderá transportar o míssil de longo alcance Meteor BVRAAM (míssil ar-ar além do alcance visual) da Matra/BAE Dynamics. Enquanto outros aviões podem carregar bombas e pods de foguetes não guiados, a tendência atual é pela munição inteligente.


A aeronave tem capacidade para transportar bombas guiadas por laser Paveway, de fabricação norte-americana, utilizando o pod de localização de alvos Thales Damocles pode ser equipada com os mísseis de cruzeiro Matra/BAE Dynamics Apache e Scalp. Ambos os mísseis são parecidos externamente, porém, o Apache transporta uma carga de submunição, enquanto o Scalp carrega uma única ogiva de penetração.

Os Rafale franceses poderão levar, também, o pod de reconhecimento digital Reco NG (Reconnaisance Nouvelle Generation ou reconhecimento de nova geração), o qual pode conter sensores eletroópticos para dia ou noite. O ponto duro traseiro central do Rafale e os dois internos de cada asa são “molhados”, ou seja, podem ser utilizados para transportar tanques de combustível. Cada um dos cinco pontos pode carregar tanques de 1 150 litros.


Os pilotos do Rafale utilizam assentos ejetáveis Martin-Baker Mk 16F do tipo “zero-zero” (zero altitude e zero velocidade), inclinados a 29º a fim de aumentar a tolerância do piloto às forças G, sob um canopy que abre para a direita. Um sistema Obogs (geração de oxigênio a bordo) está instalado para eliminar a necessidade de transportar tanques de oxigênio. O piloto controla a aeronave com um pequeno manche lateral instalado no lado direito e uma manete no lado esquerdo, estando ambos equipados com controles do tipo HOTAS (mãos na manete e no manche).

O avião tem um “glass cockpit” e uma completa suíte de aviônica de combate. O “glass cockpit” é surpreendentemente austero e, provavelmente, representaria um choque para um piloto dos dias dos relógios e indicadores analógicos. Inclui um HUD (hud-up display ou visor frontal) holográfico e grande angular, para mostrar a maioria das informações importantes, utilizando uma sofisticada simbologia, além de duas grandes MFD (telas planas multifuncionais) com os comandos nas telas.


O Rafale B é muito parecido ao Rafale C, exceto, evidentemente, pelos dois assentos em tandem. O cockpit é coberto por um canopy inteiriço que abre para a direita. Ele tem um peso vazio de aproximadamente 350 kg mais que o Rafale C e menos capacidade interna de combustível.

Arquivo de Vídeos do G1 sobre a compra do Rafale pelo Brasil:

Alexandre Garcia comenta a visita de Nicolas Sarkozy ao Brasil

G1



Lula fechou um negócio de mais de R$ 20 bilhões em menos de 24 horas, em Brasília. O comentarista avalia que a parceria entre França e Brasil será promissora.


Alexandre Garcia comenta justificativa de Lula para a compra de arsenal

G1




O presidente Lula justificou a compra bilionária com um discurso de proteção da Amazônia e do pré-sal. O governo brasileiro afirma que, para manter a paz, é preciso ter uma força de dissuasão.


Brasil e França fecham acordo de mais de R$ 20 bilhões

G1



Além de submarinos e helicópteros, o Brasil antecipou o anúncio de uma decisão aguardada no mercado internacional: a compra de 36 aviões de combate franceses. O acordo chega a mais de R$ 20 bilhões.