Congressistas pedem sanções a empresas no Irã; citam Petrobras
A empresa brasileira Petrobras foi citada como uma das que deveria sofrer sanções por investir no país islâmico
Um grupo de 50 legisladores americanos enviou uma carta ao presidente Barack Obama na terça-feira pedindo sanções contra 16 multinacionais que fazem negócios com o Irã, entre elas a Petrobrás. Os congressistas recomendaram o bloqueio de empréstimos de bancos americanos que ultrapassem US$ 10 milhões em um ano, a proibição de o governo dos EUA comprar serviços ou produtos das empresas, restrição a importações da companhia e a recusa de exportação de tecnologia militar (como a dos jatos F-18 da Boeing que Washington quer vender para a Força Aérea Brasileira).
De acordo com a carta, as empresas violaram a Lei de Sanções contra o Irã e devem ser punidas. A lei americana exige que o presidente puna empresas que investem mais de US$ 20 milhões no setor energético iraniano.
Procurada pelo Estado, a Petrobrás não quis se pronunciar. A inclusão da empresa brasileira na lista é mais um sintoma da tensão crescente por causa das relações entre Brasil e Irã.
Na quarta-feira, o deputado americano Eliot Engel, líder do Subcomitê do Hemisfério Ocidental da Câmara, afirmou que a visita do presidente iraniano ao Brasil "é uma desgraça" e prejudica "a estatura" do país no mundo. "Espero que o governo dos EUA deixe claro a Lula que a visita de Ahmadinejad, um ditador que nega o Holocausto, é um erro", disse Engel ao Estado. Ele é um dos 50 deputados que assinaram a carta.
Preocupado com a visita de Ahmadinejad ao Brasil, em novembro, e com "a crescente influência do Irã" na América do Sul, Engel convocou uma audiência no Congresso para o dia 27. A sessão "Irã no Ocidente" foi convocada em conjunto com o Subcomitê do Oriente Médio e o de Terrorismo, Não-Proliferação e Comércio.
Em seus mandatos, os ex-presidentes Bill Clinton e George W. Bush não exerceram seu direito de impor sanções contra empresas seguindo a Lei de Sanções contra o Irã, de 1996.
"Já que o Irã continua enganando os EUA e seus aliados, tentando manter negociações intermináveis enquanto continua a enriquecer urânio ilegalmente, chegou a hora de o governo Obama fazer cumprir a Lei de Sanções contra o Irã", disse o deputado Mark Kirk, copresidente do Grupo de Trabalho do Irã.
"Não podemos permitir que companhias estrangeiras desrespeitem de forma flagrante a lei americana sem serem punidas", disse Ron Klein, outro copresidente do grupo.
Além da Petrobrás, o documento recomenda sanções à Totalfina Elf (França), ENI (Itália), Bow Valley (Canadá), Royal Dutch Shell (Holanda), Norsk Hydro (Noruega), Lukoil (Russia), GVA Consultants (Suécia), Sheer Energy (Canadá), LG (Coreia do Sul), Statoil (Noruega), Inpex (Japão), China National Offshore Oil Company, Sinopec (China), Daelim (Coreia do Sul) e SKS Ventures (Malásia).
A empresa brasileira Petrobras foi citada como uma das que deveria sofrer sanções por investir no país islâmico
Fonte: Agência Estado - Patrícia Campos Mello, WASHINGTON
Um grupo de 50 legisladores americanos enviou uma carta ao presidente Barack Obama na terça-feira pedindo sanções contra 16 multinacionais que fazem negócios com o Irã, entre elas a Petrobrás. Os congressistas recomendaram o bloqueio de empréstimos de bancos americanos que ultrapassem US$ 10 milhões em um ano, a proibição de o governo dos EUA comprar serviços ou produtos das empresas, restrição a importações da companhia e a recusa de exportação de tecnologia militar (como a dos jatos F-18 da Boeing que Washington quer vender para a Força Aérea Brasileira).
De acordo com a carta, as empresas violaram a Lei de Sanções contra o Irã e devem ser punidas. A lei americana exige que o presidente puna empresas que investem mais de US$ 20 milhões no setor energético iraniano.
Procurada pelo Estado, a Petrobrás não quis se pronunciar. A inclusão da empresa brasileira na lista é mais um sintoma da tensão crescente por causa das relações entre Brasil e Irã.
Na quarta-feira, o deputado americano Eliot Engel, líder do Subcomitê do Hemisfério Ocidental da Câmara, afirmou que a visita do presidente iraniano ao Brasil "é uma desgraça" e prejudica "a estatura" do país no mundo. "Espero que o governo dos EUA deixe claro a Lula que a visita de Ahmadinejad, um ditador que nega o Holocausto, é um erro", disse Engel ao Estado. Ele é um dos 50 deputados que assinaram a carta.
Preocupado com a visita de Ahmadinejad ao Brasil, em novembro, e com "a crescente influência do Irã" na América do Sul, Engel convocou uma audiência no Congresso para o dia 27. A sessão "Irã no Ocidente" foi convocada em conjunto com o Subcomitê do Oriente Médio e o de Terrorismo, Não-Proliferação e Comércio.
Em seus mandatos, os ex-presidentes Bill Clinton e George W. Bush não exerceram seu direito de impor sanções contra empresas seguindo a Lei de Sanções contra o Irã, de 1996.
"Já que o Irã continua enganando os EUA e seus aliados, tentando manter negociações intermináveis enquanto continua a enriquecer urânio ilegalmente, chegou a hora de o governo Obama fazer cumprir a Lei de Sanções contra o Irã", disse o deputado Mark Kirk, copresidente do Grupo de Trabalho do Irã.
"Não podemos permitir que companhias estrangeiras desrespeitem de forma flagrante a lei americana sem serem punidas", disse Ron Klein, outro copresidente do grupo.
Além da Petrobrás, o documento recomenda sanções à Totalfina Elf (França), ENI (Itália), Bow Valley (Canadá), Royal Dutch Shell (Holanda), Norsk Hydro (Noruega), Lukoil (Russia), GVA Consultants (Suécia), Sheer Energy (Canadá), LG (Coreia do Sul), Statoil (Noruega), Inpex (Japão), China National Offshore Oil Company, Sinopec (China), Daelim (Coreia do Sul) e SKS Ventures (Malásia).
0 Comentários