Rafale F-3 Dassault (França)
Raio de combate 1.800 km
Velocidade máxima 2.100 km/h
Motores 2 (sNeCMa M882)
Peso máximo de armamentos 8 toneladas
Ponto forte: Foi muito usado no Afeganistão, além disso o Brasil já tem aliança na área de defesa com a França: está comprando helicópteros e submarinos. Além disso o avião possui versão naval capaz de ser usada pela marinha no porta aviões São Paulo. Ponto fraco: É apontado por especialistas como o mais caro e só a França usa o equipamento.Peças estrangeiras não prejudicam proposta do Rafale, diz França
Fonte: REUTERS - Via Estadão (Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)
O ministro da Defesa francês, Hervé Morin, disse nesta terça-feira que a presença de componentes estrangeiros nos aviões Rafale não comprometerá a transferência de tecnologia ao Brasil caso a proposta da França seja a vencedora na licitação da Força Aérea Brasileira (FAB) para compra de novos caças.
Em entrevista na sede do Consulado da França no Rio de Janeiro, o ministro garantiu que esses componentes "importados" não serão um obstáculo para a proposta francesa apresentada à FAB, que considera fundamental a transferência tecnológica.
"Isso não é um problema. Todos os equipamentos do mundo têm pequenos componentes de outros países. São tijolinhos tecnológicos, pequenos detalhes. Quando se fala em transferência de tecnologia e parceria tecnológica, para nós não é problema", afirmou Morin.
A francesa Dassault, com o Rafale, a norte-americana Boeing, com o F-18 Super Hornet, e a sueca Saab, com o Gripen NG, disputam o contrato para a venda de 36 caças de multiemprego à FAB.
Além de considerar os caças franceses superiores aos da Boeing e da Saab, o ministro destacou a boa relação política entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a afinidade de ambos os países nas discussões internacionais.
"O nosso é o melhor avião. Nós temos todo o conjunto. Temos uma parceria política, propomos uma parceria industrial e tecnológica e é melhor quando você olha a capacidade operacional", disse.
Morin se reuniu nesta terça-feira com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que afirmou que a escolha da proposta vencedora vai levar em conta, além da questão política, os critérios operacional, transferência de tecnologia, capacitação industrial e preço.
"O critério político vamos analisar... (há uma pressão) muito grande dos três, do presidente Obama, Sarkozy e da administração sueca. Isso é normal. É interesse de Estado", disse Jobim.
Morin provocou o concorrente sueco ao ser questionado sobre o preço do caça francês, que seria o dobro do valor ofertado pela Saab.
"O nosso avião está voando e o deles não", afirmou ele, destacando que os caças Rafale já são utilizados pela Força Aérea francesa, enquanto os caças Gripen NG estão em fase experimental.
O ministro francês acrescentou que se o Brasil optar pela compra dos caças Rafale, o projeto de aprimoramento armamentista previsto para o modelo poderá ser desenvolvido em parceira com o país.
Morin encerrou no Rio um tour pela América Latina que contou com passagens por Chile e Argentina. Ele e Jobim sobrevoaram o Rio de Janeiro para conhecer as instalações onde serão construídos os submarinos de uma parceria estratégica entre os dois países.
Os acordos já firmados com o Brasil e uma eventual vitória na licitação para compra de caças poderiam, segundo Morin, transformar o país em uma espécie de base industrial militar para atender as demandas de outros países da América Latina.
"Os chilenos e os argentinos ficaram interessados nessa parceria entre Brasil e França. A parceria estratégica com o Brasil interessa muito a todos os países da América Latina."
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