A aeronave C-98 Caravan, um monomotor com capacidade para até 14 pessoas, decolou às 8h30 de Cruzeiro do Sul mas não chegou ao destino. Segundo informações da Infraero, 11 pessoas embarcaram no avião. Há informações de que sete dessas pessoas estavam a serviço da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) para uma operação de vacinação em aldeia indígena.
Equipe a serviço da Funasa embarcou em avião desaparecido, diz enfermeira
Segundo Infraero, 11 pessoas embarcaram em Cruzeiro do Sul.
Sete faziam trabalho de vacinação em aldeias indígenas.
Luciana Rossetto Do G1, em São Paulo
Equipe a serviço da Funasa embarcou em avião desaparecido, diz enfermeira
Segundo Infraero, 11 pessoas embarcaram em Cruzeiro do Sul.
Sete faziam trabalho de vacinação em aldeias indígenas.
Luciana Rossetto Do G1, em São Paulo
Sete pessoas a serviço da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) estariam a bordo do avião que desapareceu na manhã desta quinta-feira (29), na região Amazônica. Segundo a Infraero de Cruzeiro do Sul (AC), 11 pessoas no total embarcaram na aeronave.
A enfermeira coordenadora da saúde indígena do Distrito de Alto Rio Juruá, Isna Silveira, informou ao G1 que a equipe voltava para Tabatinga (AM) e pegaria um barco até Atalaia do Norte (AM), onde vivia.
A equipe da Funasa havia usado o município de Cruzeiro do Sul como base para a operação de vacinação realizada no Vale do Javaris, também em Atalaia do Norte (AM). Segundo a enfermeira, a equipe chegava mais rápido ao local das aldeias partindo de Cruzeiro do Sul.
“Eles saíram das aldeias e chegaram ontem aqui em Cruzeiro do Sul. Nós nos despedimos e eles voltaram para o Amazonas hoje de manhã. É terrível, porque criamos um vínculo. Estamos muito abalados”, afirmou Isna.
A enfermeira conta que a equipe é composta por dois homens e cinco mulheres, entre elas, uma gestante. Dois integrantes do grupo eram enfermeiros e os outros, técnicos em enfermagem.
A operação de vacinação teve início no dia 16 de outubro . O grupo seguia com helicópteros da Força Aérea Brasileira (FAB) e era deixado em aldeias da região do Vale do Javaris para aplicar as vacinas de rotina e também doses especiais. A cada três dias, a aeronave da FAB voltava às aldeias para resgatar o grupo e levar para outras comunidades.
A rota do avião da Força Aérea Brasileira (FAB) desaparecido entre Cruzeiro do Sul (AC) e Tabatinga (AM) nesta quinta-feira (29) é "complicada", na avaliação de pilotos que conhecem a região, porque não tem área para pouso de emergência, em razão do excesso de árvores.
Desaparecimento
O avião Cessna C-98 Caravan da Força Aérea Brasileira (FAB) desapareceu na região da Amazônia, na manhã desta quinta-feira (29). Segundo a Infraero, 11 pessoas estariam a bordo.
De acordo com o professor de aeronáutica Cláudio Roberto Scherer, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), o C-98 Caravan é usado para transporte, tanto na aviação civil quanto na militar.
"É uma aeronave de turbo-hélice pequena, usada para levar poucas pessoas em trajetos curtos", explica.
O comandante Renato Nascimento, ex-piloto da FAB e hoje na aviação civil, afirma que a aeronave "não tem muitos recursos". "É um aviãozinho pequeno, monomotor. O problema com o monomotor é que se o motor falha, você não tem outro", explica.
Leia a nota da FAB:
"O Comando da Aeronáutica informa que uma aeronave C-98 Caravan desapareceu na manhã de hoje quando realizava um voo entre as localidades de Cruzeiro do Sul (AC) e Tabatinga (AM). A aeronave tinha 11 pessoas a bordo e estava em apoio a missão de vacinação do Ministério da Saúde.
A FAB informou que dois helicópteros e um avião participam das buscas. O comandante Renato Nascimento, ex-piloto da FAB, hoje na aviação civil, conta que a rota é pouco usada por ter poucos recursos. “Ali não tem nada, só árvore e rio. Não tem pista, não tem apoio, não tem radar. É uma das áreas mais carentes e isoladas do país”, afirma. Nascimento já voou diversas vezes entre Cruzeiro do Sul e Tabatinga, como parte da equipe de busca e resgate da Força Aérea na região. Ele explica como são feitas essas operações. “Geralmente, quando o piloto deixa de se comunicar com a torre, nós já deduzimos que houve algum problema. A busca é feita a partir das informações do plano de voo, seguindo a rota”, conta o piloto.
Uma aeronave C-105 Amazonas decolou de Manaus com dois médicos, dois enfermeiros, além de 32 militares da equipe de resgate. Dois helicópteros H-60 estão realizando voos de padrão na região. Uma aeronave de reconhecimento R-99 apoiará os trabalhos de busca.
A Força Aérea Brasileira montará a base das operações de buscas na cidade de Cruzeiro do Sul (AC)."
1 Comentários
_Poderiam colocar em regiões assim difíceis pelo menos bi-motores, pois é sempre muito lamentável termos este tipo de sinistro, pois chega a ser operacionalmente custoso corrigir/socorrer, em comparação ao uso de um aparelho com um pouco mais de recursos, ainda que com consumo/manutenção mais caros. Se querem mandar nosso pessoal fazer estas tarefas necessárias e tão importantes, nos confortaria poder pensar que dispunham de dois motores para o caso deste tipo de emergência.