Cerca de 500 membros das Forças Aéreas de Brasil, Argentina, Estados Unidos e França participarão, entre os dias 19 e 30 deste mês, da Operação Salitre 2009, que ocorrerá em Antofagasta, norte do Chile, e terá também a presença de oficiais do país anfitrião.
Em uma reportagem publicada nesta terça-feira, o diário La Nación, de Santiago, listou os equipamentos que cada nação levará ao exercício, que ficarão alojados na base aérea chilena de Cerro Moreno.
O Chile, por sua vez, utilizará aeronaves F-16 (foto acima), F-5, KB-707 e EB-707, helicópteros de resgate, além dos militares das bases aéreas de Cerro Moreno e Chucumata.
Entrevistado pelo La Nación, o analista Guillermo Holzmann explicou que as atividades terão como base a hipótese de que os militares seriam parte de "uma coalizão internacional sob mando da ONU que, por meio de operações aéreas combinadas, busca exigir que um país respeite as normas internacionais".
Dessa forma, o exercício terá um caráter multinacional, de planejamento e execução de operações combinadas, com o objetivo de promover a cooperação e a confiança mútua entre as Forças Aéreas participantes para atuar em situações de manutenção e imposição da paz.
Na semana passada, o Chile decidiu alterar o cenário fictício da operação após reclamações de autoridades de Lima, que não ficaram satisfeitas com a hipótese de uma eventual invasão a partir da fronteira norte chilena, onde está justamente o Peru.
Atualmente, Chile e Peru mantêm divergências quanto ao desenho de seus limites marítimos. Por esta razão, Lima apresentou um processo ao Tribunal Internacional de Justiça, com sede em Haia.
A "Operação Salitre" teve a sua primeira edição em 2004, realizada também no norte do Chile, e contou com a participação dos mesmos países, com exceção da França.
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