Super Hornet F-18
Fabricante Boeing (EUA)
Raio de combate 1.800 km
Velocidade máxima 2.100 km/h
Motores 2 (GE 414)
Peso máximo de armamentos 8 toneladas
Ponto forte: É o mais testado. Foi muito usado no Afeganistão, Bosnia e Iraque e está sendo produzido em larga escala, a fabricante garante abrir mercado americano exatamente no momento em que a USAF re-lança requerimento para comprar 100 aeronaves similares ao Super Tucano.
Ponto fraco: Há poucas chances de o Brasil aperfeiçoar a tecnologia, pois o modelo já está consolidado.
Saiba quais são os principais pontos da oferta da empresa que será entregue à FAB no próximo dia 2 de outubro.
Fonte: Defesa Brasil
No próximo dia 2 de outubro, as três empresas concorrentes ao Projeto F-X2 da FAB devem encaminhar suas ofertas finais para o fornecimento de 36 novas aeronaves de combate ao Brasil. Disputando o contrato bilionário com a francesa Dassault (Rafale F3) e a sueca Saab (Gripen NG), a norte-americana Boeing, que oferece o F/A-18 E/F Super Hornet, divulgou nesta quarta-feira os principais pontos de sua proposta de transferência de tecnologia ao Brasil.
Leia a íntegra do documento:
Boeing Integrated Defense Systems
Programa de Transferência de Tecnologia para o Brasil
St. Louis, 30 de setembro de 2009 – O Programa de Transferência de Tecnologia do governo dos Estados Unidos/Boeing para o programa brasileiro F-X2 abre a porta para a cooperação e desenvolvimento entre os dois principais poderes aeroespaciais do mundo – o Brasil e os Estados Unidos.
O Super Hornet proporciona um excepcional pacote de transferência de tecnologia que cobre três áreas distintas:
1) As avançadas tecnologias encontradas no Super Hornet;
2) Tecnologias que apóiam os objetivos brasileiros quanto à autonomia nacional
3) Tecnologias que promoverão, de forma global, o desenvolvimento econômico brasileiro.
A Boeing já se comprometeu com a FAB e a indústria brasileira para o desenvolvimento de parcerias que fortalecerão a todos dentro de um ambiente competitivo. A Boeing estima que, caso fossem criadas de forma independente, essas tecnologias exigiriam investimentos de US$ 1,5 bilhões. O valor dessas tecnologias cresce ao passo que a indústria brasileira os desenvolva em produtos comercializáveis.
1) Avançadas Tecnologias do Super Hornet: As tecnologias empregadas no Super Hornet representam uma categoria à parte. Essas tecnologias dão vantagem ao Super Hornet no ambiente de combate, e serviços de apoio e manutenção superiores em tempos de paz.
- Radar AESA APG-79 – O radar mais capaz do mundo para aeronaves de caça;
- Sistemas Integrados de contramedidas de guerra e defesa eletrônicos;
- Célula de versatilidade comprovada nos mais variados ambientes do mundo;
- Avançada arquitetura de computação;
- Rede de conectividade digital;
- Confiabilidade e capacidade de sobrevivência típicas de aeronave birreator;
- Tecnologias eletro-óticas e infravermelhas de detecção de longo alcance;
- Materiais avançados para estrutura da célula
- Integração multi-origem de sensores e cabine do piloto;
- Avançada suíte de sistemas de mísseis; e
- Assinatura radar reduzida
Ademais, ao manter comunalidade com os Super Hornet dos Estados Unidos, o Brasil se beneficiará diretamente do roteiro de desenvolvimento que visa manter o Super Hornet sempre à frente das ameaças ora em evolução – um programa cujo valor é de bilhões de dólares.
- Modernização da integração de sensores AESA, FLIR e sistemas de designação de alvos;
- Modernização dos sistemas de comunicação e de rede; e
- Integração de novas armas
2) Tecnologias projetadas para dar autonomia: hardware, software, conhecimento técnico e treinamento que irão proporcionar à indústria brasileira a capacidade necessária para apoiar e gerenciar as atividades deste caça nos próximos 30 anos, ou permitir o desenvolvimento de um caça de projeto nacional.
- Apoio e manutenção do Super Hornet será realizado no Brasil, e os trabalhos transferidos à FAB e à indústria brasileira. São enormes as implicações no que tange mercado e receita;
- Acesso ao Programa Operacional de Vôo da aeronave, que faz interface com os softwares dos subsistemas desenvolvidos no Brasil;
- Pesquisa do campo de aerodinâmica supersônica através do fornecimento ao Brasil de um túnel de vento tri-sônico;
- Papel de liderança, no Brasil, na integração multifase dos sistemas de armas brasileiros;
- Montagem final, serviços de pista e ensaios de recebimento dos Super Hornets no Brasil;
- Conjuntos estruturais do Super Hornet;
- Operações de ensaios em voo no Brasil através de aeronave instrumentada;
- Centro de modelagem e simulação;
- Treinamento de missão distribuída;
- Manuais técnicos eletrônicos integrados;
- Montagem do motor, inspeção, ensaios e ferramental;
- Treinamento de minimização da assinatura de radar e tecnologias stealth (furtividade);
- Co-desenvolvimento das modificações destinadas ao Super Hornet; e
- Geração do arquivo de dados de ameaças.
3) Desenvolvimento econômico no Brasil: A infusão de tecnologia que aumenta a capacidade da indústria brasileira em gerar receita, crescimento e empregos.
- Tecnologias de usinagem;
- Centro Boeing de Capacidade Integrada para focalizar a evolução da próxima geração de tecnologias;
- Apoio e co-desenvolvimento do KC-390 no que diz respeito às áreas críticas de projeto;
- Tecnologia de materiais avançados e sua fabricação;
- Análise e reparo de danos em materiais compostos;
- Fabricação de material eletrônico;
- Microssistemas eletro-mecânicos.
- Veículos aéreos não-tripulados;
- Tecnologias de segurança interna para avaliar infraestruturas críticas no Brasil;
- Gerenciamento de estoque através de sistemas automatizados de rastreamento e resposta; e
- Desenvolvimento e treinamento de currículo aeroespacial.
As tecnologias descritas acima fazem parte do contrato direto, governo a governo, aprovado pela Marinha, Departamento de Defesa, Departamento de Estado e Congresso dos Estados Unidos. O governo brasileiro poderá contar com alto grau de confiança de que as tecnologias acima descritas, que derivam da proposta de offsets da Boeing, cumprirão os requisitos e prazos da FAB. Mundialmente, a Boeing já completou mais de US$ 30 bilhões em obrigações industriais, dentro, ou antes, do prazo.
A Boeing e seus principais fornecedores anualmente registram receita que se aproxima da marca de US$ 500 bilhões. Este mercado – que compreende defesa e comercial – dos Estados Unidos é 10 a 100 vezes maior que aqueles em que atuam seus competidores. A escolha da solução Boeing/Estados Unidos para o programa F-X2 torna esse mercado mais accessível – promovendo assim receita, crescimento e empregos em grau que competidores não conseguem igualar.
Os Estados Unidos e a Boeing acreditam que o Brasil é um país-par, e não somente um país-cliente. O pacote de transferência de tecnologia enfatiza nossa visão de um relacionamento bilateral que se prolongará pelo Século 21.
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