O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou nesta terça-feira que espera ter definido até o final do ano de qual país serão comprados os 36 caças pela Força Aérea Brasileira (FAB). Segundo ele, serão examinados tecnicamente pontos considerados essenciais para a escolha de um deles, como a capacidade industrial, a transferência de tecnologia e a geração de empregos no país. Jobim afirmou que a FAB ainda não encerrou o período de análise, previsto para este mês , e disse ainda considerar legítima a "pressão" dos presidentes dos Estados Unidos, França e Suécia em relação ao acordo de venda.
Segundo reportagem do "Estado de S.Paulo" publicada nesta terça-feira, o presidente Barack Obama e outros membros do governo americano estão se empenhando pessoalmente na venda dos caças F-18 da Boeing à FAB.
- É interesse de Estado. É normal. Da mesma forma que temos interesses em privilegiar negociações das nossas transnacionais - minimizou o ministro pouco antes de iniciar um sobrevoo pela cidade do Rio ao lado do ministro da Defesa da França, Hervé Morin, para mostrar a localização das instalações dos submarinos nucleares franceses Scorpène no Brasil.
França e Suécia também têm feito pressão para fechar a venda de seus caças para o Brasil. Os franceses chegaram a baixar o preço dos Rafale enquanto o ministro da Defesa sueco, Hakan Jevrell, declarou que caso o Brasil optasse pelos Gripen da Saab compraria dois caças pelo preço de um da concorrência . A americana Boeing também já havia melhorado a sua oferta . ( Infográfico: Saiba mais sobre os Rafale e seus concorrentes )
Apesar da concorrência entre as três empresas, desde o início o presidente Lula afirmou preferir os caças franceses . Jobim também já disse que o Brasil estava mais inclinado a escolher os Rafale.
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