O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou nesta segunda-feira que o processo de análise dos aviões que a Força Aérea Brasileira (FAB) comprará para modernizar a sua frota não levará em consideração a opinião da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer). A companhia havia sinalizado que a melhor opção seria a proposta sueca, que prevê maior transferência de tecnologia.
"Não cabe à Embraer ter opinião sobre esse assunto. Cabe ao governo brasileiro e a Embraer não é parte do governo brasileiro", afirmou Jobim, que participou na manhã de hoje, no Rio de Janeiro, da abertura da Conferência Internacional Nuclear.
O ministro voltou a afirmar que a decisão do governo não será influenciada pelo acidente ocorrido na última quinta-feira envolvendo dois caças Rafale. As aeronaves caíram no Mar Mediterrâneo, após colisão em pleno ar, durante voo de teste do Porta-Aviões Charles de Gaulle. O Rafale disputa a preferência da FAB com os modelos F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, e o Gripen, da sueca Saab.
"Não conheço o problema como se deu, mas há informações que talvez tenham sido problemas de erro humano, desligamento de equipamentos para treinamento em tempo real. Se isso (a possibilidade de os acidentes inviabilizarem a compra de aeronaves do mesmo modelo) fosse verdadeiro, não poderíamos estar comprando boeings", disse.
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