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Lula inclui caças em acordos com a França

Fonte: Correio do Estado - (informações do Estadão)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva incluiu "os aviões de caça" Rafale, da companhia francesa Dassault, entre os acordos formalizados na Parceria Estratégica firmada entre o Brasil e a França. A citação ocorreu durante sua visita ao presidente Nicolas Sarkozy, na tarde de sábado, no Palácio do Eliseu.

A menção foi feita à imprensa quando Lula relatava os temas que haviam sido alvo do encontro bilateral entre os chefes de Estado. Depois de dedicar amplo espaço à questão climática, o presidente lembrou da importância da Parceria Estratégica, cujo viés mais importante se concentra na área militar.

A "Além de sermos amigos, nós precisamos ter um pensamento estratégico para os próximos 50, 100 anos", afirmou Lula. "Começamos a estabelecer, nessa ideia da estratégia entre França e Brasil, os acordos dos submarinos, os acordos dos helicópteros, os acordos dos aviões de caça."

Em seguida, Lula fez referência indireta às demais empresas que participam da licitação do Projeto F -X2 - a norte-americana Boeing, com o F-18 Super Hornet, e a sueca Saab, com o Gripen NG -, destinado à aquisição de 36 aviões e alta tecnologia para o reequipamento da Força Aérea Brasileira (FAB).

"Todo mundo sabe que não é uma coisa simplista. É uma coisa complicada. Nós temos concorrentes e precisamos conversar com muito jeito", reiterou.

Preferência

Lula tem dado repetidas declarações que demonstram sua preferência pelo caça francês, mesmo com a análise técnica ainda aberta. Na véspera do Dia 7 de Setembro, quando ocorreu a segunda visita oficial de Sarkozy ao País, o governo brasileiro chegou a assinar um documento garantindo à Dassault e ao Estado francês "negociações privilegiadas" para a aquisição das aeronaves.

A repercussão negativa e o fato do anúncio atropelar o andamento do programa F-X2 determinou que, no dia seguinte, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, fizesse declarações explicando que o processo de concorrência estava mantido. Os fabricantes estrangeiros aproveitaram para alterar as suas ofertas, baixando preços e melhorando as propostas de parceria, o que beneficiou a negociação.