O maior porta-helicópteros do mundo ?
Cancelamento de porta-aviões deixa a R.Navy reduzida a uma unidade
Fonte: Area Militar
Cancelamento de porta-aviões deixa a R.Navy reduzida a uma unidade
Fonte: Area Militar
Outrora «Senhora dos Mares» a marinha real britânica poderá nos próximos anos ficar reduzida a apenas um navio porta-aviões nos mares.
Segundo noticiou a imprensa do país, um dos dois porta-aviões da projectada classe «Queen Elizabeth» poderá vir a ser convertido para porta-helicópteros ainda antes de a sua construção ser iniciada.
Segundo as mesmas fontes, o principal problema britânico não é o navio e os seus sistemas, mas sim o elevado custo das aeronaves que os futuros dois navios deveriam operar, os caças «Stealth» norte-americanos F-35.
Embora constitua um forte golpe, não é a primeira vez que o poder naval britânico é submetido a cortes radicais e este nem sequer é o maior dos cortes a que a força já foi submetida.
Em meados dos anos 60 foi decidido acabar com a força de porta-aviões britânica, que na altura além de outras unidades mais pequenas contava com dois grandes navios com um deslocamento próximo das 50.000 toneladas. Com a decisão de não substituir esses dois navios, foi igualmente cancelando o então projecto «Queen Elizabeth» de 1966 que previa dois navios com um deslocamento máximo de 63.000 ton. para substituir os navios em operação.
Nessa altura, temendo perder definitivamente a capacidade para operar aeronaves de asa fixa, a Royal Navy lançou as bases para aquilo a que na altura chamou de cruzadores de coberta corrida. O nome «cruzador» dissimulava o que na realidade eram porta-aviões ligeiros e que vieram a ser conhecidos como classe Invincible, navios que embora de pequenas dimensões, aproveitavam o advento das aeronaves de descolagem vertical do tipo Harrier para ultrapassar o problema da falta de catapultas para colocar as aeronaves no ar. O primeiro destes navios foi o Invincible que participou na campanha de recuperação das ilhas Malvinas em 1982.
No entanto os Invincible sempre foram navios limitados, pelo que quando a sua substituição começou a ser considerada os britânicos optaram por voltar ao esquema previsto nos anos 60, que incluía a operação de dois grandes navios porta-aviões.
Desenhados em cooperação com a França, embora a cooperação acabasse por não resultar, os navios confirmam a não utilização de catapultas pela Royal Navy, mas em vez disso deverão utilizar os caças de descolagem vertical F-35.
O futuro Queen Elizabeth, considerando as suas características e as aeronaves que deverá operar, será o mais poderoso porta-aviões do mundo fora dos Estados Unidos.
Mas a segunda unidade, que segundo anunciado poderá ser convertida em porta-helicópteros não deixará de ter uma capacidade impressionante.
É aliás duvidoso que um navio com um deslocamento que se aproxima das 70.000 toneladas não possa operar conjuntamente helicópteros e aviões de descolagem vertical.
A solução agora apresentada, equivale ao que foi feito com a classe de porta-aviões ligeiros «Invincible» de três navios, mas que na prática era constituída por um quarto navio, o HMS Ocean, que partilhava o mesmo casco mas estava configurado para operar como porta-helicópteros.
Mas se os Invincible/Ocean são navios de dimensões relativamente pequenas, em que a operação conjunta de helicópteros e aviões pode ser problemática, num navio com as características do Queen Elizabeth, esses condicionalismos podem não se aplicar.
É portanto perfeitamente possível que a Royal Navy esteja basicamente a seguir o mesmo caminho que seguiu nos anos 60, em que desviou as atenções para na realidade manter parte da sua capacidade operacional.
Como os navios do tipo não têm catapultas e as aeronaves descolam pelos seus próprios meios, é possível operar um pequeno numero de aeronaves de asa fixa a bordo do super porta-helicópteros britânico.
Capacidade militar garantida
Mesmo operando apenas 12 aviões, o «Prince of Wales» - o nome do segundo navio da classe – configurado como porta-helicópteros, mas que manterá capacidade para operar aeronaves de descolagem vertical, continuará mesmo assim a figurar entre os mais poderosos navios do mundo.
Ele será um porta-helicópteros com capacidades equivalentes às de um porta-aviões ligeiro e será sem qualquer dúvida o Maior porta-helicópteros alguma vez construído.
A possibilidade de operação conjunta com a marinha francesa, que tem prevista a construção de um navio com características similares, não aparece como uma solução com qualquer credibilidade. O projecto francês e o projecto britânico estão cada vez mais longe um do outro. Os franceses começaram por optar por uma configuração convencional (que utiliza catapultas para projectar os aviões no ar) e mais recentemente vários rumores apontam para que propulsão do navio francês possa ser nuclear.
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